6 exames que médicos do trabalho recomendam para prevenir o adoecimento no ambiente profissional

O adoecimento no trabalho é um problema que atinge muitos brasileiros e pesa tanto na vida pessoal quanto na economia do país.

A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) alerta que o número de afastamentos por doenças ligadas ao ambiente laboral mantém-se de forma constante e silenciosa, impactando empresas, famílias e a sociedade.

E para enfrentar esse cenário, a entidade lançou um guia simples e acessível com orientações práticas sobre como cuidar da saúde no ambiente profissional.

A ideia é mostrar que prevenir o adoecimento no trabalho é possível quando todos (trabalhadores, empresas e equipes médicas) assumem um papel ativo nesse cuidado.

Portanto, nos próximos tópicos, você vai conhecer os exames ocupacionais essenciais que ajudam a proteger sua saúde, bem como orientações e dicas práticas para se cuidar no dia a dia profissional.

O impacto do adoecimento no trabalho no Brasil

Os números da Anamt ajudam a entender a dimensão do problema.

Em junho de 2025, mais de 330 mil brasileiros maiores de 18 anos solicitaram afastamento de suas atividades profissionais.

Do total de benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 76% tiveram como motivo doenças relacionadas ao trabalho.

Segundo a entidade, esse padrão se repete mês após mês, compondo um ciclo que gera alto custo social e econômico.

Entre os principais motivos de afastamento aparecem as lesões por esforço repetitivo, dores lombares e doenças crônicas que se agravam com a rotina.

Além disso, transtornos mentais e comportamentais já estão entre as principais causas, mostrando que o adoecimento no trabalho não se limita apenas ao corpo, mas também afeta a saúde emocional.

Por que o adoecimento no trabalho é tão comum?

O corpo humano não foi feito para resistir a jornadas intensas sem descanso, posturas incorretas ou contato constante com situações de risco.

O adoecimento no trabalho surge justamente quando as condições do ambiente ultrapassam os limites do organismo.

Entre os fatores mais comuns estão:

  • Movimentos repetitivos que provocam inflamações e dores.
  • Excesso de peso carregado sem técnica adequada, que compromete a coluna.
  • Ruídos em alto volume, que podem prejudicar a audição.
  • Exposição a produtos químicos, com risco de irritações e intoxicações.
  • Variações extremas de temperatura, que alteram a resistência física.
  • Máquinas sem proteção, que aumentam a chance de acidentes.

Além disso, há atividades que oferecem riscos específicos, como o trabalho em altura, em espaços confinados ou em contato com eletricidade.

Essas situações exigem cuidados extras e protocolos de segurança diferenciados.

O papel do médico do trabalho na prevenção

Muita gente acredita que o médico do trabalho serve apenas para assinar laudos de admissão ou demissão, mas essa visão é limitada.

O guia da Anamt reforça que esse profissional é um aliado importante para evitar o adoecimento no trabalho.

Suas funções incluem:

  • Realizar exames periódicos para acompanhar a saúde dos trabalhadores.
  • Identificar riscos antes que eles causem doenças.
  • Orientar sobre práticas seguras no dia a dia.
  • Apoiar empresas na criação de ambientes saudáveis.

O contato com o médico do trabalho não precisa se restringir a consultas formais.

Ele também pode esclarecer dúvidas, acolher queixas e indicar soluções para que o trabalhador mantenha sua saúde em equilíbrio.

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Exames que ajudam a evitar o adoecimento no trabalho

Os exames ocupacionais são ferramentas essenciais para identificar problemas de saúde ainda no início. Entre eles estão:

  • Admissional: feito antes de começar na empresa, para avaliar condições iniciais.
  • Periódico: ocorre normalmente a cada dois anos, mas em situações de risco é realizado anualmente.
  • Monitoramento biológico: aplicado geralmente a cada seis meses, principalmente em funções que envolvem contato com substâncias químicas ou exposição intensa.
  • De retorno: realizado quando o trabalhador volta de um afastamento.
  • De mudança de função: necessário sempre que há alteração de atividade com novos riscos.
  • Demissional: garante que o trabalhador encerre o vínculo em boas condições de saúde.

Esses exames não devem ser vistos como burocracia, mas como aliados no combate ao adoecimento no trabalho e na promoção de qualidade de vida.

O papel do trabalhador no cuidado com a saúde

Prevenir o adoecimento no trabalho não depende apenas das empresas ou dos médicos especializados. O próprio trabalhador pode agir de forma preventiva ao:

  • Usar corretamente os equipamentos de proteção individual (EPIs).
  • Cumprir as regras de segurança estabelecidas pela empresa.
  • Comunicar imediatamente qualquer risco ou desconforto.
  • Estar atento a sinais do corpo, como dores constantes, fadiga ou alterações emocionais.

Essa parceria entre empresa e funcionário reduz afastamentos, melhora a produtividade e fortalece a saúde coletiva.

Construindo ambientes de trabalho mais saudáveis

A mensagem final do guia da Anamt é clara: a saúde é o maior patrimônio do trabalhador.

Garantir ambientes seguros e acolhedores não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de valorizar quem faz a empresa funcionar todos os dias.

Falar sobre adoecimento no trabalho é, portanto, falar sobre prevenção, qualidade de vida e sobre um futuro em que o ambiente profissional seja sinônimo de bem-estar e não de sofrimento.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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