Trocar carne por feijão: será que funciona mesmo? Estudo revela a resposta

Trocar carne por feijão pode trazer benefícios não só para o bolso, mas também para a saúde. Essa é a conclusão de um estudo recente da Universidade de Helsinque.

Pesquisadores acompanharam mais de cem homens adultos durante seis semanas e analisaram os efeitos de trocar parte da carne vermelha e processada por feijão e outras leguminosas, como ervilha e fava.

Por que trocar carne por feijão faz diferença?

Quem aderiu à mudança apresentou:

• Redução do colesterol total e LDL (o “ruim”);
• Pequena perda de peso e queda no IMC;
• Mais fibras, gorduras boas e ferro na alimentação.

Segundo os pesquisadores, isso acontece porque as leguminosas são naturalmente ricas em fibras e proteínas vegetais, mas têm baixo teor de gordura saturada.

Já a carne vermelha e processada, quando consumida em excesso, costuma aumentar colesterol e risco cardiovascular.

Nutrientes no prato

Mesmo com a redução da carne, os participantes mantiveram uma ingestão considerada adequada de nutrientes essenciais, como ferro e vitamina B12.

Houve uma leve queda nos níveis de vitamina B12 e iodo, mas ainda dentro do considerado seguro no curto prazo.

Os autores ressaltam, porém, que em dietas prolongadas a vitamina B12 deve ser monitorada, já que sua deficiência é mais comum em quem reduz alimentos de origem animal.

Benefícios que vão além do coração

Outros estudos já mostraram que reduzir o consumo de carne vermelha e processada pode diminuir o risco de câncer de intestino e doenças cardiovasculares.

Além disso, pesquisas de longo prazo indicam que incluir leguminosas na dieta ajuda no controle do peso e pode até reduzir o risco de morte por todas as causas.

Um hábito acessível e culturalmente brasileiro

O estudo foi feito na Finlândia, mas a mensagem tem tudo a ver com o Brasil, onde o feijão é parte da tradição alimentar.

Para muitos, ele já substitui a carne em diversas refeições, seja por escolha ou necessidade.

Incluir mais feijão no prato é uma forma prática e acessível de cuidar da saúde.

Ele pode aparecer no clássico arroz com feijão, em saladas, caldos, hambúrgueres vegetais entre outros.

Além disso, por ser fonte de proteína vegetal, contribui para dietas mais sustentáveis, com menor impacto ambiental.

Trocar carne por feijão: pequenas mudanças já ajudam

Não é preciso cortar totalmente a carne para sentir os efeitos.

O grupo que apresentou melhorias ainda consumia cerca de 200 gramas de carne por semana — pequenas porções, mas suficientes para manter o equilíbrio nutricional.

Ou seja, trocar carne por feijão, lentilha ou grão-de-bico em alguns dias da semana já é um começo viável, saudável e sustentável.

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