Oncologista: Conheça o especialista no cuidado e tratamento do câncer

O câncer é uma das doenças mais desafiadoras e impactantes da atualidade, afetando milhões de pessoas em todo o mundo e demandando cuidados específicos e qualificados. Para enfrentar essa complexidade, surge o oncologista, o médico especializado no diagnóstico, acompanhamento e tratamento do câncer.

Com uma visão abrangente e técnica, o oncologista se dedica a compreender cada caso e definir as abordagens terapêuticas mais eficazes, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e oferecer suporte integral ao paciente.

Mas afinal, o que faz um oncologista? Quais são as especializações dentro da oncologia e o que esperar das consultas e tratamentos? Essas e outras questões essenciais é o que veremos por aqui, no SaúdeLAB.

O que é Oncologia?

Oncologia é a especialidade da medicina focada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do câncer, uma doença que envolve o crescimento anormal e descontrolado de células no organismo.

O objetivo da oncologia é estudar o câncer em todas as suas formas e estágios, buscando maneiras de combatê-lo, de impedir sua progressão e de oferecer a melhor qualidade de vida possível para os pacientes.

A oncologia se divide em várias áreas, entre as quais:

Oncologia clínica: Cuida dos tratamentos não cirúrgicos do câncer, como quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo. O oncologista clínico é o responsável por definir a melhor estratégia para tratar o câncer de acordo com o tipo, estágio e condições de saúde do paciente.

Oncologia cirúrgica: Realiza cirurgias para remoção de tumores ou partes do tecido afetado pelo câncer. Esse profissional também pode ser envolvido em procedimentos diagnósticos, como biópsias.

Radioterapia (ou radio-oncologia): Focada no tratamento do câncer por meio da radiação, que ajuda a destruir células cancerígenas e encolher tumores.

A área de oncologia também envolve o acompanhamento de pacientes que já passaram por tratamentos e estão em remissão, ajudando a monitorar sinais de recidiva e oferecendo suporte durante a recuperação.

Além disso, a oncologia tem um papel essencial na educação sobre a prevenção do câncer, abordando fatores de risco e hábitos de vida que podem diminuir a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Esses profissionais não atuam isoladamente; a equipe oncológica é geralmente multidisciplinar, incluindo enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros especialistas que, juntos, garantem um cuidado integral ao paciente.

O que é e o que faz um Oncologista?

O oncologista é o médico especializado no diagnóstico, tratamento e estudo do câncer.

Com conhecimentos aprofundados sobre os diversos tipos de tumores, esse profissional determina a abordagem mais eficaz para cada caso.

Entre os principais métodos terapêuticos estão:

  • Quimioterapia: Utiliza medicamentos para atacar e eliminar as células cancerígenas.
  • Imunoterapia: Fortalece o sistema imunológico do paciente para combater o câncer de forma natural.
  • Terapia-Alvo: Foca em estruturas específicas das células tumorais para bloquear seu crescimento.
  • Radioterapia: Emprega radiação controlada para reduzir ou eliminar o tumor.

Com a participação de uma equipe multidisciplinar, que pode incluir radiologistas e cirurgiões, o oncologista adapta o tratamento ao tipo e estágio do câncer, bem como às condições gerais do paciente.

Médico Oncologista: o especialista em câncer

Dúvidas como “oncologista é médico de quê?” são comuns na Internet.

Em essência, o oncologista é o profissional responsável por todos os aspectos do cuidado contra o câncer, desde o diagnóstico inicial até o acompanhamento durante o tratamento.

Além de conduzir os tratamentos indicados, ele esclarece as dúvidas do paciente e o orienta em decisões importantes, sempre adaptando o plano de cuidado às necessidades específicas de cada fase da doença e às novas possibilidades terapêuticas.

O oncologista é responsável pelo tratamento de cânceres que podem se manifestar em diversas partes do corpo, como pulmões, mama, próstata, pele, cérebro, sistema gastrointestinal, entre outros órgãos e tecidos.

Atuando em casos de diferentes graus de complexidade, ele monitora tanto a evolução da doença quanto a resposta do paciente ao tratamento, adaptando as terapias conforme necessário para garantir a maior eficácia possível.

Além de prescrever e acompanhar os tratamentos, o oncologista avalia o impacto da doença e das terapias no organismo como um todo.

