Fim da transmissão vertical do HIV no Brasil: o que isso significa para mães e bebês

O Ministério da Saúde confirmou, na segunda-feira (15), que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o fim da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública no Brasil.

A certificação indica que a transmissão do vírus de mãe para filho deixou de representar um desafio sanitário relevante no país.

Na prática, isso significa que o risco de um bebê nascer com HIV ou se infectar durante a amamentação foi reduzido a níveis muito baixos.

O resultado está associado à ampliação da testagem, ao acompanhamento no pré-natal e ao acesso gratuito ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O que é o HIV e como saber se a pessoa tem o vírus

O HIV é o vírus que ataca o sistema imunológico e, sem tratamento, pode evoluir ao longo dos anos para a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Com o uso regular de medicamentos, a infecção pode ser controlada, permitindo qualidade de vida e reduzindo de forma significativa o risco de transmissão.

A principal forma de diagnóstico é por meio de exames de sangue, disponíveis gratuitamente no SUS.

Esses testes fazem parte da rotina do pré-natal, o que permite identificar a infecção ainda no início da gravidez (etapa considerada fundamental para proteger o bebê).

O que é transmissão vertical e por que ela preocupa

A transmissão vertical ocorre quando o HIV passa da mãe para o filho durante a gestação, no parto ou na amamentação.

Durante muitos anos, essa foi uma das principais formas de infecção em crianças.

O fim da transmissão vertical do HIV no Brasil foi possível graças a um conjunto de medidas consolidadas, como diagnóstico precoce, início oportuno do tratamento com antirretrovirais e acompanhamento contínuo da gestante.

Após o nascimento, o recém-nascido também recebe cuidados específicos para reduzir ainda mais qualquer risco de infecção.

Como o Brasil alcançou esse resultado

O avanço está diretamente ligado à estrutura do SUS, com ampla oferta de testes rápidos, alta cobertura do pré-natal e acesso gratuito aos medicamentos.

Dados recentes mostram queda no número de gestantes com HIV e de crianças expostas ao vírus, além da redução no início tardio da medicação preventiva em recém-nascidos; um fator decisivo para evitar a transmissão de mãe para filho.

Impacto para as famílias e para a saúde pública

Para as famílias, o principal impacto é a segurança.

Uma mulher que vive com HIV pode engravidar, seguir o acompanhamento médico e ter um bebê sem o vírus, desde que siga as orientações de saúde.

Do ponto de vista da saúde pública, o reconhecimento da OMS reforça que investir em prevenção, testagem e tratamento traz resultados concretos.

O marco não significa que o HIV deixou de existir no país, mas indica que a adoção contínua de políticas de prevenção, testagem e tratamento permite manter a transmissão sob controle.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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