Alzheimer tem cura? Novo estudo reacende esperança com reversão de danos cerebrais

Alzheimer tem cura? Um novo estudo publicado na revista Signal Transduction and Targeted Therapy reacende a esperança de quem convive com a doença.

O Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta a memória, o raciocínio e o comportamento, provocando a morte progressiva dos neurônios e o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro.

Ainda não existe cura, mas a ciência busca há décadas formas de frear ou reverter os danos causados por essa degeneração.

Agora, pesquisadores da Universidade de Sichuan (China), University College London (Reino Unido) e Instituto de Bioengenharia da Catalunha (Espanha) apresentaram uma abordagem inédita.

Eles conseguiram reverter danos cerebrais e restaurar a memória em animais com Alzheimer (algo nunca visto até agora).

Uma nova forma de agir no cérebro

O grande diferencial da pesquisa está na forma como o tratamento age.

Em vez de tentar destruir diretamente as placas de proteína beta-amiloide, típicas do Alzheimer, os cientistas recuperaram o funcionamento da barreira hematoencefálica, que é uma espécie de filtro natural que protege o cérebro, mas que fica danificado com o avanço da doença.

Essa barreira é fundamental porque regula o que entra e sai do cérebro.

Quando ela perde eficiência, as placas tóxicas se acumulam e os neurônios passam a morrer mais rápido.

A equipe descobriu uma forma de “reprogramar” essa barreira, permitindo que o próprio organismo volte a eliminar a beta-amiloide de forma natural e rápida.

Nos testes com camundongos geneticamente modificados para desenvolver Alzheimer, a técnica se mostrou surpreendentemente rápida e eficaz.

Em apenas duas horas, ela reduziu em quase 45% as placas cerebrais tóxicas.

Além disso, o tratamento aumentou em oito vezes a presença dessas proteínas no sangue.

Esse é um sinal importante de que o corpo estava conseguindo eliminá-las de forma eficiente.

Recuperação cognitiva e esperança de reversão

Mais surpreendente ainda: após o tratamento, os animais voltaram a ter níveis normais de aprendizado e memória, alcançando resultados muito próximos aos dos ratos saudáveis.

Esse efeito se manteve por até seis meses; o que, para os pesquisadores, indica um potencial de recuperação duradoura, e não apenas um alívio temporário dos sintomas.

Segundo os autores, o segredo está em uma nanopartícula inteligente (A40-POs) que atua como um “ajuste fino” dos receptores do cérebro responsáveis por eliminar resíduos.

Essa modulação não só remove as placas, mas também restaura o equilíbrio e o fluxo natural do sistema nervoso, algo essencial para conter a progressão da doença.

Alzheimer tem cura? O que isso significa para o futuro

Embora ainda seja uma terapia experimental (testada apenas em modelos animais), o resultado muda a forma de enxergar o tratamento do Alzheimer.

Em vez de apenas tentar atravessar a barreira do cérebro com medicamentos, os cientistas estão aprendendo a reparar essa barreira.

Uma maneira de transformar o cérebro novamente em um ambiente capaz de se defender.

Isso não significa que o Alzheimer tem cura hoje, mas indica que pode ser possível recuperar funções cerebrais perdidas e desacelerar (ou até reverter) os efeitos da doença no futuro.

É um avanço que traz uma nova perspectiva de esperança para milhões de famílias.

Leitura Recomendada: O que é exame PSA e quando fazer: pesquisa revela algo importante para combate ao câncer

Compartilhe este conteúdo
Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

VIRE A CHAVE PARA EMAGRECER

INSCRIÇÕES GRATUITAS E VAGAS LIMITADAS