Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin comemora 2 anos; a pequena luta contra o retinoblastoma

Em maio de 2022, a pequena foi diagnosticada com retinoblastoma.

A pequena Lua, filha do apresentador Tiago Leifert e jornalista Daiana Garbin, comemorou 2 aninhos com uma linda festa com o tema de Sereias. Em maio de 2022, a pequena foi diagnosticada com retinoblastoma. Desde então, os pais tem se mostrado engajados em campanhas de conscientização sobre a doença. Mas, no que tange o tratamento da filha, eles preferem manter discrição. Conforme tem acompanhado o SaúdeLAB.

Retinoblastoma

Retinoblastoma é o nome do câncer raro diagnosticado em Lua. O casal, em vídeo publicado no Instagram na ocasião, explicou sobre este tipo raro de tumor nos olhos.  Lua, então, passava por tratamento havia quatro meses, recebendo quimioterapia mensalmente. Entretanto, somente depois desse período sentiram-se preparados para compartilhar o diagnóstico da filha, com objetivo de alertar famílias com crianças pequenas.

“Depois da última quimioterapia, a gente começou a mudar de opinião. Queremos dividir tudo que a gente sabe hoje com você que está cuidando de um bebê”, desabafou Leifert. “Eu desconhecia a doença. O meu sonho era que, em maio do ano passado, eu tivesse acesso a um vídeo de pais falando sobre retinoblastoma“, completa.

Lua não sofreu metástase, ou seja, nenhum outro órgão foi atingido pelo câncer, porém o caso já estava em estado muito avançado. “A pressão nos olhos dela era enorme”, explica o pai. A doença foi descoberta já no grau E, que é o máximo. No caso da menina, é bilateral. Segundo os médicos, ela enxerga bem com o olho esquerdo, enquanto o direto precisa de mais cuidado.

O silencioso retinoblastoma

A doença costuma atacar crianças com menos de dois anos de idade e são difíceis de diagnosticar. O tumor pode ser confundido com estrabismo. De acordo com o apresentador, “A criança se adapta, é difícil perceber. Eu notei que ela estava olhando de lado, a coloquei em frente ao espelho e o olho direito fez um movimento irregular”, conta Leifert.

“Nunca iríamos imaginar. Ela engatinhava, andava pela casa sem qualquer dificuldade”, explica Daiana.

Além disso, o Hospital AC Camargo, referência no tratamento de câncer no Brasil,diz que entre 60% e 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, quando uma célula aleatória sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente.  Essa forma de retinoblastoma geralmente aparece em crianças com mais de um ano de idade.

Em outro lado, estão os casos que são hereditários. Ou seja, quando um gene supressor de tumor chamado RB1, que está presente em todas as células de seu corpo, inclusive nas que vão dar origem a óvulos ou espermatozoides, sofre mutação. Geralmente, essa mutação é herdada de um dos pais e se desenvolve no bebê, antes de um ano de idade.

O diagnóstico

O diagnóstico precoce do retinoblastoma é importantíssimo para o sucesso do tratamento. O exame pode ser realizado pelo neonatologista ainda na maternidade, ou pelo oftalmologista em exames de rotina no primeiro mês de vida.  O chamado do reflexo vermelho (TRV), ou teste do olhinho, é um exame utilizado para detecção precoce de patologias oculares congênitas que comprometem a transparência do meio ocular e que podem impedir o desenvolvimento visual cortical.

O teste é simples, baseado na observação do reflexo vermelho da retina do paciente. A incidência da luz sobre os olhos atravessa as estruturas oculares e chega à retina que, ao refletir, gera um reflexo vermelho, alaranjado ou até mesmo amarelado. Então, na presença de qualquer opacidade dos meios oculares o reflexo estará ausente ou diminuído.

Agora, os exames de ressonância magnética são usados para confirmação do retinoblastoma por fornecem imagens detalhadas do olho e das estruturas adjacentes sem o uso de radiações ionizantes. Esse exame também é útil para visualizar o cérebro e a medula espinhal.

Olho de gato

Retinoblatoma
Aspecto de “olho de gato”. Foto: Hospital Pequeno Príncipe

As crianças com retinoblastoma desenvolvem uma área branca e opaca na pupila, que se chama leucocoria. Então, essa condição é popularmente conhecida como “olho de gato” e é facilmente visível em fotos tiradas com flash. Se o olhinho aparecer branco nas fotos, a recomendação é que a criança visite o oftalmologista com urgência.

Tratamento para o retinoblastoma

Em centros especializados, nove em cada dez crianças com retinoblastoma são curadas, segundo o AC Camargo. O tratamento tem como foco principal eliminar o câncer e salvar a vida da criança. Similarmente, preservar o olho e o máximo da visão possível, assim como limitar ao máximo os riscos de aparecimento de um segundo câncer mais tarde, especialmente nas crianças com retinoblastoma hereditário.

A forma de tratamento depende de alguns fatores: se o câncer está em um olho ou em ambos, do grau de visão do olho afetado e se o tumor se disseminou ou não. A enucleação (retirada do globo ocular) ocorre apenas nos casos de tumores muito grandes e com ausência de visão no olho comprometido.

O tratamento do retinoblastoma primeiramente combina terapias oftalmológicas, como laserterapia e crioterapia, com a quimioterapia para eliminar o tumor. A laserterapia é bastante eficaz para tumores pequenos restritos à retina e que não envolvem a mácula, a parte mais importante da retina para a visão. A crioterapia usa uma pequena sonda para congelar o tumor e destruí-lo.

A quimioterapia pode ser usada tanto para atacar o tumor quanto para reduzi-lo e tornar a laserterapia ou a crioterapia mais eficientes. Similarmente, a radioterapia também é bastante eficaz no tratamento do retinoblastoma e inclui uma pequena placa com sementes radiativas colocada fora do olho, perto do tumor.

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