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Proibição da Anvisa atinge alimentos infantis, suplementos e cosméticos no Brasil
Na última semana, diversos produtos foram alvo de proibição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As medidas atingiram alimentos infantis, suplementos alimentares, um lote de molho de pimenta, um creme cosmético e até goma de tapioca.
As decisões chamam a atenção porque, em alguns casos, representam risco à saúde de grupos mais vulneráveis, como bebês, crianças pequenas e pessoas com alergias.
O que significa a proibição da Anvisa?
A proibição da Anvisa ocorre quando um produto não pode mais ser fabricado, vendido, distribuído ou usado em território nacional.
Dependendo da gravidade do caso, a agência também pode adotar outras medidas, como:
Suspensão: aplicada em situações de irregularidades pontuais, como falhas de rotulagem ou ausência de estudos obrigatórios.
Recolhimento: quando o produto já está no mercado, mas precisa ser retirado das prateleiras por representar risco ao consumidor.
Nos últimos dias, todas essas medidas apareceram em resoluções publicadas no Diário Oficial da União.
Proibição da Anvisa em alimentos infantis “PF da Nina”
Um dos casos mais graves foi a proibição da Anvisa em relação aos alimentos da marca “PF da Nina”.
A agência identificou que eles estavam sendo fabricados por uma empresa sem licença sanitária e sem cumprir as Boas Práticas de Fabricação, enquanto a marca fazia a distribuição e venda.
Com isso, todos os alimentos infantis “PF da Nina” foram proibidos de serem fabricados, distribuídos ou vendidos no Brasil.
Além disso, a Anvisa determinou a apreensão dos produtos que ainda estiverem em prateleiras.
Para os pais, a recomendação é suspender imediatamente o consumo e buscar alternativas seguras e registradas.
Suplementos alimentares irregulares entram na mira
A proibição da Anvisa também alcançou uma série de suplementos alimentares que estavam sendo fabricados e comercializados de forma irregular.
Entre os produtos suspensos estão:
- Magnésio Dimalato e Magnésio Quelato (todos os lotes);
- Expectos Mel (todos os lotes);
- Lipo Magre (todos os lotes);
- Max Beauty (todos os lotes);
- Gestlac (todos os lotes);
- Max Neural (todos os lotes);
- Digestivit (todos os lotes).
Além disso, a medida se estende a todos os suplementos da marca Gold Labs, da empresa Gold Suplementos Ltda., e também a todos os produtos da marca Nutrivitalle, fabricados pela Sunfood Clinical Brasil Indústria e Comércio Importação e Exportação Ltda..
As principais irregularidades envolvem a ausência de estudos de estabilidade, o uso de ingredientes não autorizados e alegações terapêuticas enganosas.
Em alguns casos, houve ainda relatos de eventos adversos graves relacionados ao consumo.
Segundo a Anvisa, todos os suplementos das empresas citadas estão proibidos de serem fabricados, comercializados, distribuídos, importados, divulgados em propagandas e utilizados. Os produtos também deverão ser apreendidos.
Molho de pimenta com dióxido de enxofre não declarado
Outro caso que resultou em proibição da Anvisa foi o recolhimento do lote 4512823 do molho de pimenta extra forte Ubon.
Durante análises laboratoriais, foi identificada a presença de dióxido de enxofre em quantidade não declarada no rótulo.
Essa substância pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis, especialmente em quem tem problemas respiratórios ou histórico de alergias alimentares.
Por isso, o lote foi recolhido e sua venda suspensa.
Cosmético “Adeus” também foi suspenso
A proibição da Anvisa também atingiu o creme corporal multifuncional “Adeus”, produzido pela empresa JSA Indústria de Cosméticos.
Embora registrado como cosmético, o produto era apresentado com alegações de tratamento e até cura — prática proibida, já que cosméticos não podem se apresentar como medicamentos.
Dessa forma, a fabricação, venda, distribuição, propaganda e até o uso do produto foram suspensos.
Goma de tapioca também foi recolhida
Outro produto afetado foi a goma hidratada Ekobom, usada para preparo de tapioca.
Neste caso, o recolhimento foi voluntário, após a empresa identificar estufamento em um lote específico (16125, fabricado em 18/06/2025, válido até 18/12/2025).
Embora não envolvesse falhas tão graves como nos outros casos, a suspensão do lote foi necessária para proteger o consumidor.
O que o consumidor deve fazer diante da proibição da Anvisa
Diante da proibição da Anvisa, algumas recomendações práticas ajudam a reduzir riscos:
- Conferir marcas e lotes dos produtos em casa, especialmente os citados pela agência.
- Suspender o uso imediato caso o item esteja entre os proibidos ou recolhidos.
- Entrar em contato com o fabricante para orientações sobre devolução ou substituição.
- Consultar o site da Anvisa para acompanhar as atualizações.
A recente série de medidas envolvendo alimentos infantis, suplementos, cosméticos e até goma de tapioca mostra como a proibição da Anvisa pode atingir diferentes setores.
Para o consumidor, acompanhar essas decisões é uma forma de reforçar a própria segurança e cobrar mais responsabilidade das empresas que colocam produtos no mercado.
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