Doença misteriosa no Congo: sintomas graves e mortes em menos de 48 horas

Uma doença misteriosa no Congo tem causado grande preocupação entre as autoridades de saúde pública. Dois surtos recentes, que ocorreram na província de Equateur, no noroeste da República Democrática do Congo, resultaram em mais de 50 mortes e centenas de casos.

Os sintomas incluem febre, dor, vômito e diarreia, e até o momento, exames descartaram infecções conhecidas como ebola e febre de Marburg.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanha de perto a situação e investiga possíveis causas para a enfermidade.

No entanto, ainda não há um diagnóstico definitivo para essa doença misteriosa no Congo, o que aumenta a apreensão das comunidades locais e das equipes médicas envolvidas.

O avanço rápido dos surtos

Os surtos da doença misteriosa no Congo ocorreram em duas regiões distintas e apresentaram crescimento acelerado.

O primeiro foi identificado em 21 de janeiro, na vila de Boloko, na zona de saúde de Bolomba.

Foram registrados 12 casos e 8 mortes, incluindo três crianças com menos de cinco anos.

Os pequenos desenvolveram sintomas graves, como febre, fadiga extrema e sangramentos pelo nariz e na boca.

Informações locais sugerem que as crianças podem ter adoecido após consumir um morcego morto, levantando suspeitas sobre uma possível origem zoonótica da enfermidade.

O segundo surto surgiu na vila de Bomate, na zona de saúde de Basankusu, e foi notificado no dia 13 de fevereiro.

Esse foi o mais letal até agora, com 419 casos e 45 mortes confirmadas.

O que mais chama atenção é que quase metade das vítimas faleceu em menos de 48 horas após os primeiros sintomas.

Fatores que dificultam o controle da doença

A OMS ressaltou que os vilarejos afetados têm infraestrutura precária de saúde, o que complica a resposta ao surto.

Com poucos recursos para diagnóstico e tratamento, as equipes médicas enfrentam grandes desafios para conter a disseminação dessa doença misteriosa no Congo.

Amostras de 13 pacientes foram enviadas para análise laboratorial, e os testes não identificaram ebola ou Marburg.

As investigações agora consideram outras possíveis causas, como malária, intoxicação alimentar, febre tifoide, meningite ou outras febres hemorrágicas virais.

Além disso, não há evidências de que os dois surtos estejam conectados.

Isso sugere que pode haver mais de uma causa para os sintomas registrados nas diferentes vilas.

Histórico de surtos misteriosos no Congo

Essa não é a primeira vez que uma doença misteriosa no Congo preocupa a população e as autoridades de saúde.

Em dezembro de 2023, outro surto levou à morte de 143 pessoas em apenas duas semanas na província de Kwango.

Na época, os infectados apresentavam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de cabeça, tosse e anemia.

Inicialmente, havia dúvidas sobre a origem da doença, mas depois as autoridades congolesas concluíram que se tratava de um surto grave de malária.

No entanto, a demora na identificação da causa aumentou o medo da população, que já enfrenta desafios de saúde pública devido a outras epidemias.

Além da doença misteriosa no Congo, o país lida atualmente com uma epidemia de mpox (antiga varíola dos macacos).

Segundo a OMS, mais de 47 mil casos suspeitos e mais de mil mortes pela doença foram registrados no país até dezembro último.

O que pode estar causando os surtos?

Diante da incerteza sobre a doença misteriosa no Congo, os especialistas trabalham com diversas hipóteses.

Algumas possibilidades incluem:

  • Infecções virais desconhecidas: Como os sintomas se assemelham a febres hemorrágicas, os cientistas consideram a possibilidade de um vírus ainda não identificado.
  • Intoxicação alimentar: Como mencionado no primeiro surto, as crianças que adoeceram haviam consumido um morcego morto. Se ele estivesse contaminado com toxinas ou microrganismos perigosos, isso poderia explicar os sintomas.
  • Surto de outra doença conhecida: Algumas doenças tropicais, como febre tifoide e meningite, podem causar sintomas parecidos. Se os diagnósticos forem difíceis de realizar na região, pode haver um atraso na identificação correta da enfermidade.
  • Fatores ambientais: A contaminação da água ou dos alimentos por substâncias tóxicas também pode estar relacionada aos casos.

As investigações seguem em andamento para esclarecer a origem da doença misteriosa no Congo e evitar novas mortes.

Enquanto isso, a OMS reforça a necessidade de medidas preventivas, como higiene rigorosa e atenção a alimentos e água consumidos pela população.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

Artigos: 206
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