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Excesso de queratina na pele: o que significa e como tratar corretamente
A pele é o maior órgão do corpo humano e possui mecanismos naturais de proteção e renovação. Um deles é a produção de queratina, uma proteína essencial para manter a barreira cutânea resistente e impermeável.
No entanto, em alguns casos, esse processo pode sair do equilíbrio e levar ao que chamamos de excesso de queratina na pele — uma condição comum, mas que costuma gerar dúvidas e desconforto estético.
Aqui, no SaúdeLAB, você vai entender o que causa o acúmulo de queratina, quais são os sinais mais frequentes e como tratar essa alteração de forma segura e eficaz.
O que é o excesso de queratina na pele?
A queratina é uma proteína produzida naturalmente por células da pele chamadas queratinócitos. Ela atua como uma espécie de “escudo protetor”, fortalecendo a epiderme contra agressões externas, como atrito, microrganismos e desidratação.
No entanto, quando há uma produção excessiva de queratina ou quando essa proteína não é eliminada corretamente durante o processo de renovação celular, ela pode se acumular nos poros ou na superfície da pele, provocando espessamento, aspereza e alterações visíveis.
Do ponto de vista clínico, essa condição é conhecida como hiperqueratose. Trata-se de um termo genérico usado para descrever o aumento anormal da camada de queratina na pele, que pode ter diferentes causas e manifestações.
É importante destacar que a presença de queratina na pele é normal e desejável, mas o excesso pode comprometer a textura e a aparência cutânea, especialmente em regiões mais expostas ao atrito ou ressecamento.
Quais são os sintomas do excesso de queratina?
Os sintomas variam de acordo com a causa e o tipo de hiperqueratose, mas alguns sinais costumam ser bastante característicos:
- Pele áspera ao toque, com aspecto seco e sem brilho
- Bolinhas pequenas, duras e esbranquiçadas, muitas vezes confundidas com espinhas
- Espessamento ou engrossamento da pele em áreas específicas
- Pontos brancos ou amarelados, principalmente nos pés ou mãos
- Coceira leve em alguns casos, especialmente quando a pele está ressecada
As regiões mais afetadas geralmente incluem:
- Parte posterior dos braços
- Parte frontal das coxas
- Rosto, especialmente bochechas
- Pés (calosidades, rachaduras)
- Mãos, principalmente em pessoas que trabalham com produtos químicos ou sofrem atrito constante
Entre as condições mais associadas ao excesso de queratina estão:
- Ceratose pilar: provoca pequenas bolinhas ásperas, comuns em braços e coxas. É de origem genética e crônica.
- Ictiose vulgar: condição hereditária que deixa a pele seca e com escamas.
- Calosidades e calos: causados pelo atrito contínuo e repetido, como em pés e mãos.
- Hiperqueratose actínica: forma de lesão pré-cancerígena causada pela exposição solar prolongada, mais comum em idosos.
É fundamental observar esses sinais e buscar avaliação profissional para diagnóstico correto e indicação do tratamento mais adequado, já que diferentes tipos de hiperqueratose exigem abordagens específicas.

Quais são as causas do excesso de queratina?
O acúmulo de queratina na pele pode ter diferentes origens, e entender a causa específica é essencial para escolher o tratamento mais adequado. Entre os principais fatores envolvidos, destacam-se:
1. Fatores genéticos
Algumas pessoas têm predisposição hereditária para produzir mais queratina do que o normal. É o caso da ceratose pilar, uma condição genética comum que se manifesta como pequenas bolinhas ásperas, principalmente nos braços e coxas. Embora não cause riscos à saúde, pode gerar desconforto estético.
2. Pele seca e desidratada
A falta de hidratação adequada compromete o processo natural de renovação celular, favorecendo o espessamento da camada córnea e o acúmulo de queratina. Isso é ainda mais comum em climas frios ou em pessoas que usam sabonetes agressivos com frequência.
3. Atrito constante
O uso de roupas apertadas, tecidos ásperos ou o atrito repetido em áreas específicas pode estimular a pele a produzir mais queratina como mecanismo de defesa. Por isso, regiões como coxas, axilas, cotovelos e pés são frequentemente afetadas.
4. Doenças dermatológicas
Algumas condições de pele alteram o ciclo de renovação celular e favorecem o acúmulo de queratina, como:
- Ictiose: provoca pele seca e escamosa, geralmente de origem genética.
