Jejum intermitente vai muito além do emagrecimento! Descubra outros benefícios para a saúde

O jejum intermitente tem ganhado cada vez mais popularidade como uma estratégia para perder peso, mas você sabia que seus benefícios vão muito além da balança?

Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Endocrinology revelou que jejuar por 24 horas, consumindo apenas água, pode trazer impactos surpreendentes para o corpo, especialmente na produção de um hormônio essencial: o hormônio do crescimento humano (HGH).

Vamos compreender como o jejum intermitente pode ser um aliado poderoso para a sua saúde, mesmo que o emagrecimento não seja o seu principal objetivo.

O que o estudo descobriu?

Pesquisadores observaram que um jejum de 24 horas aumentou significativamente os níveis de HGH, especialmente em pessoas que tinham níveis mais baixos desse hormônio antes do estudo. Para se ter uma ideia, em mulheres com baixos níveis de HGH, o aumento chegou a impressionantes 720%!

Mas por que isso é importante? O hormônio do crescimento humano desempenha um papel crucial no corpo, ajudando na regeneração celular, no fortalecimento muscular e até na saúde do coração. Níveis adequados de HGH estão associados a um menor risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, como diabetes e problemas cardíacos.

Jejum intermitente e saúde metabólica

Além do aumento do HGH, o estudo mostrou que o jejum pode melhorar outros marcadores de saúde, como:

  • Redução dos níveis de insulina: Isso pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, um fator importante para prevenir o diabetes.
  • Aumento da queima de gordura: Durante o jejum, o corpo passa a usar gordura como fonte de energia, o que pode contribuir para a saúde metabólica.
  • Melhora na oxigenação do sangue: O estudo observou um aumento nos níveis de hemoglobina, o que sugere uma melhor capacidade de transporte de oxigênio no corpo.

Outros benefícios do jejum intermitente

O jejum intermitente não é apenas sobre o que acontece durante as horas sem comer, mas também sobre os efeitos duradouros no corpo. Confira alguns benefícios adicionais que vão além do emagrecimento e podem transformar sua saúde:

1. Redução da inflamação

A inflamação crônica é um dos grandes vilões da saúde moderna, estando por trás de doenças como artrite, diabetes tipo 2 e até problemas cardíacos. O jejum intermitente pode ser um aliado poderoso para combater esse problema.

Durante o jejum, o corpo entra em um estado de “autolimpeza” chamado autofagia, onde células danificadas são recicladas e eliminadas. Esse processo ajuda a reduzir a inflamação no corpo, promovendo um ambiente mais saudável para as células e tecidos.

2. Fortalecimento do sistema imunológico

Você sabia que o jejum pode “reiniciar” o seu sistema imunológico? Estudos sugerem que períodos de jejum estimulam a regeneração das células do sistema imunológico, especialmente as células-tronco, que são responsáveis por produzir novas células de defesa.

Isso significa que o jejum pode ajudar a fortalecer sua imunidade, deixando seu corpo mais preparado para combater infecções e doenças. Além disso, ao reduzir a inflamação, o jejum também contribui para um sistema imunológico mais equilibrado.

3. Melhora na saúde intestinal

O intestino é frequentemente chamado de “segundo cérebro” do corpo, e não é à toa: ele desempenha um papel crucial na digestão, na absorção de nutrientes e até no humor.

O jejum intermitente pode promover um equilíbrio saudável da microbiota intestinal, ou seja, das bactérias boas que vivem no seu intestino. Durante o jejum, o sistema digestivo tem uma pausa para se recuperar, o que pode ajudar a reduzir problemas como inchaço, gases e constipação.

Além disso, o jejum pode estimular o crescimento de bactérias benéficas, fortalecendo a barreira intestinal e melhorando a saúde geral.

4. Proteção do coração

O coração é um dos órgãos que mais se beneficia do jejum intermitente. Estudos mostram que o jejum pode ajudar a reduzir fatores de risco associados a doenças cardíacas, como triglicerídeos elevados, pressão arterial alta e colesterol LDL (o “colesterol ruim”).

Além disso, o jejum promove a produção de hormônios como o HGH, que tem efeitos protetores sobre o coração. Outro benefício interessante é a melhora na oxigenação do sangue, graças ao aumento dos níveis de hemoglobina observado em estudos. Tudo isso contribui para um coração mais forte e saudável.

5. Melhora da função cerebral

O cérebro também ganha com o jejum intermitente! Durante o jejum, o corpo aumenta a produção de cetonas, moléculas que servem como fonte alternativa de energia para o cérebro.

Isso pode melhorar a clareza mental, a concentração e até o humor. Além disso, o jejum estimula a produção de uma proteína chamada BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que está associada à proteção dos neurônios e à melhora da memória e do aprendizado.

