Esse alimento barato é rico em ômega-3 e vitamina D (mas tem um detalhe importante)

Prática, acessível e nutritiva, a sardinha em lata é um dos alimentos mais populares nas cozinhas brasileiras.

Está presente tanto no cardápio do dia a dia quanto em dietas voltadas para a saúde cardiovascular, emagrecimento ou praticidade.

Mas uma dúvida persiste: será que, por ser um alimento enlatado, a sardinha em lata é saudável?

aqui, no SaúdeLAB, vamos responder de forma direta e embasada se a sardinha em lata é saudável, quais são seus reais benefícios, os cuidados que merecem atenção e como aproveitá-la da melhor forma na alimentação.

Sardinha em lata é saudável?

Sim, a sardinha em lata pode ser considerada saudável (especialmente quando escolhida com critério e consumida com moderação). Mesmo enlatada, ela mantém grande parte de seus nutrientes e pode ser uma excelente fonte de:

  • Proteínas de alto valor biológico
  • Ácidos graxos ômega-3, com potente ação anti-inflamatória
  • Cálcio, especialmente quando consumida com as espinhas
  • Vitamina D, essencial para os ossos e o sistema imunológico
  • Vitamina B12, importante para o sistema nervoso e a formação do sangue

Além disso, é um peixe de baixo custo, fácil acesso e baixo impacto ambiental, o que a torna uma opção viável para diversas populações que buscam melhorar a alimentação sem gastar muito.

Contudo, nem todas as sardinhas enlatadas são iguais: o teor de sódio, o tipo de conserva (óleo, água, molho) e a qualidade do fabricante influenciam diretamente no perfil nutricional e no impacto à saúde.

📌 Comparativo nutricional: sardinha fresca x sardinha em lata

Nutriente (por 100g)Sardinha fresca (grelhada)Sardinha em lata (em óleo)
Proteína25 g24 g
Gordura total11 g12 g
Ômega-31.5 g1.2 g
Cálcio40 mg300 mg*
Sódio60 mg300–400 mg
Vitamina D5 µg4.5 µg

*A sardinha enlatada contém mais cálcio quando é consumida com as espinhas.
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO/Unicamp) e USDA.

Leitura Recomendada: A sardinha é remosa? Entenda quais problemas ela pode causar para a saúde

Quais são os benefícios da sardinha em lata?

A sardinha em lata oferece múltiplos benefícios para a saúde, principalmente quando comparada a outras opções processadas. Entre os principais destaques:

Rica em ômega-3 anti-inflamatório

Os ácidos graxos ômega-3 presentes na sardinha auxiliam na redução de inflamações, controle de triglicerídeos, saúde cardiovascular e função cerebral.

Mesmo enlatada, a sardinha preserva boa parte desse nutriente, especialmente quando armazenada em óleo ou azeite.

Alta densidade nutricional

Além do ômega-3, é fonte de proteína completa, com todos os aminoácidos essenciais, além de ferro, potássio, selênio e zinco.

Cálcio biodisponível

Ao consumir a sardinha com as espinhas (como ocorre nas versões em lata) há uma ingestão significativa de cálcio, importante para ossos e dentes, prevenção da osteoporose e função muscular.

Fonte natural de vitamina D e B12

A vitamina D é essencial para o metabolismo ósseo e imunológico, e está presente em boas quantidades na sardinha.

Já a vitamina B12 é fundamental para o sistema nervoso e prevenção de anemia.

Acessível e sustentável

A sardinha é um peixe de pequeno porte, com ciclo de vida curto e reprodução abundante.

Isso a torna uma alternativa sustentável à proteína animal, com baixo risco de sobrepesca e menor acúmulo de metais pesados.

Existe algum risco ao consumir sardinha enlatada?

Apesar dos benefícios, é importante observar alguns pontos de atenção ao consumir sardinha em lata com frequência:

Teor de sódio elevado

Muitas marcas utilizam o sal como conservante. O teor de sódio pode ultrapassar 300 mg por porção, o que exige moderação, principalmente em pessoas com hipertensão ou doenças cardiovasculares.

Presença de óleos vegetais refinados

Algumas versões são conservadas em óleos de baixa qualidade (como óleo de soja refinado), que podem desequilibrar o perfil lipídico da dieta.

Prefira versões em água, azeite ou escorra bem antes de consumir.

Possível exposição ao BPA (Bisfenol A)

O BPA é uma substância presente no revestimento interno de latas metálicas. Ainda que o risco seja baixo, a exposição crônica pode estar associada a alterações hormonais.

Muitas marcas já utilizam embalagens livres de BPA (essa informação deve constar no rótulo).

