Você tem mesmo só cinco sentidos? A ciência agora fala em 7 sentidos humanos

Por muito tempo aprendemos que o ser humano tem cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Agora, um estudo teórico publicado na revista Scientific Reports propõe uma ideia curiosa.

De acordo com pesquisadores do King’s College London e da Loughborough University, o cérebro pode atingir seu melhor desempenho quando opera com cerca de 7 sentidos humanos.

Os cientistas desenvolveram um modelo matemático para entender como o cérebro organiza e mantém as memórias.

As simulações mostraram que existe um ponto de equilíbrio entre aprender novas informações e preservar as lembranças antigas.

Quando o número de sentidos é menor, o aprendizado se torna limitado.

Quando é maior, o sistema fica sobrecarregado e perde precisão.

O resultado indica, portanto, que o número sete seria o ponto ideal entre foco e receptividade.

7 sentidos humanos: o “sete” da eficiência

O modelo sugere que o cérebro precisa manter um equilíbrio delicado.

Se for muito aberto a estímulos novos, as memórias antigas ficam confusas.

Se for seletivo demais, a capacidade de aprender diminui.

Nesse cenário, sete sentidos representam o melhor ajuste para armazenar e reter informações de forma eficiente.

Coincidentemente, essa conclusão lembra o famoso “número mágico 7”, descrito pelo psicólogo George Miller na década de 1950.

Ele observou que a memória de curto prazo humana costuma reter cerca de sete itens por vez.

Mais que os cinco sentidos clássicos

Quando os pesquisadores falam em 7 sentidos humanos, eles não estão dizendo que o corpo ganhou novos órgãos sensoriais.

A ideia é incluir percepções que a ciência já reconhece, mas que nem sempre são lembradas junto com visão, audição, olfato, paladar e tato.

O estudo não especifica quais seriam essas dimensões sensoriais, mas exemplos como o equilíbrio e a propriocepção ajudam a ilustrar como o cérebro integra diferentes tipos de percepção.

O equilíbrio, controlado por estruturas do ouvido interno, nos permite manter a postura e andar sem cair.

Já a propriocepção é a capacidade de perceber onde estão nossas partes do corpo mesmo sem olhar para elas, como quando tocamos o nariz de olhos fechados ou subimos um degrau sem precisar ver.

Esses sentidos extras ajudam o cérebro a montar uma imagem mais completa do mundo e do próprio corpo.

É como se ampliassem o “mapa mental” que o cérebro usa para organizar as lembranças, o aprendizado e os movimentos.

O que essa teoria ensina sobre o cérebro humano

Na prática, a hipótese dos 7 sentidos humanos ajuda a compreender melhor como o cérebro equilibra aprendizado e memória.

Embora o estudo seja teórico, ele sugere que a mente funciona de forma mais eficiente quando é estimulada por diferentes tipos de percepções, algo que pode ocorrer naturalmente no dia a dia, quando exploramos o ambiente, nos movimentamos e prestamos atenção aos detalhes ao redor.

Os autores não testaram esses efeitos em pessoas, mas indicam que entender esse equilíbrio entre receptividade e foco pode inspirar novas pesquisas.

No futuro, esse tipo de modelo pode ajudar a desenvolver terapias voltadas para distúrbios de memória ou até sistemas de inteligência artificial com funcionamento mais parecido com o cérebro humano.

Em outras palavras, a teoria dos 7 sentidos humanos reforça uma ideia simples e poderosa, a de que o cérebro é um sistema vivo, que se adapta o tempo todo, buscando o ponto certo entre sentir, aprender e lembrar.

Leitura Recomendada: Sono e aprendizagem: como o cérebro escolhe o que lembrar e esquecer enquanto dormimos

Compartilhe este conteúdo
Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

VIRE A CHAVE PARA EMAGRECER

INSCRIÇÕES GRATUITAS E VAGAS LIMITADAS