Remédios que causam queda de cabelo: descubra quais são e como lidar com o problema

A queda de cabelo é uma das queixas mais comuns em consultórios médicos e dermatológicos. Muitas vezes, ela está associada a fatores genéticos, estresse, carências nutricionais ou alterações hormonais.

No entanto, há uma causa que preocupa bastante os pacientes: os efeitos colaterais de determinados medicamentos.

Quando alguém percebe que os fios começam a cair de forma repentina após iniciar um tratamento, a dúvida surge quase automaticamente: será que o remédio que estou tomando está provocando isso?

Entender essa relação é essencial para não comprometer a saúde nem o bem-estar emocional.

Hoje, você vai conhecer os principais remédios que causam queda de cabelo, entender por que isso acontece e saber como agir de forma segura caso perceba o problema.

Por que alguns remédios causam queda de cabelo?

Os fios do cabelo passam por um ciclo natural de crescimento, repouso e queda. Qualquer alteração nesse ciclo pode provocar uma queda mais intensa do que o normal.

Alguns medicamentos interferem justamente nesse equilíbrio, seja por mudanças hormonais, ação direta sobre o folículo piloso ou impacto metabólico.

Entre os mecanismos mais comuns estão:

  • Alteração nos níveis hormonais, que afeta diretamente o crescimento dos fios.
  • Redução da oxigenação e nutrição do folículo capilar.
  • Estímulo a processos inflamatórios ou oxidativos que enfraquecem o cabelo.
  • Interrupção da fase de crescimento (anágena), antecipando a queda.

É importante destacar que nem todas as pessoas que utilizam esses remédios desenvolvem queda de cabelo. A intensidade e a duração do efeito colateral variam de acordo com a dose, o tempo de uso e a predisposição individual.

Muitas pessoas se assustam ao perceber que existem remédios que causam queda de cabelo, mas nem sempre esse efeito é permanente.

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Principais classes de remédios que causam queda de cabelo

A lista de remédios que causam queda de cabelo inclui desde antidepressivos até tratamentos para colesterol e hipertensão. A seguir, veja as classes mais conhecidas e como elas podem afetar os fios.

Antidepressivos e ansiolíticos

Alguns medicamentos usados no tratamento da depressão e da ansiedade podem causar queda de cabelo difusa, geralmente de forma temporária.

Isso acontece porque eles alteram o equilíbrio químico do cérebro e, indiretamente, influenciam o ciclo capilar.

Anticoncepcionais e reposição hormonal

Os métodos hormonais podem tanto melhorar quanto piorar a saúde dos cabelos, dependendo da composição. Anticoncepcionais que reduzem a produção de estrogênio, por exemplo, podem favorecer a queda, já que esse hormônio tem papel protetor sobre os fios.

A suspensão do anticoncepcional também pode causar um eflúvio, conhecido como “queda de rebote”.

Remédios para hipertensão e coração

Medicamentos como os beta-bloqueadores e alguns anticoagulantes estão relacionados à queda capilar. Isso ocorre porque eles podem reduzir a irrigação sanguínea no couro cabeludo ou interferir no metabolismo celular.

Remédios para colesterol (estatinas)

As estatinas, utilizadas para controlar o colesterol, em alguns casos raros podem provocar enfraquecimento e queda dos fios.

O efeito costuma ser leve e reversível após a suspensão ou substituição do medicamento.

Tratamentos contra acne (isotretinoína)

A isotretinoína, usada para tratar acne severa, pode causar ressecamento e queda de cabelo em alguns pacientes. Esse efeito está ligado à ação do medicamento sobre as glândulas sebáceas, alterando a lubrificação natural do couro cabeludo.

Quimioterápicos

Entre todos os medicamentos, os quimioterápicos são os mais conhecidos por causarem queda intensa de cabelo. Eles atacam células que se multiplicam rapidamente, incluindo as do folículo piloso.

Nesse caso, a queda costuma ser temporária, e o cabelo geralmente volta a crescer após o fim do tratamento.

Embora existam remédios que causam queda de cabelo, é fundamental lembrar que o efeito varia de acordo com cada organismo.

