12 doenças que mancham a pele e como identificar cada uma delas

Doenças que mancham a pele costumam gerar preocupação porque qualquer alteração inesperada na cor ou no formato de uma mancha pode levantar dúvidas sobre o que está acontecendo com o corpo.

A pele reage a diversos estímulos (desde irritações simples até condições inflamatórias, infecciosas ou sistêmicas) e essas mudanças nem sempre são fáceis de interpretar no dia a dia.

Quando uma mancha aparece, aumenta, muda de cor ou vem acompanhada de coceira ou sensibilidade, é natural sentir insegurança. Muitas pessoas não sabem se a alteração é algo passageiro ou um sinal de que existe uma doença por trás.

Por isso, compreender as causas mais comuns que levam ao surgimento dessas manchas é um passo importante para reconhecer padrões, identificar sinais de alerta e buscar orientação no momento certo.

Quando uma mancha na pele pode ser doença?

Manchas podem surgir por vários motivos, e nem sempre representam um problema. Porém, alguns sinais merecem atenção. Uma mancha pode indicar doença quando:

  • surge repentinamente ou cresce rapidamente;
  • apresenta coceira intensa, dor, sangramento ou descamação persistente;
  • tem bordas irregulares ou aspecto diferente das outras áreas da pele;
  • altera cor ao longo das semanas;
  • provoca perda de sensibilidade no local.

Essas características reforçam a importância de observar a evolução da mancha e, sempre que algo parecer fora do padrão, buscar uma avaliação profissional.

Doenças dermatológicas, infecções, condições autoimunes e alterações hormonais podem provocar mudanças na pigmentação que precisam ser investigadas.

Principais doenças que mancham a pele e como identificá-las

Depois de entender que diferentes fatores podem alterar a coloração da pele, é importante conhecer quais são as doenças que mancham a pele e como cada uma delas costuma se manifestar.

Embora muitas manchas sejam benignas, algumas condições exigem atenção porque podem indicar inflamações, infecções, alterações imunológicas ou até problemas sistêmicos.

Reconhecer as características de cada doença ajuda a diferenciar o que é comum do que precisa ser investigado por um profissional de saúde.

A seguir, veja quais são as causas mais frequentes de manchas e os sinais que podem ajudar na identificação.

1. Melasma

O melasma é uma das causas mais comuns de manchas escuras, especialmente no rosto. Surgem áreas acastanhadas causadas por estímulos hormonais, exposição solar e predisposição genética. As manchas geralmente são simétricas e se acentuam com o calor e a luz.

O diagnóstico é clínico, e o tratamento inclui fotoproteção rigorosa, despigmentantes tópicos e, em alguns casos, laser ou peelings supervisionados.

2. Vitiligo

O vitiligo provoca manchas brancas devido à perda de melanócitos, células responsáveis pela pigmentação. As áreas afetadas têm bordas bem definidas e podem aumentar com o tempo. Apesar de não causar dor, afeta a autoestima e exige acompanhamento especializado.

Tratamentos incluem fototerapia, medicamentos tópicos e terapias imunomoduladoras, com resultados variados.

3. Melanoma

Entre as doenças que mancham a pele, o melanoma é uma das mais preocupantes. Trata-se de um tipo de câncer de pele que costuma se manifestar como uma mancha escura assimétrica, com bordas irregulares, cores variadas e crescimento progressivo.

O método ABCDE é uma ferramenta importante para reconhecer sinais de alerta.

Diagnóstico precoce é fundamental, e qualquer suspeita deve ser avaliada com urgência.

4. Dermatite atópica e dermatite de contato

Essas doenças inflamatórias podem causar vermelhidão, coceira e manchas escurecidas resultantes do processo inflamatório crônico. A dermatite de contato ocorre após exposição a substâncias irritantes ou alergênicas, enquanto a atópica está associada a predisposição genética.

O tratamento envolve identificar gatilhos, hidratar a pele e, quando necessário, usar medicamentos como corticoides tópicos ou imunomoduladores.

5. Psoríase

A psoríase causa manchas avermelhadas com descamação espessa, principalmente em cotovelos, joelhos e couro cabeludo. É uma doença inflamatória crônica, com períodos de melhora e piora.

O manejo inclui hidratantes, tratamentos tópicos, fototerapia e medicamentos sistêmicos em casos moderados a graves.

6. Dermatite pós-inflamatória

Após uma inflamação, queimadura, acne ou alergia, é comum surgir uma mancha mais escura ou mais clara na região afetada. Esse processo é chamado de pigmentação pós-inflamatória e pode durar semanas ou meses.

