Esclerose Múltipla: diagnóstico precoce pode atrasar o avanço da doença

40 mil brasileiros convivem com a doença, a maioria mulheres

A esclerose múltipla é uma doença crônica incurável, porém, a medicina avançou muito nessa área. Segundo especialistas, o diagnóstico e o tratamento precoce podem atrasar a progressão da doença, no entanto, os medicamentos contínuos são necessários tanto para controlar a doença quanto para suprimir o sistema imunológico.

Concomitantemente, o enfrentamento dos sintomas requer reabilitação funcional, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Em paralelo, a imunoterapia, também chamada de terapia com imunobiológicos, um tratamento medicamentoso que ajuda a combater e suprimir as células inflamatórias do sistema de defesa.

O tratamento leva o organismo a identificar e atacar as células disfuncionais, segundo o médico neurologista Leonardo de Deus Silva, coordenador da especialidade no Vera Cruz Hospital.

“Descobri a Esclerose Múltipla há nove anos, por causa de um formigamento que começou nos dedos indicador e polegar da mão direita”, conta a empresária Daniela Blander Cordeiro, de 37 anos. Segundo ela, em menos de uma semana, atingiu até a cintura.

Depois de realizar alguns exames, o neurologista fechou o diagnóstico. “Porém, como a esclerose múltipla estava no início, eu ficaria bem adotando alimentação saudável, prática de atividade física e evitando estresse”, comenta Daniela. A administradora trata da enfermidade uma vez a cada seis meses no Centro de Infusões do Vera Cruz Hospital.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, imunomediada (o sistema imunológico passa a atacar o próprio corpo) e crônica. Então, ela ataca a mielina, proteína do sistema nervoso central, causando disfunções do sistema nervoso central, na área que foi afetada.

esclerose múltipla
É possível retardar o avanço da doença, segundo o especialista (Fonte: Mart Production)

O que se sabe sobre a esclerose múltipla?

 

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a patologia afeta 40 mil pessoas somente no Brasil. Logo, são  15 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, a esclerose múltipla acomete três mulheres para cada homem.

“As pessoas com a doença podem ter formigamento e dormência de um lado do corpo, alterações motoras, fraqueza muscular, desequilíbrio e distúrbios visuais. Com o passar do tempo e a recorrência desses surtos, a doença pode evoluir com um caráter degenerativo”, explica o neurologista.

O diagnóstico da esclerose múltipla é feito com ressonância magnética e outros exames laboratoriais, em particular do líquido cefalorraquidiano, bem como exames de sangue e neurofisiológicos.

Entretanto, ainda não foram descobertas maneiras de prevenção da doença, nem seus fatores de risco, mas o histórico familiar é um item importante. Neste caso, evitar a obesidade, o consumo do tabaco e manter os níveis adequados de vitamina D no organismo, garante o neurologista, evitam os casos da doença em até 60%.

“Algumas situações podem ser gatilhos para quem tem predisposição genética para a enfermidade”, garante Silva. Ele cita vacinação, infecções virais, como por exemplo Epstein-Barr, ser da raça branca ou morar em países muito frios e com baixa exposição à luz solar. Assim como os baixos níveis de vitamina D, passar estresse físico ou ambiental.

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