Outros medicamentos comuns que podem causar queda de cabelo

Além dos grupos mais conhecidos, existem outros medicamentos que também podem estar relacionados à queda capilar. Embora nem sempre recebam tanta atenção, é importante conhecê-los para identificar possíveis causas.

Antitireoidianos

São utilizados no tratamento do hipertireoidismo, condição em que a glândula tireoide produz hormônios em excesso.

Esses medicamentos ajudam a controlar a atividade hormonal, mas podem afetar o ciclo capilar. Como o equilíbrio da tireoide é essencial para a saúde dos fios, tanto o excesso quanto a redução abrupta desses hormônios podem levar ao enfraquecimento e à queda do cabelo.

Imunossupressores

Esses medicamentos são empregados em doenças autoimunes e após transplantes, para evitar rejeição. O problema é que, ao reduzir a atividade do sistema imunológico, eles também podem comprometer células que participam da regeneração capilar.

Em alguns pacientes, isso resulta em queda difusa e progressiva, que pode ser temporária ou durar enquanto o medicamento for utilizado.

Anti-inflamatórios de uso prolongado

Anti-inflamatórios são muito utilizados para controlar dores e inflamações, mas quando usados de forma crônica podem trazer efeitos colaterais além dos já conhecidos no estômago e nos rins.

Entre eles está a queda de cabelo, geralmente relacionada ao impacto no metabolismo de nutrientes importantes para os fios e à alteração do ciclo de crescimento capilar. Esse efeito não é comum em usos pontuais, mas pode surgir em tratamentos longos ou repetidos.

Entre os remédios que causam queda de cabelo, alguns provocam apenas uma queda temporária, que melhora após o ajuste do tratamento.

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Como saber se a queda de cabelo está ligada ao remédio?

Nem sempre é simples identificar a relação entre o uso de um medicamento e a queda capilar. Algumas orientações ajudam a levantar essa suspeita:

  • Observe o tempo de início: se a queda começou poucas semanas ou meses após o início do tratamento, pode haver ligação.
  • Analise o padrão da queda: quando o efeito é provocado por remédio, costuma ser uma queda difusa, ou seja, os fios caem de forma generalizada e não em regiões específicas.
  • Considere fatores paralelos: estresse, deficiência de ferro, problemas na tireoide e histórico familiar também podem estar envolvidos.

O ponto mais importante é nunca suspender a medicação por conta própria. Somente um médico pode avaliar se realmente há relação com o tratamento e, se necessário, indicar alternativas.

O que fazer se notar queda de cabelo durante o tratamento?

Se você percebeu que a queda de cabelo aumentou após iniciar um medicamento, siga alguns passos essenciais:

  • Converse com seu médico: explique os sintomas, o tempo de uso do remédio e quando a queda começou.
  • Avalie possibilidades de ajuste: em muitos casos, uma simples redução de dose ou a troca por outro fármaco pode resolver o problema.
  • Cuide da alimentação: uma dieta rica em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B ajuda a fortalecer os fios.
  • Busque apoio dermatológico: existem tratamentos de suporte, como loções tópicas, laser capilar e suplementos específicos que podem auxiliar.
  • Tenha paciência: em boa parte dos casos, a queda é temporária e os fios voltam a crescer após a adaptação ou a interrupção do medicamento.

A queda de cabelo associada ao uso de medicamentos é um problema que preocupa, mas pode ser controlado quando corretamente identificado.

Conhecer quais são os remédios que causam queda de cabelo ajuda o paciente a conversar com seu médico e buscar alternativas seguras.

Diversas classes de remédios têm esse efeito, como antidepressivos, anticoncepcionais, anti-hipertensivos e quimioterápicos, mas isso não significa que todos os pacientes vão apresentar o sintoma.

O mais importante é nunca interromper o tratamento por conta própria. O acompanhamento médico é fundamental para equilibrar os benefícios da medicação com a saúde dos cabelos e do organismo como um todo.

Se você está enfrentando queda capilar e suspeita de relação com algum remédio, procure orientação médica para encontrar a solução mais segura. O cuidado com a saúde sempre deve vir em primeiro lugar, mas sem deixar de lado a autoestima e a qualidade de vida.

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Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

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