O que piora a artrite reumatoide: hábitos e alimentos que agravam os sintomas

Quem convive com a artrite reumatoide sabe que existem dias em que a dor, a rigidez e o cansaço parecem mais intensos. É comum que surja a dúvida: o que piora a artrite reumatoide?

Afinal, a doença tende a ter períodos de melhora e de crise, e entender o que influencia esses momentos é essencial para manter a qualidade de vida e o controle dos sintomas.

Hoje, você vai entender quais hábitos, alimentos e fatores externos podem agravar a artrite reumatoide, por que isso acontece e o que pode ser feito no dia a dia para reduzir as crises e viver com mais conforto.

Entender o que piora a artrite reumatoide é fundamental para controlar as crises e reduzir o impacto da doença no dia a dia.

Entendendo a artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune crônica que causa inflamação nas articulações, levando à dor, inchaço, rigidez e perda de mobilidade.

Diferentemente da artrose, que é um desgaste mecânico, a artrite reumatoide ocorre quando o sistema imunológico passa a atacar tecidos saudáveis do próprio corpo, especialmente nas mãos, punhos e joelhos.

Essa inflamação é cíclica: há períodos de remissão, em que os sintomas diminuem, e fases de atividade da doença, quando as dores aumentam. Diversos fatores (tanto internos quanto externos) podem atuar como gatilhos, agravando os sintomas ou dificultando o controle da doença.

Muitos pacientes se perguntam o que piora a artrite reumatoide e quais atitudes podem estar contribuindo para o aumento das dores.

Mas afinal, o que piora a artrite reumatoide no dia a dia?

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Principais fatores que pioram a artrite reumatoide

Vários elementos do estilo de vida podem aumentar a inflamação e, consequentemente, agravar os sintomas. A seguir, veja os principais e entenda por que eles merecem atenção.

1. Alimentos que podem agravar os sintomas

A alimentação tem impacto direto sobre os processos inflamatórios do corpo. Alguns alimentos são conhecidos por aumentar substâncias pró-inflamatórias, que pioram a dor e o inchaço nas articulações.

Entre os principais estão:

  • Açúcares refinados e doces em excesso: elevam a glicose no sangue e estimulam a produção de citocinas inflamatórias, associadas à dor articular.
  • Ultraprocessados e frituras: ricos em gorduras trans e aditivos químicos, que favorecem a inflamação sistêmica.
  • Carnes vermelhas e embutidos: contêm gorduras saturadas e compostos que, em excesso, podem agravar os sintomas.
  • Bebidas alcoólicas: em consumo frequente, aumentam o estresse oxidativo e podem interferir no efeito de medicamentos.

Por outro lado, estudos apontam que padrões alimentares anti-inflamatórios, como a dieta mediterrânea, ajudam a reduzir os sintomas e a proteger as articulações. Peixes ricos em ômega-3, azeite de oliva, frutas, verduras, grãos integrais e castanhas devem ser priorizados.

Alimentação inadequada, estresse e sedentarismo estão entre os principais fatores de o que piora a artrite reumatoide segundo especialistas.

2. Estilo de vida e hábitos prejudiciais

A rotina e o comportamento também influenciam diretamente o controle da artrite reumatoide. Alguns hábitos comuns podem favorecer o agravamento da inflamação.

  • Sedentarismo: A falta de atividade física reduz a força muscular, a mobilidade e a circulação articular. Isso torna as articulações mais vulneráveis à rigidez e à dor. Exercícios leves, orientados por um profissional, são aliados fundamentais no tratamento.
  • Tabagismo: O cigarro é um dos fatores mais reconhecidos de piora da artrite reumatoide. Pesquisas mostram que fumar aumenta a inflamação sistêmica e reduz a resposta aos medicamentos usados no tratamento.
  • Privação de sono: Dormir mal eleva o cortisol, o hormônio do estresse, que pode intensificar processos inflamatórios. Ter uma boa higiene do sono é essencial para manter a imunidade equilibrada e controlar as dores.
  • Estresse emocional: A tensão constante influencia o sistema imunológico e pode contribuir para o surgimento de crises. Técnicas de relaxamento, terapia e acompanhamento psicológico ajudam a minimizar esses impactos.

3. Fatores ambientais e emocionais

Mudanças climáticas e variações de temperatura também estão entre as queixas mais frequentes de quem tem artrite reumatoide.

Ambientes frios e úmidos costumam causar rigidez articular mais intensa e aumento da dor, especialmente nas mãos e nos joelhos. Embora o clima não cause a doença, pode agir como um gatilho temporário de sintomas.