Em consultas periódicas, ele revisa exames e analisa sinais de possíveis efeitos colaterais, ajustando doses ou combinando diferentes abordagens quando necessário.

O objetivo é sempre otimizar os resultados e preservar ao máximo a qualidade de vida do paciente ao longo do processo.

Tipos de Oncologistas: Especialidades e abordagens diferenciadas na oncologia

A oncologia é uma área ampla, com diversas subespecialidades que permitem um tratamento mais direcionado e adequado às necessidades de cada paciente.

Entre os principais tipos de oncologistas estão:

Oncologista Clínico: Responsável pelo tratamento do câncer com medicamentos, como quimioterapia e imunoterapia. Esse especialista monitora a resposta do paciente e ajusta as doses ou combinações de medicamentos conforme necessário.

Cirurgião Oncologista: Habilitado para realizar cirurgias com o objetivo de remover tumores, muitas vezes como um primeiro passo no tratamento. A cirurgia pode ser combinada com outros tratamentos, como radioterapia, para aumentar a eficácia e reduzir a chance de recidiva.

Oncologista Pediátrico: Cuida de crianças com câncer, adaptando tratamentos ao organismo infantil e oferecendo suporte emocional tanto ao paciente quanto à família.

Oncologista Integrativo: Trabalha na combinação de tratamentos convencionais com abordagens complementares, como terapias nutricionais e práticas para redução de estresse, com foco no bem-estar global do paciente.

Além desses, há também subespecialidades mais específicas, como o psico-oncologista (focado no suporte emocional e psicológico), neuro-oncologista (especializado em tumores do sistema nervoso), e o oncologista ginecológico (voltado para o câncer do sistema reprodutivo feminino).

Cada um desses profissionais traz uma abordagem personalizada, o que pode ser essencial para o sucesso do tratamento.

Quando procurar um Oncologista? Como ocorre o encaminhamento?

O encaminhamento para um oncologista geralmente ocorre quando exames iniciais — como mamografia, ultrassom, tomografia ou exames de sangue — sugerem alterações suspeitas de câncer.

Esse encaminhamento pode ser feito por médicos de várias especialidades, dependendo da área do corpo onde se encontra a suspeita de tumor.

Além dos clínicos gerais, que podem identificar sinais suspeitos em exames de rotina, outros especialistas frequentemente responsáveis por encaminhar pacientes para a oncologia incluem:

  • Dermatologistas: em casos de lesões na pele que possam indicar câncer de pele, como melanoma ou carcinoma.
  • Ginecologistas: ao identificar alterações nos exames de colo do útero, ovários e endométrio, comuns em cânceres ginecológicos.
  • Pneumologistas: para lesões nos pulmões ou sintomas que possam indicar câncer pulmonar.
  • Urologistas: quando há sinais de câncer no sistema urinário, como nos rins, bexiga ou próstata.
  • Gastroenterologistas: em casos de alterações no sistema digestivo, como estômago, cólon, fígado e pâncreas.
  • Otorrinolaringologistas: quando detectam massas ou lesões na cabeça, pescoço ou garganta.
  • Hematologistas: para cânceres do sangue, como leucemias, linfomas e mielomas.
  • Endocrinologistas: em caso de nódulos suspeitos em glândulas, como tireoide, adrenal ou paratireoide.
  • Mastologistas: quando identificam nódulos suspeitos nas mamas, especialmente em exames de rotina.
  • Neurologistas: para tumores cerebrais ou da medula espinhal detectados por meio de exames neurológicos.
  • Oftalmologistas: em casos de tumores oculares, como o melanoma uveal.
  • Ortopedistas: quando detectam tumores ósseos ou nas articulações, que podem ser indicativos de câncer ósseo.
  • Cardiologistas: para possíveis tumores cardíacos (embora raros) ou casos de metástases que afetam o coração.
  • Nefrologistas: quando exames indicam lesões ou alterações nos rins, sugerindo um possível câncer renal.
  • Dentistas e Cirurgiões Bucomaxilofaciais: ao identificar lesões ou tumores na boca, mandíbula ou face, que possam ser cânceres orais.

Cada um desses especialistas, ao identificar sinais suspeitos em exames ou sintomas, encaminha o paciente ao oncologista para uma investigação mais aprofundada.

