Quais alimentos podem ajudar na dor crônica? Estudo aponta mudanças na dieta que fizeram diferença

A relação entre dor crônica e alimentação começa a ganhar cada vez mais atenção na ciência. Uma pesquisa da Universidade do Sul da Austrália mostrou que melhorar a qualidade da dieta pode trazer benefícios não só para o peso, mas também para a redução da dor musculoesquelética crônica em pessoas com sobrepeso ou obesidade.

O estudo indica que uma alimentação mais saudável pode ajudar a diminuir a presença de dor crônica e melhorar a qualidade de vida, embora os efeitos sobre a intensidade da dor tenham sido mais modestos e variaram conforme o tipo e a localização.

O que é a dor musculoesquelética crônica

A dor musculoesquelética crônica é aquela que persiste por mais de três meses e afeta ossos, músculos, articulações e ligamentos.

Muitas vezes, ela se manifesta em regiões como costas, joelhos e quadris, comprometendo atividades simples do dia a dia e impactando diretamente a qualidade de vida.

Foi justamente esse tipo de dor que os pesquisadores avaliaram ao investigar a relação entre dor crônica e alimentação.

Como a alimentação pode influenciar a dor crônica?

Segundo os cientistas, mudanças na dieta, como aumentar o consumo de frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras, e reduzir ultraprocessados, álcool e excesso de açúcares, tiveram impacto positivo nos sintomas.

Isso sugere que a dor crônica e alimentação podem estar conectadas, possivelmente pela redução de processos inflamatórios no corpo.

Ainda assim, a relação não é totalmente direta, já que fatores como estresse, sono e predisposição genética também influenciam a percepção da dor.

O que a pesquisa descobriu

Durante três meses, 104 adultos com sobrepeso ou obesidade seguiram uma dieta baseada nas Diretrizes Alimentares da Austrália, acompanhados por nutricionistas.

Os resultados mostraram:

  • A presença de dor crônica caiu de 50% para 24% dos participantes.
  • Houve melhora na qualidade de vida relacionada à dor.
  • A intensidade da dor apresentou queda, mas de forma consistente apenas quando comparados os mesmos locais de dor ao longo do tempo, o que indica que os efeitos podem variar de pessoa para pessoa.
  • Os participantes também perderam, em média, 7 kg, reduziram gordura corporal e circunferência da cintura.

Um detalhe importante é que parte da melhora ocorreu independentemente da perda de peso, mas a redução de gordura e cintura também esteve associada a melhores resultados em alguns indicadores de dor.

Quais alimentos fizeram diferença

O avanço mais expressivo ocorreu quando os participantes reduziram o consumo de ultraprocessados, álcool e açúcar, além de priorizar alimentos frescos e ricos em nutrientes.

Entre os destaques da dieta estão:

  • Mais frutas e vegetais, ricos em antioxidantes e vitaminas que combatem inflamações.
  • Mais grãos integrais, que fornecem fibras e ajudam no equilíbrio metabólico.
  • Mais proteínas magras, incluindo peixe, frango, leguminosas e oleaginosas, como as amêndoas.
  • Laticínios com menor teor de gordura, importantes para os ossos e músculos.

Dor crônica e alimentação: o que significa esse achado

Para quem convive com dor musculoesquelética crônica, os resultados são animadores: cuidar da alimentação pode ser um recurso complementar importante no tratamento, ao lado das orientações médicas.

Ainda assim, os cientistas ressaltam que mais pesquisas são necessárias para confirmar se os efeitos se mantêm a longo prazo e se funcionam em outros tipos de dor.

O que já se sabe é que investir em uma dieta de qualidade não traz benefícios apenas para o peso, mas também para a saúde geral e, em alguns casos, pode aliviar o impacto da dor no dia a dia.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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