Vítima é um bebê com 2 meses: Farmácia é suspeita de ter confundido medicamento na hora da venda

A Polícia Civil de Goiás está investigando a venda errada de um medicamento em Formosa, no Estado de Goiás. A princípio, o menino Ravi Lorenzo de 2 meses precisava tomar bromoprida um remédio para enjoo, mas, ele bebeu um colírio para glaucoma, que levou a criança a óbito. Entenda o caso com SaúdeLab de hoje.

Bebê de meses morreu ao ingerir medicamento errado em Goiás

Antes de tomar o medicamento para os olhos, o pequeno Ravi Lorenzo de 2 meses estava bem, foi o que disse a mãe do bebê. De acordo com ela, o filho estava sorrindo para os pais, mas, o mal-estar começou quando ele tomou o colírio para glaucoma.

Para tratar o enjoo, o indicado era o medicamento bromoprida. Contudo, ele acabou tomando o remédio errado e no domingo (5), o bebê faleceu na cidade de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. No entanto, na segunda-feira (6), a Polícia Civil procurou a Drogaria Ultra Popular para esclarecer o ocorrido, ela passou a contribuir com as investigações.

Nesse sentido, a polícia está averiguando se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado para a família do bebê. O delegado responsável Paulo Henrique Ferreira está investigando se o atendente estava sendo supervisionado por um farmacêutico no momento da venda.

Caso o erro seja identificado, o responsável terá que responder por homicídio culposo quando não há a intenção de matar. Além disso, o delegado está aguardando o laudo completo do exame cadavérico do bebê que ingeriu colírio, que vai identificar a real causa da morte, se houve ou não ligação ao medicamento.

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Medicamento errado

Segundo, Emanuely Fonseca, mãe do Ravi Lorenzo, o seu filho estava bem até tomar o colírio em vez do remédio para enjoo. O colírio que ele tomou era para tartarato de brimonidina, ele foi enviado para família, porém, este medicamento é contra indicado para menores de 2 anos.

De acordo com a bula do medicamento ele pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração  e diminuição no batimento cardíaco e coma. Emanuely ressaltou que o avô paterno foi até a farmácia para comprar o remédio, e chegou com a receita, entregou para o atendente e foi a hora que ocorreu o erro do homem da farmácia.

O Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) disse para TV Anhanguera que não houve erro na receita e a letra do médico estava legível. A instituição foi até a farmácia para apurar se tinha algum farmacêutico no local no momento da venda.

A vice-presidente do conselho, Luciane Cali, disse que na receita está claramente escrito que o uso é oral, como você dispensa um colírio para uso oral? “É  um erro muito grotesco”, disse.

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Camila Sousa
Camila Sousa

Sou jornalista formada pela Universidade Católica de Brasília, com especialização em Ciência Politica pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

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