Quais as doenças que causam convulsões? Entenda as principais causas e quando procurar ajuda

Sabia que existem várias condições e doenças que causam convulsões? Esse é um sintoma que costuma assustar quem presencia ou vive um episódio, especialmente porque ele pode ocorrer em qualquer fase da vida e, muitas vezes, sem aviso prévio.

A convulsão não é uma doença em si, mas um sinal de que o cérebro sofreu uma alteração elétrica súbita, e por isso entender sua causa é fundamental para garantir segurança e tratamento adequado.

As convulsões podem surgir por motivos simples e transitórios, como febre alta, mas também podem estar relacionadas a doenças neurológicas, metabólicas, infecciosas ou até a alterações do organismo que exigem atenção imediata.

Compreender essas diferenças ajuda a reduzir a ansiedade diante da crise e orienta sobre os próximos passos.

Hoje, você verá de forma clara e acessível quais são as principais doenças que causam convulsões, como os médicos investigam a causa e em que situações é indispensável buscar atendimento.

O que é uma convulsão e por que ela ocorre

A convulsão acontece quando há uma descarga elétrica anormal no cérebro, o que pode levar a perda de consciência, movimentos involuntários, rigidez muscular, confusão mental ou alterações comportamentais.

Esse fenômeno pode durar alguns segundos ou se estender por vários minutos, dependendo da causa. Nem toda convulsão envolve movimentos bruscos; algumas se manifestam de forma discreta, como olhar fixo, confusão temporária ou breves episódios de ausência.

É essencial diferenciar convulsão de epilepsia. A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada pela predisposição a crises recorrentes sem causa imediata. Já a convulsão pode ocorrer apenas uma vez na vida, em resposta a fatores como febre alta, alterações metabólicas ou infecções.

Por isso, investigar o motivo da crise é fundamental para decidir o tratamento e prevenir novos episódios.

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Quais as doenças que causam convulsões

As convulsões podem ser provocadas por diversas enfermidades e condições clínicas. Entender essas causas ajuda a diferenciar situações leves e transitórias de problemas que exigem acompanhamento contínuo.

Doenças neurológicas

As doenças neurológicas estão entre as causas mais conhecidas de convulsão.

A epilepsia é a principal delas e representa um conjunto de condições em que o cérebro apresenta tendência permanente à atividade elétrica anormal. Tumores cerebrais, mesmo benignos, podem provocar crises ao comprimir áreas sensíveis do cérebro.

Traumatismos cranianos, especialmente aqueles associados a perda de consciência, são outra causa importante. Além disso, certas doenças degenerativas ou malformações cerebrais também podem levar a episódios convulsivos.

Doenças metabólicas

O cérebro depende de um equilíbrio preciso de nutrientes, eletrólitos e glicose. Quando esse equilíbrio é rompido, convulsões podem ocorrer. A hipoglicemia é uma causa comum, especialmente em pessoas com diabetes ou que passaram longos períodos sem se alimentar.

Alterações de sódio, cálcio e magnésio no sangue também aumentam o risco de crise. Pacientes com insuficiência renal ou hepática grave podem acumular toxinas no organismo, o que afeta diretamente o funcionamento cerebral.

Doenças infecciosas

Infecções que atingem o sistema nervoso central frequentemente causam convulsões. Casos de meningite ou encefalite, seja viral, bacteriana ou fúngica, podem desencadear crises devido à inflamação intensa no tecido cerebral.

No Brasil, a neurocisticercose, uma infecção causada pelo parasita Taenia solium, ainda é responsável por uma parcela significativa de convulsões, sobretudo em regiões com saneamento básico inadequado.

Até mesmo infecções sistêmicas acompanhadas de febre alta, especialmente em crianças, podem precipitar uma convulsão.

Condições específicas da infância

As convulsões febris são muito comuns em crianças entre seis meses e cinco anos. Elas ocorrem devido à sensibilidade maior do cérebro imaturo às elevações bruscas de temperatura.

Embora assustem, na maioria das vezes não indicam doenças neurológicas graves. Outras causas, porém menos frequentes, incluem erros inatos do metabolismo, síndromes genéticas e infecções pediátricas que cursam com irritabilidade cerebral.

Doenças autoimunes e inflamatórias

Algumas doenças autoimunes, como a encefalite autoimune, podem causar convulsões devido à ação equivocada do sistema imunológico contra estruturas cerebrais.

Em determinadas situações, pacientes com esclerose múltipla também podem apresentar crises, especialmente se houver inflamação ativa em regiões específicas do cérebro.

Outras condições que também podem provocar convulsões

Convulsões também podem ocorrer devido a abstinência alcoólica, especialmente em pessoas que bebem regularmente e interrompem o consumo de forma abrupta. Certos medicamentos podem desencadear crises como efeito adverso, assim como intoxicações por produtos químicos ou drogas ilícitas.

Em situações extremas, privação intensa de sono ou estresse físico e emocional severo podem servir como gatilho em pessoas suscetíveis.

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Convulsão sempre significa doença?

Nem sempre a convulsão está associada a uma doença crônica. Algumas situações são reativas e não se repetem após a resolução da causa. Casos de febre alta, variações abruptas da glicose ou ingestão acidental de substâncias tóxicas podem provocar crises únicas.

No entanto, mesmo quando a convulsão parece ter uma causa evidente, é essencial que o episódio seja avaliado por um profissional de saúde. Isso garante que condições subjacentes não passem despercebidas.

Como é feito o diagnóstico da causa da convulsão

O diagnóstico envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e investigação neurológica. O médico analisará detalhes do episódio, histórico familiar, uso de medicamentos e possíveis gatilhos.

Para verificar a atividade elétrica cerebral, o eletroencefalograma (EEG) é frequentemente solicitado. Exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, ajudam a identificar lesões estruturais, tumores, infecções ou malformações.

Análises de sangue avaliam glicose, eletrólitos, função renal, hepática e sinais de infecção. Em alguns casos, exames mais especializados são necessários, especialmente quando se suspeita de doenças autoimunes ou metabólicas raras.

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Quando procurar atendimento médico imediato

Alguns sinais indicam urgência e não devem ser ignorados. Uma convulsão que dura mais de cinco minutos exige atendimento emergencial, assim como crises repetidas no mesmo dia.

Se a pessoa apresenta dificuldade para respirar após o episódio, não recupera a consciência ou sofreu trauma durante a crise, a avaliação deve ser imediata. Crianças menores de um ano, idosos, gestantes e pessoas com suspeita de infecção, intoxicação ou alterações metabólicas também precisam de atendimento rápido.

Tratamento e prevenção dependem da causa

O tratamento varia conforme o diagnóstico. Em casos de epilepsia, medicamentos anticonvulsivantes são utilizados para controlar a atividade elétrica cerebral. Quando a crise é decorrente de infecções, o tratamento da doença de base é essencial.

Alterações metabólicas precisam ser corrigidas, e tumores cerebrais podem demandar cirurgia. Para prevenir novas crises, manter regularidade no sono, evitar estímulos como álcool e seguir o tratamento indicado fazem diferença significativa no prognóstico.

As convulsões podem surgir por inúmeras causas, desde condições benignas e transitórias até doenças neurológicas complexas. Identificar o motivo por trás do episódio é o primeiro passo para garantir tratamento adequado e prevenir complicações.

Entender quais doenças causam convulsões ajuda o leitor a interpretar melhor o episódio, buscar ajuda no momento certo e reduzir a ansiedade diante de um sintoma que costuma gerar grande preocupação.

Em qualquer situação, o acompanhamento médico é indispensável para um diagnóstico correto e seguro.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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