A consulta com o oncologista deve ocorrer o mais rapidamente possível, já que o diagnóstico precoce e o início do tratamento aumentam as chances de sucesso no combate à doença.

Primeira consulta com o oncologista: O que esperar?

Na primeira consulta, o oncologista realiza uma avaliação detalhada do histórico de saúde do paciente, considerando antecedentes familiares de câncer, exames já realizados e sintomas atuais.

Esse encontro inicial permite ao médico revisar cuidadosamente o quadro clínico e, desse modo, identificar as particularidades que poderão orientar o tratamento.

Para confirmar o diagnóstico e definir o estágio da doença, o oncologista pode solicitar exames adicionais, como biópsias ou imagens de alta resolução.

Esse primeiro encontro é também uma oportunidade para o oncologista explicar as opções de tratamento disponíveis, como quimioterapia, imunoterapia, radioterapia ou cirurgia, esclarecendo os objetivos, benefícios e possíveis efeitos de cada abordagem.

O paciente é incentivado a tirar dúvidas e compreender o processo, sentindo-se mais preparado para as etapas que virão.

Exames solicitados pelo oncologista

Os exames têm papel essencial no diagnóstico e na definição do tratamento mais adequado. Entre os principais exames pedidos pelo oncologista estão:

Biópsia: Análise de uma amostra de tecido para confirmar a presença de células cancerígenas.
Exames de Imagem: Como tomografia, ressonância magnética e PET scan, que ajudam a identificar a extensão do câncer e determinar se ele se espalhou para outras áreas do corpo.
Exames de Sangue: Incluem marcadores tumorais que podem indicar a presença e a agressividade de certos tipos de câncer.

Esses exames são fundamentais para determinar o estágio da doença, o que influencia diretamente na escolha do tratamento.

O oncologista realiza cirurgias?

O oncologista clínico, geralmente, não realiza cirurgias; esse é o papel do cirurgião oncologista, que é capacitado para realizar procedimentos cirúrgicos específicos para o câncer.

As cirurgias oncológicas têm objetivos diversos, desde a remoção completa do tumor até o alívio de sintomas em casos de câncer avançado.

A decisão sobre a cirurgia depende do tipo, tamanho e localização do tumor, bem como do estado de saúde geral do paciente.

Existem diversos tipos de cirurgia oncológica, cada uma com um objetivo específico:

  • Cirurgia Curativa: Focada em remover completamente o tumor e curar o paciente.
  • Cirurgia Paliativa: Realizada para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida, sem a intenção de cura.
  • Cirurgia Preventiva: Indicada para remover tecidos que têm alto risco de desenvolver câncer no futuro, como é o caso de algumas cirurgias preventivas em pessoas com histórico familiar significativo de câncer.

Quando a cirurgia oncológica é indicada?

A cirurgia oncológica é recomendada quando o tumor está em uma fase em que é possível removê-lo com segurança.

Dependendo do tipo de câncer, a cirurgia pode ser indicada como primeiro tratamento ou como complemento à quimioterapia e radioterapia.

Em casos de câncer avançado, a cirurgia pode ajudar a reduzir sintomas, melhorando o conforto do paciente.

Oncologia Pediátrica: Tratamento de câncer em crianças

O oncologista pediátrico é o especialista que lida com o tratamento do câncer em crianças e adolescentes, adaptando cuidadosamente os métodos e doses ao organismo jovem, que é mais sensível e está em fase de desenvolvimento.

Esse cuidado específico é essencial, pois o corpo infantil responde de forma diferente aos tratamentos convencionais, e ajustes precisos são necessários para evitar efeitos colaterais desnecessários e preservar o crescimento saudável da criança.

Além do tratamento médico, o oncologista pediátrico oferece um suporte emocional fundamental para a criança e seus familiares.

O diagnóstico de câncer em uma criança pode ser um desafio intenso e prolongado para a família, e o oncologista, muitas vezes em conjunto com outros profissionais, auxilia a família a compreender o processo e a enfrentar cada fase do tratamento.

O objetivo final é não apenas combater o câncer de forma eficaz, mas também garantir que a criança mantenha uma boa qualidade de vida e o apoio necessário ao longo do tratamento.