Além disso, questões emocionais como ansiedade e depressão são comuns em pacientes com artrite reumatoide e podem piorar a percepção da dor e o cansaço. O acompanhamento psicológico, junto ao tratamento médico, é uma parte importante do cuidado integral.

Diversos estudos têm investigado o que piora a artrite reumatoide e apontam que o estilo de vida tem papel determinante na evolução da doença.

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Comportamentos e erros que dificultam o controle da doença

Mesmo com acompanhamento médico, alguns comportamentos podem comprometer o controle da artrite reumatoide e favorecer o agravamento do quadro.

  • Interromper o tratamento por conta própria: A artrite reumatoide exige controle contínuo. Parar os medicamentos ou alterar doses sem orientação médica pode levar à reativação da doença.
  • Automedicação: O uso inadequado de anti-inflamatórios pode mascarar sintomas e causar efeitos adversos.
  • Ignorar sinais de inflamação persistente: Dores e inchaços contínuos precisam ser avaliados, pois indicam atividade da doença.
  • Exagerar em atividades físicas: Exercícios intensos, sem orientação, podem sobrecarregar as articulações inflamadas.
  • Não fazer acompanhamento regular: O reumatologista deve ajustar o tratamento conforme a resposta do corpo, o que é essencial para evitar complicações a longo prazo.

Esses erros são comuns, mas podem ser prevenidos com informação, disciplina e suporte médico adequado.

Mitos sobre lactose e glúten na artrite reumatoide

É comum encontrar informações na internet associando lactose e glúten à piora da artrite reumatoide.

No entanto, não há evidências científicas sólidas de que esses componentes causem inflamação articular ou agravem a doença em pessoas que não apresentam intolerância ou sensibilidade específica.

Segundo um estudo publicado no Clinical Rheumatology (2021), dietas restritivas sem orientação médica (como a exclusão completa de glúten ou lactose) não demonstraram benefício direto na redução da atividade da artrite reumatoide.

O que realmente faz diferença é a qualidade geral da alimentação, com foco em nutrientes anti-inflamatórios e equilíbrio calórico.

  • Glúten: pode ser consumido com moderação, desde que a pessoa não tenha doença celíaca ou sensibilidade comprovada. Eliminar o glúten sem necessidade pode reduzir a ingestão de fibras e vitaminas do complexo B.
  • Lactose e laticínios: não pioram a artrite reumatoide e, em alguns casos, até contribuem com cálcio e vitamina D, importantes para a saúde óssea. A restrição só é indicada em casos de intolerância diagnosticada.

Ou seja, o foco deve estar em reduzir alimentos ultraprocessados, açúcares e gorduras saturadas e não em restringir grupos alimentares sem evidência médica. O acompanhamento com um nutricionista especializado em doenças inflamatórias é a melhor forma de personalizar a dieta de maneira segura e eficaz.

Ainda há muita desinformação sobre o que piora a artrite reumatoide, especialmente em relação à alimentação e aos hábitos diários.

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O que fazer para evitar a piora da artrite reumatoide

Evitar os fatores que agravam a doença é tão importante quanto seguir o tratamento medicamentoso. Pequenas mudanças no estilo de vida fazem diferença significativa no controle das crises.

1. Adote uma alimentação anti-inflamatória.

Priorize peixes, azeite de oliva, frutas, legumes, oleaginosas e cereais integrais. Reduza o consumo de carne vermelha, açúcar e produtos industrializados.

2. Pratique exercícios de baixo impacto.

Atividades como caminhada, hidroginástica, pilates e fisioterapia ajudam a fortalecer músculos, reduzir rigidez e preservar a mobilidade articular.

3. Cuide do sono e do equilíbrio emocional.

Manter uma rotina regular de descanso, evitar telas antes de dormir e praticar técnicas de relaxamento pode ajudar a reduzir crises e melhorar o bem-estar geral.

4. Abandone o cigarro e reduza o álcool.

Ambos são reconhecidos como agravantes da inflamação e comprometem o sucesso do tratamento.

5. Faça acompanhamento contínuo com o reumatologista.

O tratamento da artrite reumatoide é individualizado. O médico avalia periodicamente a necessidade de ajustes, prevenindo complicações nas articulações e outros órgãos.

Entender o que piora a artrite reumatoide é o primeiro passo para controlar melhor a doença e reduzir o impacto das crises no dia a dia. Fatores como alimentação inflamatória, sedentarismo, estresse, tabagismo e abandono do tratamento estão entre os principais vilões.

Por outro lado, hábitos saudáveis, prática regular de exercícios leves e acompanhamento médico constante podem fazer toda a diferença na evolução do quadro.

Com informação de qualidade e orientação profissional, é possível viver bem com artrite reumatoide, mantendo a dor sob controle e preservando a qualidade de vida por muitos anos.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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