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Relatório aponta que ao menos 73 mil brasileiros por ano com câncer conseguem ter acesso à radioterapia
Para enfrentar um câncer é preciso de muita coragem, fé e determinação, mas também depende do acesso à saúde das pessoas. Infelizmente, ainda não podemos dizer que o principal tratamento para câncer, a radioterapia, está disponível. Sobre isso, um levantamento da Função Dom Cabral mostra que milhares de pacientes ficaram sem radioterapia pelo SUS.
Mais de um milhão de pessoas sem cirurgia
De acordo com a Sociedade Brasileira de Radioterapia, o Brasil ainda precisa avançar muito para chegar a outros patamares de tecnologia contra o câncer. Afinal, o número de equipamentos disponíveis para tratar de diversos tipos de câncer é baixo frente à demanda. Ao todo, a SBR aponta que mais de um milhão de pessoas ficaram sem cirurgias entre 2008 e 2021.
Em contraponto, houve o crescimento de novos casos de câncer em todo o Brasil que acumulou o total de 6,2 milhões de novos casos no mesmo período. Em termos de tratamento pelo SUS, houve uma demanda de aproximadamente 2,8 milhões de pessoas para o uso de radioterapia para o tratamento de câncer. Porém, apenas 1,7 milhão conseguiu.
Com a falta de equipamentos mais modernos e com melhor resultado no tratamento do câncer, o SUS se vira com métodos ultrapassados. Isso representa perigo, uma vez que esses métodos são também menos eficazes no combate ao câncer. Isso num país em que cerca de 75% dos pacientes com câncer dependem de forma exclusiva do SUS.
Maior tempo de tratamento
Com o avanço da tecnologia hospitalar, foi possível chegar ao método da radioterapia hipofracionada. Nessa metodologia, existe uma redução do número de sessões do tratamento de um câncer de mama, por exemplo. Nesse caso, antes seria um total de 25 a 30 sessões até que fosse possível reverter o quadro, mas isso mudou nos últimos tempos.
Atualmente, é possível reverter o quadro de um câncer de mama por meio da radioterapia hipofracionada em apenas cinco sessões. Mas, essa novidade é pouco significativa, já que apenas 67% dos serviços radioterápicos atendem de forma exclusiva para o SUS. Em contrapartida, cerca de 88% desses serviços estão disponíveis de forma integral para a saúde suplementar.
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