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Comportamento alimentar: você sabia que suas emoções afetam o que você come?
O comportamento alimentar vai muito além de simplesmente se alimentar por necessidade. Ele está profundamente ligado a nossas emoções, experiências e vivências, e pode ser um reflexo do que sentimos e pensamos.
Comer é algo que fazemos todos os dias, mas o que muitos não percebem é que a maneira como nos alimentamos está diretamente relacionada ao nosso estado emocional e mental.
Na entrevista de hoje vamos falar com a nutricionista Grazielle Orosco, que dará detalhes sobre o que é o comportamento alimentar e como ele afeta nossa saúde.
O que é Comportamento Alimentar?
Para começar, é fundamental entender o que é realmente o comportamento alimentar.
Segundo a nutricionista Grazielle Orosco, ele não se resume apenas à ingestão de calorias ou à escolha de alimentos, mas é uma soma das experiências que temos com a comida ao longo da vida.
“O comportamento alimentar é uma soma das nossas experiências com a comida ao longo da vida, já que a comida não se resume apenas a calorias; existem outros aspectos envolvidos, como afeto, carinho, amor, compreensão, luto, alegria, entre outros“, afirma.
Isso significa que a nossa relação com a comida é mais emocional e psicológica do que pensamos.
A comida se torna um símbolo de muitos sentimentos e pode até representar momentos de felicidade, conforto ou tristeza.
Cada indivíduo tem uma história única com a comida, e isso reflete no seu comportamento alimentar.
Comer emocionalmente: o que é e como isso afeta a nossa alimentação?
Quando falamos sobre comer emocionalmente, nos referimos ao ato de comer não porque o corpo esteja com fome, mas sim devido a emoções como tristeza, ansiedade ou raiva.
A fome emocional pode ser muito difícil de controlar, porque não tem relação com a necessidade do organismo, mas com o desejo de buscar conforto através da comida.
A profissional explica esse comportamento:
“O comer emocional, ou fome emocional, ocorre quando há um desejo específico por um alimento. Você fica com aquele alimento na mente, como ‘nossa, que vontade de comer um brigadeiro’. Essa vontade não é gerada por fome física, mas sim por um sintoma emocional, como raiva, tristeza, angústia, ansiedade, entre outros.”
Isso mostra que o comer emocional está profundamente ligado a como nos sentimos em determinados momentos.
Quando estamos tristes ou ansiosos, por exemplo, podemos recorrer a alimentos específicos para aliviar esses sentimentos.
Esse comportamento, muitas vezes, leva à escolha de alimentos que proporcionam prazer momentâneo, mas que nem sempre são os mais saudáveis.
Exagero alimentar e compulsão alimentar: qual a diferença?
Outro tema importante no comportamento alimentar é a diferença entre exagero alimentar e compulsão alimentar, que muitas vezes são confundidos.
A nutricionista Grazielle Orosco explica que a diferença entre os dois está no controle e na escolha dos alimentos.
“O exagero alimentar é quando você exagera em certo alimento, já a compulsão alimentar é quando o indivíduo come tudo o que vê pela frente para talvez preencher algum vazio emocional. Ou seja, não tem seletividade, come literalmente tudo, até se entupir“, esclarece a profissional.
O exagero alimentar, portanto, se refere ao consumo excessivo de um alimento determinado, enquanto a compulsão alimentar é um comportamento mais descontrolado e impulsivo, onde a pessoa consome qualquer tipo de alimento sem critérios, muitas vezes para lidar com emoções profundas.
O Exagero Alimentar Afeta a Saúde
É importante destacar que o exagero alimentar, mesmo que não envolva compulsão, pode ter sérias consequências para a saúde a longo prazo. A nutricionista afirma que, quando não controlado, pode levar a uma série de problemas.
“Com certeza, o exagero alimentar pode afetar a saúde a longo prazo. Se a pessoa é sedentária, faz uso de bebidas alcoólicas, cigarros, não dorme bem, se alimenta mal, o futuro será prejudicial. Isso pode levar à obesidade grau 2 ou 3, problemas cardiovasculares, hipertensão e até depressão“, alerta Grazielle.
Esses problemas são graves e podem afetar a qualidade de vida de quem apresenta esse comportamento alimentar desregulado.
Além disso, a obesidade e a hipertensão podem levar a outras complicações mais sérias, como diabetes e doenças cardíacas.
Como controlar o exagero alimentar?
Felizmente, há formas de controlar o exagero alimentar e evitar que ele prejudique a saúde.
A nutricionista Grazielle Orosco sugere algumas estratégias simples e eficazes.
Uma delas é procurar ajuda profissional, como terapia ou acompanhamento nutricional.
“Dependendo do caso, você pode se dedicar a uma terapia semanal ou quinzenal e contar com um acompanhamento nutricional, que ajudará no controle do consumo de alimentos e na redução dos exageros alimentares“, afirma.
Ela também sugere mudanças práticas em casa, como evitar manter alimentos tentadores ao alcance da vista.
“Não ter os alimentos em casa ou à vista é uma ótima estratégia”, recomenda a nutricionista.
Outra sugestão importante é a prática de exercícios físicos, que ajudam a reduzir sintomas de exagero alimentar, compulsão e até mesmo depressão. “Praticar um exercício físico ao ar livre ajuda a diminuir os sintomas dos exageros alimentares, compulsão, depressão e outros transtornos”, diz a profissional.
Essas mudanças podem ajudar a reduzir o impulso de comer de forma excessiva, contribuindo para um comportamento alimentar mais equilibrado.
Como melhorar o comportamento alimentar
Compreender o que é o comportamento alimentar e de que forma ele pode influenciar nossa saúde é o primeiro passo para aprimorar a relação com a comida e adotar hábitos mais saudáveis.
Isso envolve reconhecer os sentimentos e emoções que nos levam a comer de maneira descontrolada e, desse modo, buscar formas de lidar com essas emoções de maneira mais consciente.
Desenvolver um comportamento alimentar equilibrado é essencial para a saúde física e mental.
Assim, o acompanhamento de profissionais como nutricionistas e psicólogos pode ser uma ferramenta importante para lidar com questões afetivas relacionadas à alimentação.
Em resumo, o comportamento alimentar está intimamente ligado às nossas emoções e experiências.
Ao entender como as emoções influenciam a alimentação, podemos adotar estratégias para melhorar a nossa relação com a comida e viver de maneira mais saudável.
A nutricionista Grazielle Orosco ressalta que o processo de mudança no comportamento alimentar envolve mais do que apenas modificações na dieta.
“É necessário trabalhar as emoções, entender os padrões de comportamento e construir uma relação mais saudável com a comida“, conclui.
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