6. Longevidade e rejuvenescimento celular

Um dos benefícios mais fascinantes do jejum intermitente é seu potencial para promover a longevidade. Ao estimular a autofagia e a regeneração celular, o jejum ajuda a eliminar células velhas e danificadas, dando espaço para células novas e saudáveis.

Esse processo não só retarda o envelhecimento como também reduz o risco de doenças relacionadas à idade, como Alzheimer e Parkinson.

Como o jejum intermitente funciona?

O jejum intermitente não precisa ser complicado. Um dos métodos mais simples é o jejum de 16 horas, em que você fica sem comer por 16 horas (incluindo o período de sono) e se alimenta normalmente durante as 8 horas restantes do dia.

Para quem quer começar, o estudo sugere que até um jejum de 24 horas, feito ocasionalmente, já pode trazer benefícios significativos.

Quem pode se beneficiar?

O estudo mostrou que pessoas com níveis mais baixos de HGH são as que mais se beneficiam do jejum. No entanto, é importante ressaltar que o jejum intermitente não é para todos. Gestantes, pessoas com histórico de distúrbios alimentares ou condições médicas específicas devem consultar um médico antes de adotar essa prática.

Quem não deve fazer jejum intermitente?

Embora o jejum intermitente ofereça diversos benefícios para a saúde, ele não é indicado para todas as pessoas. Alguns grupos específicos devem evitar essa prática ou adotá-la apenas com orientação médica, pois o jejum pode trazer riscos à saúde ou agravar condições já existentes.

Confira a seguir quem deve ter cuidado com o jejum intermitente:

1. Gestantes e lactantes

Durante a gravidez e a amamentação, o corpo precisa de um suprimento constante de nutrientes para garantir o desenvolvimento saudável do bebê. Jejuar por longos períodos pode comprometer a nutrição tanto da mãe quanto da criança, afetando o crescimento e a saúde de ambos.

2. Pessoas com histórico de distúrbios alimentares

Quem já enfrentou problemas como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar deve evitar o jejum intermitente. A prática pode desencadear comportamentos alimentares inadequados ou exacerbar a relação negativa com a comida.

3. Diabéticos (especialmente os que usam insulina)

Pessoas com diabetes, principalmente aquelas que dependem de insulina, podem sofrer com quedas perigosas nos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia) durante o jejum. Além disso, o jejum pode alterar a resposta do corpo à insulina, exigindo ajustes na medicação que só devem ser feitos com orientação médica.

4. Pessoas com doenças crônicas ou em uso de medicamentos

Quem tem condições como insuficiência renal, hepática ou cardíaca, ou está em tratamento com medicamentos que exigem ingestão regular de alimentos, deve evitar o jejum. A prática pode interferir no metabolismo de certos remédios ou agravar problemas de saúde já existentes.

5. Crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes estão em fase de crescimento e desenvolvimento, o que exige um consumo adequado e regular de nutrientes. Restringir a alimentação por longos períodos pode prejudicar o crescimento, a função hormonal e o desempenho escolar.

6. Idosos com fragilidade ou desnutrição

Idosos que já apresentam perda de massa muscular, desnutrição ou fragilidade física devem evitar o jejum intermitente. A prática pode agravar a perda de músculos e nutrientes, aumentando o risco de quedas e complicações de saúde.

7. Pessoas com baixo peso ou deficiências nutricionais

Quem está abaixo do peso ideal ou tem deficiências de vitaminas e minerais deve evitar o jejum, pois ele pode piorar o estado nutricional e levar a complicações como fraqueza, tonturas e desmaios.

8. Atletas de alta performance

Atletas que têm uma demanda energética muito alta, como maratonistas ou levantadores de peso, podem não se adaptar bem ao jejum intermitente. A falta de nutrientes durante os treinos ou competições pode prejudicar o desempenho e a recuperação muscular.

E quem pode fazer jejum intermitente?

O jejum intermitente pode ser uma estratégia segura e benéfica para adultos saudáveis que não se enquadram nos grupos acima. No entanto, é essencial consultar um médico ou nutricionista antes de começar, especialmente se você tem alguma condição de saúde ou dúvidas sobre como adaptar a prática à sua rotina.

O jejum intermitente é uma ferramenta poderosa para quem busca melhorar a saúde de forma geral, não apenas para perder peso. Ao aumentar os níveis de hormônio do crescimento, melhorar a saúde metabólica e reduzir inflamações, ele pode ser um aliado valioso para uma vida mais saudável.

E aí, está pronto para experimentar os benefícios do jejum intermitente?

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

Artigos: 206
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