Insulina de ação prolongada chegará ao SUS em fevereiro após anos de espera

A insulina de ação prolongada, um tratamento avançado para diabetes tipo 1, finalmente será disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de fevereiro deste ano.

O medicamento, que oferece um controle mais eficiente dos níveis de glicose ao longo do dia, recebeu parecer favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) em 2019.

Apesar da aprovação, sua inclusão no sistema público foi adiada por diversos fatores. Essa novidade traz esperança para milhares de brasileiros que convivem com a doença e dependem de terapias fornecidas pelo SUS. Entenda o que levou ao atraso, como funciona essa insulina e o que os pacientes podem esperar dessa mudança.

O que é a insulina de ação prolongada e como ela funciona?

A insulina de ação prolongada é uma versão mais moderna do hormônio essencial para quem vive com diabetes tipo 1. Diferentemente das insulinas convencionais, que precisam ser aplicadas várias vezes ao dia, ela age por até 24 horas, oferecendo um controle mais estável da glicemia.

Isso significa menos oscilações nos níveis de açúcar no sangue, menos aplicações e maior qualidade de vida para os pacientes. Essa tecnologia imita o funcionamento natural do pâncreas, liberando insulina de forma contínua e previsível.

Essa inovação reduz episódios de hipoglicemia, que são quedas bruscas de glicose no sangue, e torna o manejo do diabetes mais simples para muitas pessoas. No Brasil, onde milhões de pacientes dependem do SUS, a chegada dessa insulina representa um avanço importante na busca por tratamentos mais eficientes e acessíveis.

Por que o acesso demorou tanto?

Embora tenha sido aprovada pela Conitec em 2019, a distribuição da insulina de ação prolongada enfrentou uma série de desafios. O principal entrave foi a exigência de redução nos custos do medicamento, conforme estabelecido no relatório de recomendação.

Isso demandou negociações prolongadas com fabricantes para que o preço fosse adequado ao orçamento do SUS.

Além disso, questões logísticas, como a compra e distribuição em grande escala, contribuíram para os atrasos. O Ministério da Saúde precisou garantir que todos os estados tivessem condições de armazenar e distribuir o medicamento adequadamente, já que ele exige refrigeração constante para manter sua eficácia.

O que muda para os pacientes do SUS?

Com a inclusão da insulina de ação prolongada no SUS, pacientes com diabetes tipo 1 terão acesso a um tratamento mais moderno sem custos adicionais. Isso pode reduzir complicações de saúde a longo prazo e proporcionar uma rotina menos exaustiva.

Além disso, essa insulina pode ajudar a prevenir problemas graves, como lesões nos olhos, rins e nervos, que são comuns em pessoas com controle inadequado da glicose. Para garantir o acesso, é importante que os pacientes conversem com seus médicos e acompanhem as orientações das unidades de saúde onde realizam tratamento.

A chegada da insulina de ação prolongada ao SUS marca um avanço significativo no tratamento do diabetes tipo 1 no Brasil. Apesar do longo atraso, essa novidade promete trazer mais conforto, segurança e saúde para milhares de brasileiros.

Para quem depende do SUS, o início da distribuição em fevereiro será um marco importante na luta contra a doença. Fique atento às informações e converse com seu médico para saber mais sobre essa opção de tratamento.

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Redação SaúdeLab
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