Medicamentos genéricos no Brasil: ranking revela quais são os campeões de venda

Os medicamentos genéricos crescem no Brasil e garantem economia; veja como funcionam e quais são os mais vendidos

Os medicamentos genéricos estão cada vez mais presentes na rotina de quem busca tratamentos eficazes por um preço mais acessível.

De acordo com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC), em média, eles custam até 67% menos do que os medicamentos de referência, sendo uma alternativa importante para quem precisa de uso contínuo.

Mas você sabe o que diferencia um genérico de um remédio de marca? Ou quais são os genéricos mais vendidos no Brasil?

Vamos esclarecer essas e outras dúvidas aqui no SaúdeLab, para te ajudar a entender melhor essa opção disponível nas farmácias.

O que são medicamentos genéricos?

Os medicamentos genéricos são versões de medicamentos que já perderam a patente.

Eles têm o mesmo princípio ativo, na mesma dosagem, segurança, eficácia e forma de uso que os medicamentos de referência.

A principal diferença está no nome comercial e, principalmente, no preço.

Criados para ampliar o acesso à saúde, os genéricos passaram a ser regulamentados no Brasil a partir de 1999.

Desde então, ganharam espaço nas farmácias, nos consultórios médicos e na casa dos brasileiros.

Principais características dos medicamentos genéricos:

  • Possuem o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência;
  • São aprovados pela Anvisa, com testes de qualidade e bioequivalência;
  • Não têm nome de marca – o nome do produto é o do princípio ativo;
  • Custam menos, pois não envolvem custos de pesquisa original ou marketing;
  • Estão amplamente disponíveis em farmácias de todo o país.

Genérico, referência e similar: qual a diferença?

Para entender melhor como os medicamentos genéricos se encaixam no mercado, é importante saber diferenciá-los dos outros tipos disponíveis. Veja a comparação:

Tipo de MedicamentoO que éExemplosPreço Médio
ReferênciaOriginal desenvolvido por um laboratório, protegido por patenteViagra, TylenolMais caro
GenéricoIgual ao de referência, mas sem marca comercialSildenafil, ParacetamolMais barato
Similar de MarcaMesmo princípio ativo do de referência, mas com nome de marca própriaNeosaldina, DôricoIntermediário

 

Enquanto os medicamentos de referência são protegidos por patentes por um determinado período (normalmente 20 anos, garantindo exclusividade à empresa que desenvolveu a fórmula), os genéricos só podem ser produzidos após o vencimento dessa patente.

Já os similares de marca também possuem os mesmos princípios ativos, mas mantêm um nome comercial próprio.

Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?

Essa é uma dúvida comum entre os consumidores. O preço mais baixo dos medicamentos genéricos se deve a vários fatores:

  • Não há investimento em pesquisa original, já que a fórmula já é conhecida;
  • Não são feitas grandes campanhas de marketing;
  • A concorrência entre laboratórios reduz o preço final;
  • Muitos são produzidos no Brasil, o que corta custos com importação e logística.

Tudo isso permite uma redução significativa no valor, tornando os tratamentos mais acessíveis e beneficiando milhares de brasileiros.

Veja os 10 medicamentos genéricos mais vendidos no Brasil

Segundo o levantamento da ALANAC com base em dados do IQVIA, os medicamentos genéricos representaram 39% do total de medicamentos vendidos no Brasil no primeiro trimestre de 2025.

O crescimento foi de 7% em relação ao mesmo período de 2024.

Confira abaixo o ranking dos 10 genéricos mais vendidos no país em unidades:

1. Losartana

Usado para tratar a pressão alta (hipertensão) e ajudar na proteção dos rins em pacientes com diabetes. É um dos medicamentos mais prescritos no SUS e nas clínicas particulares.

2. Dipirona Sódica

Analgésico e antitérmico, serve para aliviar dores e febres. É um dos remédios mais populares no Brasil.

3. Hidroclorotiazida

Medicamento diurético indicado para controle da pressão arterial e retenção de líquidos.

4. Nimesulida

Anti-inflamatório indicado para alívio de dores agudas, como as musculares, dentárias e articulares.

5. Tadalafila

Usado para tratar disfunção erétil e também em casos de hiperplasia prostática benigna.

6. Simeticona

Indicada para alívio de gases intestinais e desconfortos abdominais.

7. Enalapril

Outro importante anti-hipertensivo, muito utilizado por pacientes com insuficiência cardíaca.

