Ferritina baixa causa ansiedade? O que a ciência já sabe sobre essa relação

Quando recebemos o resultado de um exame de sangue e encontramos a ferritina abaixo do normal, a primeira associação costuma ser com anemia e cansaço.

Mas muitas pessoas se perguntam: será que a ferritina baixa causa ansiedade ou sintomas emocionais parecidos?

Essa dúvida faz sentido, já que tanto a ansiedade quanto a deficiência de ferro estão entre as condições de saúde mais comuns no mundo.

Além disso, os sintomas físicos e mentais podem se confundir, dificultando a identificação da causa real do problema.

Hoje, você vai entender o que é ferritina, por que ela é essencial para o organismo, como a sua deficiência pode impactar o sistema nervoso e até que ponto existe relação com a ansiedade.

Também veremos como diferenciar os sintomas e o que fazer para tratar corretamente.

O que é ferritina e qual sua função no corpo

A ferritina é uma proteína responsável por armazenar ferro dentro das células, liberando-o quando o corpo precisa. Diferente do ferro circulante no sangue, a ferritina mostra quanto de ferro o organismo tem em reserva.

Esse mineral é fundamental para várias funções:

  • Produção de hemoglobina, responsável por transportar oxigênio.
  • Geração de energia nas células.
  • Suporte ao sistema imunológico.
  • Funcionamento adequado do sistema nervoso e equilíbrio de neurotransmissores.

Quando a ferritina está baixa, significa que as reservas de ferro estão reduzidas, mesmo antes de a anemia se instalar. Isso pode afetar diretamente o bem-estar físico e mental.

Pesquisas investigam até que ponto ferritina baixa causa ansiedade e influencia o equilíbrio químico do cérebro.

Leia também: Ferritina em Alta ou em Baixa? Conheça os sintomas e descubra como equilibrar

Sintomas de ferritina baixa

Os sinais de ferritina baixa variam conforme o nível de deficiência, mas alguns são bastante característicos. Entre os sintomas físicos, destacam-se:

  • Cansaço excessivo.
  • Palidez.
  • Queda de cabelo.
  • Tonturas e fraqueza.
  • Dificuldade para realizar atividades simples.

Mas a deficiência de ferro também pode afetar o cérebro. Muitas pessoas relatam:

  • Dificuldade de concentração.
  • Alterações de memória.
  • Irritabilidade.
  • Oscilações de humor.
  • Sintomas semelhantes à ansiedade.

É justamente essa sobreposição de sinais que gera confusão: afinal, estamos diante de uma ansiedade “verdadeira” ou de manifestações causadas pela ferritina baixa?

Embora nem sempre ferritina baixa cause ansiedade, essa deficiência pode contribuir para piorar quadros já existentes.

A ferritina baixa causa ansiedade?

Essa é a pergunta central. E a resposta é: sim, existe uma relação importante entre ferritina baixa e sintomas de ansiedade.

O ferro é essencial para a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e GABA, que regulam o humor, a motivação e a sensação de tranquilidade.

Quando as reservas de ferro estão reduzidas, há maior risco de desequilíbrios químicos no cérebro, o que pode se manifestar como irritação, agitação, dificuldade para relaxar e até crises de ansiedade.

Portanto, embora a ferritina baixa não seja a única causa de ansiedade, ela pode ser um fator significativo, especialmente quando os sintomas emocionais aparecem junto de sinais físicos de deficiência de ferro.

A dúvida se ferritina baixa causa ansiedade é comum entre pacientes que recebem esse resultado em exames laboratoriais.

Diferenças entre ansiedade psicológica e ansiedade ligada à ferritina baixa

A ansiedade pode ter múltiplas origens, mas alguns indícios ajudam a diferenciar.

  • Ansiedade psicológica: costuma estar relacionada a situações de estresse, preocupações excessivas ou histórico pessoal. Em muitos casos, melhora com psicoterapia, mudanças de estilo de vida ou medicamentos ansiolíticos.
  • Ansiedade por deficiência de ferro: frequentemente vem acompanhada de sintomas físicos, como fadiga, queda de cabelo, palpitações e falta de ar. Nesses casos, o mal-estar emocional pode melhorar com a correção da deficiência.

É importante lembrar que essas duas formas podem coexistir. Uma pessoa pode ter predisposição psicológica à ansiedade, que é intensificada por carências nutricionais como a ferritina baixa.

É importante compreender em quais situações ferritina baixa causa ansiedade e quando os sintomas estão ligados a outros fatores.

O que fazer em caso de ferritina baixa e ansiedade

Se você já tem exames que mostram ferritina baixa e sente sintomas de ansiedade, o ideal é buscar avaliação médica para uma investigação completa. O profissional pode solicitar exames adicionais, como hemograma, ferro sérico e saturação de transferrina, para confirmar a deficiência.

O tratamento geralmente inclui:

  • Suplementação de ferro: feita apenas com prescrição médica, já que o excesso de ferro também pode trazer riscos.
  • Ajustes alimentares: consumir alimentos ricos em ferro (carnes vermelhas, feijão, lentilha, folhas verde-escuras) combinados com fontes de vitamina C para melhorar a absorção.
  • Estilo de vida saudável: manter sono regulado, praticar atividade física e adotar estratégias de manejo do estresse podem reduzir os sintomas de ansiedade enquanto o tratamento corrige a deficiência.

O mais importante é não tentar se automedicar. Apenas um especialista pode indicar a dose correta e acompanhar a evolução.

A dúvida sobre se a ferritina baixa pode causar ansiedade é legítima e tem respaldo científico. O ferro é um nutriente essencial para o equilíbrio do sistema nervoso, e a sua deficiência pode sim contribuir para sintomas como irritabilidade, dificuldade de concentração e ansiedade.

No entanto, a ansiedade é multifatorial. Nem sempre será causada apenas pela ferritina baixa, e por isso é fundamental investigar o quadro de forma completa, considerando tanto a saúde física quanto os aspectos emocionais.

Se você tem ferritina baixa e sente ansiedade, não ignore os sinais. Com diagnóstico correto e tratamento adequado, é possível recuperar as reservas de ferro e melhorar a qualidade de vida física e mental.

Leitura Recomendada: Ferro sérico: entenda o exame, valores normais e o que significa quando está alterado

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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