A Oncologia e o suporte multidisciplinar

A abordagem da oncologia é frequentemente multidisciplinar, envolvendo uma equipe de profissionais que trabalham de maneira integrada para proporcionar um cuidado abrangente.

Além do oncologista, essa equipe pode incluir psico-oncologistas, que auxiliam no suporte emocional e mental do paciente; enfermeiros especializados, que monitoram o bem-estar diário e administram medicamentos; e nutricionistas, que ajustam a dieta para ajudar a fortalecer o organismo durante as terapias.

Outros profissionais também podem fazer parte da equipe, dependendo das necessidades do paciente, como fisioterapeutas para auxiliar na recuperação física ou assistentes sociais para ajudar a família a lidar com questões práticas durante o tratamento.

Esse suporte integral é essencial para melhorar a qualidade de vida do paciente e oferecer um cuidado que vá além do tratamento do câncer em si, atendendo às necessidades físicas, emocionais e sociais do paciente e sua família.

Como escolher um Oncologista de confiança?

Escolher um oncologista de confiança é uma decisão essencial para o sucesso do tratamento e a tranquilidade do paciente. Aqui estão alguns passos que podem ajudar nessa escolha:

Pesquise as credenciais e especializações

Verifique se o oncologista possui registro ativo e se é membro de sociedades médicas reconhecidas, como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Alguns oncologistas se especializam em tipos específicos de câncer, como câncer de mama, pulmão ou gastrointestinal, então vale a pena buscar alguém com experiência no tipo específico de câncer que precisa ser tratado.

Considere a experiência do profissional

A experiência do oncologista pode fazer diferença, especialmente em casos complexos ou raros. Profissionais que tratam um volume maior de casos de um tipo específico de câncer têm maior familiaridade com as nuances do tratamento, além de estarem mais atualizados nas terapias disponíveis.

Busque indicações e referências

Peça recomendações ao médico de confiança, familiares ou pessoas que já passaram por tratamento oncológico. Além disso, é importante consultar avaliações em plataformas de saúde, mas lembre-se de que a escolha deve ser feita com base em uma combinação de fatores, e não apenas em avaliações online.

Verifique a estrutura da clínica ou hospital

Ter acesso a uma equipe multidisciplinar, tratamentos avançados e suporte psicológico e nutricional são aspectos importantes que complementam o atendimento oncológico. Opte por clínicas ou hospitais que ofereçam uma estrutura completa e integrada.

Avalie a empatia e a comunicação

O câncer é uma doença que exige muito acompanhamento e um tratamento que pode se estender por meses ou anos. Por isso, é fundamental que o oncologista seja acessível, tenha empatia e se comunique de forma clara.

Durante a primeira consulta, avalie a disposição do profissional para ouvir, explicar o diagnóstico e o tratamento proposto, e esclarecer dúvidas. Esse aspecto é importante para criar uma relação de confiança e segurança.

Considere o acesso e a localização

A proximidade com o local de tratamento é um ponto importante, especialmente em casos que exigem consultas e sessões frequentes de tratamento, como quimioterapia ou radioterapia. Se deslocar com facilidade e ter um bom acesso à clínica ajuda na continuidade do tratamento e reduz o desgaste do paciente.

Certifique-se de que aceita o plano de saúde (se aplicável)

Alguns especialistas e hospitais de renome podem não estar credenciados em todos os planos de saúde. Verifique previamente se o oncologista atende pelo plano, e se as sessões e os tratamentos são cobertos, evitando surpresas financeiras ao longo do tratamento.

Escolher um oncologista de confiança pode dar ao paciente e à família uma sensação de amparo e tranquilidade, essenciais para enfrentar o diagnóstico e o tratamento de câncer com mais força e resiliência.

Escolher um oncologista de confiança é uma etapa crucial para garantir um tratamento eficaz e uma experiência mais tranquila ao longo da jornada contra o câncer.

Essa escolha envolve não só a qualificação técnica do profissional, mas também a estrutura da clínica, o acesso ao suporte multidisciplinar e, principalmente, a empatia e a clareza na comunicação do médico.

Um oncologista que combina conhecimento, experiência e sensibilidade pode oferecer ao paciente o suporte necessário para enfrentar os desafios do tratamento com mais segurança, promovendo qualidade de vida e confiança no processo.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: [email protected]

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