8. Sinvastatina

Utilizada para controlar os níveis de colesterol e prevenir problemas cardiovasculares.

9. Atenolol

Medicamento betabloqueador que auxilia no controle da pressão arterial e doenças cardíacas.

10. Sildenafil

Famoso por tratar disfunção erétil, também tem uso em condições como hipertensão pulmonar.

Todos os medicamentos do ranking são produzidos no Brasil.

Como saber se um medicamento genérico é confiável?

Essa é outra dúvida muito comum. Apesar do preço menor, os medicamentos genéricos passam por uma série de testes antes de chegarem às prateleiras.

Aqui vão algumas dicas para identificá-los:

  • Verifique a embalagem: os genéricos têm uma faixa amarela com os dizeres “Medicamento Genérico – Lei nº 9.787/99”;
  • Confirme o princípio ativo: ele deve ser igual ao prescrito pelo médico;
  • Converse com o farmacêutico: tire dúvidas sobre substituições e posologia;
  • Verifique se o produto tem registro na Anvisa e selo de qualidade.

O impacto dos genéricos no acesso à saúde

O crescimento dos medicamentos genéricos no Brasil representa mais do que números de vendas.

Eles ajudam a reduzir os custos dos tratamentos médicos, facilitam o acesso a medicamentos essenciais e aliviam o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso:

  • Facilitam o uso contínuo por pessoas com doenças crônicas;
  • Reduzem a dependência de medicamentos importados;
  • Democratizam o tratamento em todas as regiões do país;
  • Estimulam a concorrência e inovação entre os laboratórios.

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FAQ – Perguntas comuns sobre medicamentos genéricos

1. Medicamentos genéricos funcionam mesmo?

Sim. Eles têm a mesma eficácia, segurança e qualidade dos de referência. São testados e aprovados pela Anvisa com base em critérios rigorosos.

2. Por que o genérico é mais barato?

Como vimos no texto, ele é mais barato porque não envolve os custos de desenvolvimento da fórmula original nem grandes investimentos em marketing. A concorrência entre laboratórios também ajuda a baixar o preço.

3. Posso trocar o remédio de marca por um genérico?

Na maioria dos casos, sim. Mas sempre consulte seu médico ou farmacêutico, especialmente se estiver em um tratamento específico.

4. Todo medicamento tem versão genérica?

Não. Apenas os medicamentos que já perderam a patente podem ser fabricados como genéricos.

5. Genérico pode causar mais efeitos colaterais?

Não. Os efeitos colaterais são os mesmos, já que o princípio ativo é idêntico ao do medicamento de referência.

6. Como identificar um medicamento genérico na farmácia?

O genérico não tem nome de marca. Ele é identificado pelo nome da substância ativa, e na embalagem aparece a tarja amarela com a frase: “Medicamento Genérico – Lei nº 9.787/99”.

7. Genérico tem o mesmo tempo de ação que o remédio de marca?

Sim. O tempo para começar a fazer efeito é equivalente ao do medicamento de referência, pois eles são bioequivalentes — ou seja, agem da mesma forma no organismo.

8. É seguro comprar medicamentos genéricos em farmácias populares?

Sim, desde que a farmácia seja regularizada pela Anvisa e o medicamento tenha registro válido. O programa Farmácia Popular, por exemplo, oferece diversos genéricos gratuitamente.

9. Grávidas podem tomar medicamentos genéricos?

Podem, desde que haja indicação e acompanhamento médico. O fato de ser genérico não altera a necessidade de cuidado com o uso de medicamentos durante a gestação.

10. O genérico pode ter sabor ou aparência diferente do original?

Sim. Aparência, cor, sabor e formato podem variar, mas isso não interfere na eficácia, desde que o princípio ativo e a concentração sejam os mesmos.

11. Medicamento genérico vence mais rápido?

Não. O prazo de validade é semelhante ao do medicamento de referência, e deve estar sempre indicado na embalagem.

12. Quem define o preço do medicamento genérico?

O preço é regulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), ligada à Anvisa. Por lei, o genérico deve ser mais barato que o medicamento de referência.

13. Existe genérico para antibiótico ou antidepressivo?

Sim. Muitos antibióticos, antidepressivos e remédios de uso contínuo já possuem versões genéricas aprovadas, com a mesma segurança e eficácia.

14. Tomar genérico é menos seguro que usar a marca famosa?

Não. Os medicamentos genéricos passam pelos mesmos testes de qualidade e segurança, seguindo exigências da Anvisa e padrões internacionais.

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Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

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