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POTS é grave? Conheça a síndrome e a história do cão que salvou sua tutora
POTS é grave? Essa pergunta é fundamental para entendermos a complexidade da Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS, na sigla em inglês). A história de Katie e seu cão de serviço, Bailey, nos ajuda a explorar essa condição que afeta muitas pessoas.
Recentemente, um vídeo compartilhado por Katie viralizou nas redes sociais, mostrando como Bailey conseguiu prever uma crise epiléptica e tomar ações para proteger sua tutora.
No vídeo, Katie aparece realizando uma tarefa simples, lavando louças, quando Bailey, percebendo alterações em seu corpo, age rapidamente.
Primeiro, ele faz com que sua tutora sente no chão, evitando uma queda.
Em seguida, busca água na geladeira e entrega os medicamentos necessários.
Durante todo o tempo, ele permanece ao lado de Katie, pressionando seu corpo para ajudar no fluxo sanguíneo e garantir sua segurança (veja mais abaixo o vídeo).
A cena emocionante destaca um problema pouco falado, mas que afeta a vida de muitas pessoas: a POTS.
O que exatamente é essa síndrome? Quais são os seus impactos? E qual a relação dela com as crises epilépticas? Vamos entender melhor aqui no SaúdeLAB.
O que é a Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS)?
A POTS é um distúrbio do sistema nervoso autônomo que afeta a circulação sanguínea. Caracteriza-se pelo aumento anormal da frequência cardíaca quando a pessoa passa da posição sentada ou deitada para a posição em pé.
Essa alteração pode resultar em uma série de sintomas que afetam o dia a dia dos pacientes.
Os sintomas da POTS podem ser agrupados em diferentes categorias:
Sintomas neurológicos:
- Dores de cabeça: Muitas pessoas com POTS relatam dores de cabeça frequentes.
- Névoa cerebral: Dificuldade de concentração e clareza mental, conhecida como “nevoeiro cerebral”.
- Zumbido nos ouvidos: Um som persistente ou zumbido pode ser sentido.
- Tremores: Algumas pessoas podem experimentar tremores involuntários.
- Dormência ou formigamento: Sensações de dormência podem ocorrer em membros e extremidades.
- Visão turva: Alterações na visão, como borrões, podem ser comuns.
- Sensibilidade à luz e ao som: A exposição a luzes brilhantes ou sons altos pode causar desconforto.
- Convulsões: Em casos mais severos, crises convulsivas podem ser desencadeadas.
Sintomas cardiovasculares:
- Batimento cardíaco acelerado ou palpitações: O coração pode parecer que está batendo mais rápido ou de forma irregular.
- Desmaio ou quase desmaio: A sensação de desmaio é comum e pode ocorrer devido à queda da pressão arterial.
- Tontura ou atordoamento: Muitas pessoas relatam sentir tonturas, especialmente ao se levantar.
- Dor ou desconforto no peito: Algumas pessoas podem sentir uma pressão desconfortável na área do peito.
- Falta de ar: Dificuldades respiratórias podem surgir em momentos de estresse ou esforço físico.
- Pressão arterial alterada: A pressão pode variar, apresentando episódios de hipertensão ou hipotensão.
Outros sintomas:
- Fadiga extrema: Um cansaço intenso que pode dificultar a realização de tarefas cotidianas.
- Sintomas gastrointestinais: Náuseas, vômitos e diarreia podem ser frequentes.
- Distúrbios do sono: Insônia ou sono não reparador são queixas comuns.
- Dor nas articulações: Muitas pessoas sentem dor ou desconforto nas articulações e músculos.
- Ansiedade ou depressão: O impacto psicológico da condição pode resultar em sentimentos de ansiedade e depressão.
- Intolerância à temperatura: Algumas pessoas têm dificuldade em lidar com mudanças de temperatura ou podem sentir ondas de calor.
A causa exata da Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS) ainda não é totalmente conhecida.
Acredita-se que a condição esteja relacionada a uma anormalidade no sistema nervoso autônomo, que regula funções como a frequência cardíaca e a pressão arterial.
Frequentemente, os sintomas da POTS surgem após uma infecção viral ou um evento desencadeante, indicando que uma resposta anormal do corpo a essas situações pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome.
POTS é grave?
A resposta é sim e não. POTS é grave, mas não necessariamente uma ameaça à vida.
Embora possa causar desconforto significativo e afetar a qualidade de vida dos pacientes, a síndrome em si não costuma ser fatal.
No entanto, é importante destacar que a POTS pode ser um sinal de uma condição mais grave por trás dela. Por isso, é essencial ter acompanhamento médico para descartar outras doenças.
No caso de Katie, sua condição desencadeia crises epilépticas, o que torna a situação ainda mais preocupante.
Aqui, o papel de Bailey se torna crucial. O cão de serviço é capaz de perceber as alterações no corpo da tutora antes mesmo de um episódio acontecer, permitindo que ela tome medidas para evitar complicações.
Qual a relação entre POTS e crises epilépticas?
Embora nem todas as pessoas com POTS desenvolvam crises epilépticas, a síndrome pode estar relacionada a episódios convulsivos em alguns casos.
Isso ocorre porque a má regulação do fluxo sanguíneo no cérebro pode levar a sintomas neurológicos severos.
Para entender melhor, é importante saber o que é crise epiléptica.
A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por descargas elétricas anormais no cérebro, resultando em convulsões ou perda de consciência.
Alguns pacientes com POTS podem ter crises epilépticas reflexas, que são convulsões que ocorrem automaticamente em resposta a mudanças repentinas na circulação sanguínea e na oxigenação do cérebro.
Como é o tratamento da POTS?
Embora ainda não exista cura para a POTS, algumas abordagens podem ajudar no controle dos sintomas, incluindo:
- Mudanças na dieta: Aumentar a ingestão de líquidos e sal para melhorar a circulação
- Exercícios físicos adaptados: Movimentos específicos podem fortalecer o sistema cardiovascular
- Medicamentos: Alguns remédios podem ajudar a estabilizar a frequência cardíaca
- Uso de meias de compressão: Auxiliam na circulação sanguínea e reduzem os sintomas
Pacientes com POTS precisam de acompanhamento médico regular para encontrar a melhor estratégia de tratamento.
POTS é grave, mas pode ser gerenciada
O caso de Katie e Bailey mostra que, embora a POTS seja grave, o suporte adequado pode fazer toda a diferença.
A gravidade da situação de Katie se deve ao fato de que a POTS pode levar a episódios de desmaio, o que aumenta o risco de quedas e ferimentos, como bater a cabeça.
Isso torna a presença de um cão de serviço, como Bailey, bem importante para garantir sua segurança e ajudar a prevenir acidentes durante essas crises.
Cães de serviço, tratamentos personalizados e a conscientização sobre a síndrome ajudam os pacientes a levar uma vida mais segura e com maior qualidade.
Se você ou alguém próximo apresenta sintomas da POTS, busque ajuda médica.
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores são as chances de controle dos sintomas e prevenção de complicações, como crises epilépticas e desmaios frequentes.
É recomendado procurar um médico cardiologista ou um especialista em medicina interna.
Esses profissionais podem avaliar os sintomas, realizar exames e indicar o tratamento adequado.
Além disso, em alguns casos, um neurologista pode ser consultado, especialmente se houver a presença de sintomas neurológicos associados.
Veja o vídeo:
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