- Psoríase: doença inflamatória crônica que leva ao espessamento da pele e formação de placas.
- Verrugas: causadas por vírus, também apresentam áreas endurecidas com excesso de queratina.
5. Disfunções na renovação celular
Quando as células mortas da pele não são eliminadas de forma eficiente, há maior chance de acúmulo de queratina. Isso pode estar relacionado ao envelhecimento, alterações hormonais ou ao uso incorreto de produtos cosméticos.
6. Uso excessivo de certos produtos ou cosméticos
O uso frequente de sabonetes adstringentes, esfoliantes agressivos ou produtos com álcool pode ressecar a pele e desencadear um processo compensatório de produção de queratina, agravando o problema em vez de resolver.
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Excesso de queratina na pele tem cura?
Na maioria dos casos, o excesso de queratina na pele não representa um risco à saúde e pode ser controlado com cuidados regulares e orientação dermatológica. Quando a causa é pontual — como ressecamento ou atrito —, os sintomas tendem a melhorar rapidamente com o tratamento adequado.
Nos casos de origem genética, como a ceratose pilar ou ictiose, não há cura definitiva, mas há tratamentos eficazes que ajudam a melhorar muito a aparência e a textura da pele, proporcionando mais conforto e bem-estar.
O acompanhamento com um dermatologista é fundamental para:
- Identificar a causa do acúmulo de queratina
- Indicar os produtos mais adequados para cada tipo de pele
- Monitorar a resposta ao tratamento e ajustar quando necessário
Como tratar o excesso de queratina na pele?
O tratamento do excesso de queratina deve sempre considerar a causa, o tipo de pele e a intensidade dos sintomas. Em geral, os cuidados combinam hidratação intensiva, esfoliação suave e, quando indicado, o uso de produtos dermatológicos específicos.
Veja as principais estratégias recomendadas por especialistas:
1. Hidratantes com ativos esfoliantes
Produtos com substâncias como ureia, ácido lático e ácido salicílico ajudam a:
- Hidratar profundamente a pele
- Promover a renovação celular
- Reduzir o espessamento causado pela queratina
Esses hidratantes devem ser usados diariamente, especialmente após o banho, quando a pele está mais receptiva.
2. Cremes queratolíticos
São fórmulas específicas para dissolver o excesso de queratina e afinar a pele espessada. Muitas vezes, são recomendados em casos mais intensos e podem conter concentrações mais altas de ativos como:
- Ácido salicílico
- Ácido glicólico
- Lactato de amônio
O uso deve ser orientado por um dermatologista, principalmente em peles sensíveis.
3. Esfoliação suave semanal
A esfoliação ajuda a remover células mortas e desobstruir os poros, mas precisa ser feita com cuidado para não irritar a pele. O ideal é optar por esfoliantes físicos suaves (com grânulos finos) ou esfoliantes químicos leves.
4. Evitar agressões à pele
Buchas ásperas, lixas ou tentativas de “raspar” as bolinhas podem agravar o problema e causar inflamações. O ideal é adotar uma abordagem gentil e contínua, com foco na hidratação e na renovação natural da pele.
5. Quando buscar ajuda médica
Em casos mais severos ou persistentes, é fundamental consultar um dermatologista. Pode ser necessário prescrição de fórmulas manipuladas, pomadas com corticoides ou, em alguns casos, investigação de doenças de base.
Dica importante: Se a sua pele apresenta esses sinais e você não vê melhora com os cuidados caseiros, procure um dermatologista. O diagnóstico correto faz toda a diferença.
Quais hábitos ajudam a prevenir o acúmulo de queratina?
Além do tratamento, a prevenção do acúmulo de queratina é possível com uma rotina de cuidados simples e eficazes. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer toda a diferença para manter a pele lisa, saudável e equilibrada:
1. Mantenha a pele sempre hidratada
A hidratação regular ajuda a reforçar a barreira cutânea e a evitar o ressecamento, um dos principais gatilhos para o acúmulo de queratina. Use hidratantes adequados ao seu tipo de pele, especialmente após o banho.
2. Evite banhos muito quentes
A água quente remove a oleosidade natural da pele, favorecendo o ressecamento. Prefira banhos mornos e curtos, sempre finalizados com a aplicação de hidratante.
