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Exercício para crianças com asma: o que diz a ciência? Quais os melhores?
Por muito tempo, o exercício físico foi visto como um vilão para quem tem asma, especialmente entre as crianças. O medo de crises respiratórias e a crença de que o esforço pioraria os sintomas fizeram com que muitos pais evitassem incentivar a prática esportiva.
Uma nova revisão publicada em outubro de 2025, no World Journal of Pediatrics, consolida uma mudança importante na forma de encarar o exercício na asma infantil.
O estudo reuniu décadas de pesquisas e concluiu que, quando bem orientado, o exercício para crianças com asma é seguro e traz benefícios físicos e emocionais.
O movimento como parte do tratamento
Segundo o grupo internacional de especialistas que elaborou as recomendações, manter uma rotina ativa ajuda crianças asmáticas a:
- reduzir crises;
- melhorar a qualidade do sono;
- diminuir a necessidade de medicamentos, em alguns casos.
Além disso, a prática regular aumenta a capacidade cardiorrespiratória e favorece o desenvolvimento físico e social da criança asmática.
Durante muito tempo, o medo de desencadear uma crise fez com que pais e professores restringissem atividades, o que acabou prejudicando a saúde e o bem-estar das crianças.
Hoje, os especialistas destacam que o exercício, quando bem orientado, deve ser visto como parte do tratamento, e não o contrário.
Cuidados e tipos de atividade mais indicados
Os especialistas reforçam que cada caso deve ser avaliado individualmente, levando em conta o nível de controle da asma, a idade e a condição física da criança.
Em geral, atividades aeróbicas leves a moderadas (como caminhar, nadar, pedalar e brincar ao ar livre) são as mais indicadas.
A natação se destaca porque o ambiente úmido ajuda a reduzir a irritação das vias respiratórias.
Exercícios de força leve e de alongamento também podem ser incluídos, conforme orientação médica, para melhorar a resistência e a flexibilidade.
Antes de qualquer treino, é essencial um aquecimento de cerca de 10 minutos, com alongamentos leves ou caminhada lenta.
Se houver histórico de broncoespasmo induzido pelo exercício (aquela falta de ar e chiado após o esforço), a criança deve usar a medicação preventiva indicada pelo médico (geralmente broncodilatadores de ação rápida).
Atenção ao ambiente e à intensidade
As novas diretrizes também lembram que o ambiente faz diferença.
O ideal é que a prática aconteça em locais com temperatura entre 20 °C e 24 °C e ar úmido, evitando dias frios, secos ou com poluição e pólen em excesso.
É importante começar devagar e aumentar o ritmo progressivamente, à medida que o corpo se adapta.
O acompanhamento médico e o monitoramento de sintomas ajudam a garantir segurança e bons resultados.
Além do corpo, benefícios para a mente
Os ganhos vão muito além do físico.
De acordo com o artigo, crianças que praticam atividades de forma constante demonstram menos ansiedade, maior autoestima e mais facilidade para interagir socialmente.
O exercício estimula a autoconfiança, a autonomia e o prazer de participar de jogos e esportes com os colegas, algo que muitas crianças asmáticas acabam evitando por medo ou insegurança.
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