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Os três ingredientes para envelhecer com saúde: O que torna a longevidade resiliente?
Viver mais e com qualidade é um desejo compartilhado por muitos. Mas será que a longevidade por si só é suficiente? Estudos mostram que alcançar os 100 anos pode ser menos satisfatório se isso vier acompanhado de doenças crônicas, dependência de medicamentos e perda de autonomia. A verdadeira meta, então, é envelhecer bem e com saúde.
Um estudo recente conduzido por instituições italianas revelou três fatores cruciais para um envelhecimento saudável: manter um estilo de vida ativo e equilibrado em qualquer idade, ter um ambiente rico em estímulos cognitivos desde cedo e, surpreendentemente, cultivar laços afetivos sólidos.
Os resultados indicam que é possível envelhecer de forma resiliente, mesmo enfrentando desafios como doenças ou situações adversas. O estudo, publicado na The Journals of Gerontology, analisou a população de Abbiategrasso, na Itália, para identificar os segredos da longevidade saudável.
O que é envelhecer de forma resiliente?
Resiliência, no contexto do envelhecimento, vai além de simplesmente evitar problemas de saúde. Trata-se da capacidade de adaptação frente a adversidades, mantendo o bem-estar físico, mental e emocional.
De acordo com a pesquisa italiana, 38% dos idosos com mais de 80 anos analisados demonstraram resiliência, mesmo enfrentando desafios como múltiplas condições crônicas e o impacto da pandemia de COVID-19.
Segundo Elena Rolandi, neuropsicóloga e autora principal do estudo, esses idosos foram capazes de se adaptar às mudanças impostas pelo envelhecimento graças a um conjunto de reservas acumuladas ao longo da vida, incluindo saúde física, estabilidade emocional e suporte social.
Essas pessoas não foram poupadas de estresses ao longo da vida, mas conseguiram reagir positivamente a eles, adaptando-se às suas novas condições.
Estilo de vida ativo: um pilar da longevidade saudável
Manter-se ativo é essencial para envelhecer bem. Isso inclui tanto a prática de atividades físicas regulares quanto o engajamento em atividades sociais e culturais. Estudos apontam que exercícios ajudam a preservar a mobilidade, a saúde cardiovascular e até mesmo a saúde mental, reduzindo o risco de depressão e demências.
Além disso, um estilo de vida ativo envolve alimentar-se de forma equilibrada, priorizando alimentos naturais e ricos em nutrientes. O estudo reforça que idosos resilientes tendem a adotar hábitos alimentares saudáveis, evitando excessos e buscando o equilíbrio.
O hábito de manter-se curioso e aprender coisas novas também contribui para um envelhecimento mais ativo e gratificante.
Laços afetivos e ambiente cognitivo: um papel surpreendente
Outro ponto destacado pelo estudo é a importância das conexões afetivas para um envelhecimento saudável. Pessoas que cultivam laços familiares fortes e têm amigos próximos apresentam menor risco de desenvolver doenças como depressão e Alzheimer.
A sensação de pertencimento e suporte emocional age como um fator de proteção ao longo do tempo.
Da mesma forma, um ambiente rico em estímulos cognitivos durante a infância e juventude pode construir uma reserva cerebral que ajudará na velhice. Educação, leitura e desafios intelectuais criam bases sólidas para um cérebro mais resiliente às mudanças naturais do envelhecimento.
Isso mostra que os cuidados com a saúde começam muito antes da terceira idade.
A longevidade saudável é resultado de escolhas e contextos acumulados ao longo da vida. A combinação de um estilo de vida ativo, um ambiente cognitivo estimulante e laços afetivos fortes forma a base para envelhecer bem, com saúde e autonomia.
A pesquisa italiana nos lembra que, mesmo em face de desafios inevitáveis, é possível ser resiliente e viver plenamente. Assim, cultivar hábitos saudáveis e investir em conexões emocionais são passos essenciais para transformar o sonho de uma vida longa em uma realidade satisfatória e gratificante.
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