Embora seja benigno, pode ser confundido com doenças mais sérias, reforçando a importância da avaliação adequada.

7. Micoses

As infecções causadas por fungos são responsáveis por manchas que coçam e podem descamar. Na pele, as micoses costumam formar lesões circulares, com bordas mais elevadas e centro mais claro. Podem se espalhar e se agravar sem tratamento adequado.

Antifúngicos tópicos ou orais são indicados conforme o tipo e a extensão da infecção.

8. Pitiríase versicolor

Causada pelo fungo Malassezia, a pitiríase versicolor forma manchas claras, escuras ou acastanhadas que se destacam principalmente após exposição solar. Pode causar leve descamação e tende a recidivar.

O tratamento envolve antifúngicos específicos e cuidados contínuos com a pele.

9. Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa que pode aparecer como manchas claras, avermelhadas ou acastanhadas, geralmente com perda de sensibilidade no local. É fundamental reconhecer precocemente, pois o tratamento é eficaz e oferecido gratuitamente pelo sistema público de saúde.

Qualquer mancha com alteração de sensibilidade deve ser avaliada por um profissional de saúde.

10. Lúpus

O lúpus pode provocar manchas avermelhadas, sensíveis ao sol e, em alguns casos, lesões em formato de “asa de borboleta” no rosto. Por ser uma doença autoimune que afeta diferentes órgãos, o acompanhamento multidisciplinar é essencial.

Fotoproteção é uma medida obrigatória para quem convive com o lúpus.

11. Doenças da tireoide

Alterações hormonais podem causar mudanças na cor da pele, incluindo escurecimento, manchas mais claras ou áreas ressecadas. Embora não sejam específicas, essas alterações devem ser investigadas quando vêm acompanhadas de sintomas como fadiga, perda de peso ou mudanças na temperatura corporal.

12. Diabetes e outras condições sistêmicas

O diabetes pode levar ao surgimento de áreas escurecidas e espessas, especialmente em dobras como pescoço e axilas, condição conhecida como acantose nigricans. Já doenças do fígado e deficiências nutricionais também podem provocar alterações na pigmentação.

A presença de manchas associadas a outros sintomas sistêmicos merece atenção médica.

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Como diferenciar manchas simples de sinais de alerta

Manchas benignas costumam ter evolução lenta, aspecto homogêneo e não provocam sintomas importantes. Já manchas que crescem rapidamente, mudam de cor, formam feridas, doem ou apresentam perda de sensibilidade devem ser avaliadas com prioridade.

Observar a evolução ao longo das semanas é uma estratégia útil, mas que não substitui a consulta médica.

O que fazer quando surge uma mancha na pele

Ao perceber uma mancha, é importante seguir alguns passos:

  • observar mudanças de tamanho, cor, textura e sensibilidade;
  • evitar automedicação ou uso de clareadores sem orientação médica;
  • proteger a pele do sol todos os dias;
  • identificar possíveis gatilhos, como alergias, atrito ou uso de medicamentos;
  • procurar atendimento se houver dúvida, desconforto ou persistência da lesão.

Esses cuidados ajudam a evitar agravamentos e facilitam o diagnóstico.

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Exames que podem ser necessários

Dermatoscopia, análise laboratorial, biópsia, raspado de pele e exames de sangue podem ser solicitados conforme a suspeita. Cada tipo de mancha exige uma investigação específica, e somente o dermatologista pode determinar a melhor abordagem.

Tratamentos: o que realmente funciona

O tratamento depende da causa. Pode incluir antifúngicos, antibióticos, corticoides tópicos, hidratação, fototerapia, uso de despigmentantes, novos imunomoduladores e controle de doenças de base. Em todos os casos, a orientação profissional é indispensável.

Evitar receitas caseiras agressivas é essencial para não piorar o quadro.

Prevenção: como reduzir o risco de novas manchas

A fotoproteção diária é o passo mais importante para prevenir manchas e evitar agravamento de doenças. Hábitos como hidratar a pele, evitar o atrito repetitivo, controlar doenças crônicas e manter uma rotina de cuidados ajudam a manter a pele saudável.

Embora muitas manchas sejam benignas e ligadas ao dia a dia, algumas doenças importantes começam justamente pela pele. Observar mudanças, entender os sinais e buscar ajuda quando necessário faz toda a diferença no diagnóstico precoce e na segurança do tratamento.

A pele é um reflexo da saúde como um todo, e a atenção aos detalhes é o primeiro passo para cuidar bem dela.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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