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Consegue apertar com força suficiente? Esse teste pode revelar se o corpo está saudável por dentro
Pesquisadores descobriram que a força muscular tem um papel muito mais importante na saúde do que se imaginava.
Uma pesquisa publicada no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism revela que a manutenção da força muscular está associada não apenas a um menor risco de complicações relacionadas à obesidade, mas também a uma redução na probabilidade de morte precoce.
Em outras palavras, manter o corpo forte pode ajudar a proteger a saúde mesmo quando o peso na balança não muda.
A pesquisa analisou dados de mais de 93 mil participantes do UK Biobank (um grande banco de informações de saúde do Reino Unido) acompanhados por cerca de 13 anos.
Os resultados mostraram que as pessoas com maior força muscular apresentaram menor risco de evoluir de um quadro de excesso de gordura corporal (pré-obesidade clínica) para doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, problemas cardíacos e dificuldades respiratórias.
Por que a força muscular é tão importante?
O músculo não serve apenas para movimentar o corpo. Ele atua como um verdadeiro órgão metabólico, ajudando a equilibrar os níveis de glicose, colesterol e gordura no sangue.
Quando há pouca massa muscular, o corpo tende a acumular mais gordura e fica mais vulnerável à inflamação crônica.
No estudo, essa relação ficou clara. A cada aumento na força de preensão manual (o ato de apertar algo com as mãos) houve redução significativa no risco de doenças relacionadas à obesidade.
Em números simples, pessoas com maior força de preensão apresentaram cerca de 23% menor risco de morte por todas as causas durante o período analisado.
O que é o teste de preensão manual?
Os cientistas usaram o teste de preensão manual para medir a força muscular.
O método é simples. Basta apertar um dinamômetro, aparelho que avalia a potência da mão.
Apesar de parecer um teste específico, ele reflete com precisão o estado geral da musculatura do corpo.
Isso significa que quem tem boa força de preensão manual tende a possuir músculos mais saudáveis nas pernas, braços e tronco.
Por isso, o teste tem sido usado por médicos e pesquisadores como um marcador confiável de saúde física e risco metabólico.
Mesmo sem emagrecer, o corpo muda por dentro
Um dos achados mais interessantes do estudo é que os benefícios da força muscular apareceram mesmo entre pessoas cujo peso corporal não se alterou.
Ou seja, não é apenas o número na balança que determina o risco de doenças.
Ter músculos fortes ajuda a controlar a glicose, reduzir inflamações crônicas e melhorar a circulação.
Esses fatores explicam por que duas pessoas com o mesmo índice de massa corporal (IMC) podem ter níveis de saúde muito diferentes, dependendo da quantidade e da qualidade de sua massa muscular.
Em resumo, a força muscular e a obesidade estão profundamente conectadas.
O equilíbrio entre elas pode ser decisivo para evitar que o excesso de gordura evolua para doenças clínicas.
Como fortalecer os músculos e proteger a saúde
Aumentar a força muscular não exige treinos de atleta.
Atividades simples, como caminhadas em ritmo acelerado, exercícios com o peso do próprio corpo (como agachamentos e flexões) e o uso de elásticos ou pequenos halteres, já fazem diferença.
Além disso, uma alimentação rica em proteínas magras, frutas, verduras e alimentos com magnésio e potássio favorece a recuperação muscular e o ganho de força.
O estudo reforça que cuidar dos músculos é uma estratégia eficaz para prevenir doenças associadas à obesidade e aumentar a longevidade.
Fortalecer o corpo, portanto, vai muito além da estética, é uma forma de investir na saúde e no bem-estar a longo prazo.
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