3. Use sabonetes suaves
Dê preferência a sabonetes sem sulfatos agressivos, álcool ou fragrâncias fortes. Fórmulas neutras e hidratantes são as mais indicadas para quem tem tendência ao acúmulo de queratina.
4. Proteja a pele do atrito
Evite roupas muito justas ou tecidos ásperos que gerem fricção repetitiva sobre a pele, principalmente em regiões como coxas, braços e pescoço.
5. Cuide da alimentação
Uma dieta equilibrada contribui para a saúde da pele. Nutrientes como vitamina A, vitamina E, ômega 3 e zinco auxiliam no processo de renovação celular e na prevenção de alterações cutâneas. Alimentos como cenoura, peixes gordurosos, oleaginosas e folhas verdes são boas fontes.
Quando procurar um dermatologista?
Embora muitos casos de acúmulo de queratina possam ser tratados com cuidados em casa, é fundamental buscar avaliação médica em algumas situações:
- Quando os sintomas se intensificam ou não melhoram com o uso de hidratantes e esfoliação suave
- Se surgirem sinais de inflamação, coceira intensa, vermelhidão ou descamação
- Em casos em que há dúvida sobre o diagnóstico — algumas doenças de pele podem se assemelhar, como alergias ou infecções cutâneas
O dermatologista é o profissional indicado para orientar o tratamento mais eficaz e seguro, além de indicar fórmulas específicas para cada tipo de pele.
Excesso de queratina é contagioso ou perigoso?
Não. O excesso de queratina na pele não é contagioso e, na maioria das vezes, não representa risco à saúde. Trata-se de uma condição comum e tratável, especialmente quando diagnosticada corretamente.
Entretanto, é importante observar se há outros sinais associados, como dor, descamação intensa ou sangramento, pois nesses casos pode haver uma condição de base mais grave — que requer avaliação médica.
O mais importante é diferenciar o acúmulo de queratina de doenças inflamatórias ou infecciosas, como micoses ou dermatites, que podem demandar tratamentos específicos.
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Excesso de queratina no rosto: tem diferença?
Sim. A pele do rosto é naturalmente mais delicada e sensível do que outras áreas do corpo, e por isso exige ainda mais cuidado ao tratar o excesso de queratina.
Evite o uso de ácidos ou esfoliantes sem orientação médica, pois há maior risco de irritação, manchas ou efeito rebote.
Dê preferência a cremes suaves, não comedogênicos e formulados para peles sensíveis.
A aplicação de protetor solar diário é indispensável, especialmente quando há uso de produtos com ácidos.
Nesses casos, o ideal é que o tratamento seja sempre orientado por um dermatologista, principalmente se houver histórico de acne, rosácea ou pele reativa.
FAQ – Dúvidas frequentes sobre excesso de queratina na pele
O que causa acúmulo de queratina na pele?
As causas podem variar, mas os principais fatores são: predisposição genética (como a ceratose pilar), pele seca, atrito constante, uso de produtos agressivos e doenças dermatológicas como psoríase e ictiose.
Como saber se tenho ceratose pilar?
A ceratose pilar se manifesta como pequenas bolinhas ásperas, geralmente nos braços, coxas, bumbum ou rosto. É mais comum em pessoas com pele seca e tende a aparecer na infância ou adolescência. O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista.
Posso usar esfoliante para excesso de queratina?
Sim, mas com moderação. A esfoliação ajuda a remover o excesso de células mortas e suavizar a pele, desde que seja feita com produtos suaves e no máximo uma ou duas vezes por semana. Evite buchas ou esfoliantes agressivos.
Cremes com ureia funcionam mesmo?
Sim. A ureia é um dos ativos mais indicados para tratar a pele com excesso de queratina. Ela hidrata profundamente e ajuda na renovação celular. Produtos com ureia a 10% costumam ser eficazes para uso diário.
É verdade que excesso de queratina tem relação com alimentação?
A alimentação influencia a saúde da pele como um todo. A deficiência de nutrientes como vitamina A, C, E e ômega 3 pode comprometer a renovação celular e favorecer o acúmulo de queratina. Uma dieta equilibrada é parte importante da prevenção.
Quais os melhores produtos para tratar a pele áspera com bolinhas?
- Hidratantes com ureia, ácido lático ou ácido salicílico
- Cremes queratolíticos prescritos por dermatologista
- Sabonetes suaves, sem sulfatos
- Protetor solar para uso diário, principalmente em áreas expostas
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