Contaminação por metais pesados (baixo risco)

Ao contrário de peixes grandes como o atum, a sardinha é menos propensa a acumular mercúrio por ser um peixe pequeno e com ciclo de vida curto.

Ainda assim, o consumo consciente e variado de fontes de proteína é sempre recomendado.

Sardinha enlatada tem mercúrio?

Essa é uma dúvida comum, mas a resposta tranquiliza: o risco de contaminação por mercúrio é muito baixo nas sardinhas.

Diferente de peixes maiores, como o tubarão, peixe-espada ou atum, que estão no topo da cadeia alimentar, as sardinhas têm ciclo de vida curto e baixo nível trófico, o que reduz significativamente o acúmulo de metais pesados.

Sardinha em óleo ou em água: qual a melhor opção?

Nem toda sardinha enlatada é igual e o tipo de conserva faz toda a diferença na qualidade nutricional do alimento.

Sardinha em água: a versão mais leve e neutra

A sardinha conservada em água é a mais recomendada para quem busca reduzir calorias, gordura saturada e sódio.

Essa versão mantém o sabor natural do peixe e pode ser facilmente incorporada a preparações como saladas, patês e refogados.

Sardinha em azeite de oliva: uma boa escolha

Algumas marcas oferecem sardinha conservada em azeite extravirgem, o que pode ser uma excelente alternativa, já que o azeite também contém gorduras saudáveis (ácido oleico).

No entanto, é importante verificar se é realmente azeite e não óleo vegetal comum com adição de aromas.

Sardinha em óleo vegetal refinado: evite o consumo frequente

Versões conservadas em óleo de soja, milho ou girassol refinado são menos saudáveis. Esses óleos passam por processos industriais que reduzem seu valor nutricional e aumentam o potencial inflamatório da dieta.

Sardinha com molho: atenção ao rótulo

Sardinhas com molhos de tomate ou pimenta podem conter açúcares, glutamato monossódico e aditivos. Embora sejam saborosas, devem ser consumidas com mais moderação.

Como ler o rótulo da sardinha em lata: o que evitar e o que priorizar

Evite:

  • Óleo vegetal refinado (soja, milho, girassol)
  • Molhos com muitos ingredientes artificiais
  • Teor de sódio acima de 300 mg por porção
  • Aromatizantes, conservantes ou corantes artificiais

Prefira:

  • Conserva em água ou azeite de oliva
  • Ingredientes simples e naturais
  • Informações como “livre de BPA” e “baixo teor de sódio”
  • Produtos com certificação de sustentabilidade (opcional, mas interessante)
Sardinha em lata.
Sardinha em lata. Foto: Freepik

Sardinha em lata engorda?

Essa é uma dúvida comum, especialmente entre pessoas que estão em processo de reeducação alimentar ou controle de peso.

A boa notícia é que a sardinha em lata, sozinha, não engorda. Na verdade, ela pode ser uma aliada no emagrecimento quando usada de forma estratégica.

Rica em gorduras boas e proteínas

As gorduras presentes na sardinha são majoritariamente insaturadas (como o ômega-3), que favorecem a saciedade e o controle do apetite. Além disso, as proteínas de alta qualidade ajudam a preservar a massa muscular durante dietas hipocalóricas.

Atenção ao excesso e aos acompanhamentos

O problema está no excesso calórico total da refeição. Se a sardinha for consumida com molhos industrializados, muito óleo ou acompanhamentos ultraprocessados (pão branco, biscoitos, frituras), o potencial saudável se perde.

Assim, a sardinha em lata não engorda por si só. Ela pode, inclusive, contribuir para uma alimentação mais equilibrada, desde que combinada com alimentos naturais e integrais.

Como consumir sardinha em lata com saúde

Inserir a sardinha enlatada na alimentação pode ser simples e prático, sem abrir mão do sabor nem da saúde. Veja algumas sugestões:

Em saladas: Combine a sardinha escorrida com folhas verdes, tomate, grão-de-bico, quinoa, cenoura ralada e um fio de azeite. Uma refeição completa, rica em fibras, proteínas e antioxidantes.

Em patês saudáveis: Amasse a sardinha com ricota, iogurte natural, abacate ou tofu, temperando com limão, ervas frescas e cúrcuma. Ideal para comer com torradas integrais ou como recheio de wraps e sanduíches.

Em molhos caseiros: Acrescente pedaços de sardinha ao molho de tomate caseiro para massas integrais. Dá sabor, nutrientes e evita a necessidade de carnes processadas.

Dicas práticas:

  • Sempre escorra bem o líquido da lata, especialmente se for óleo comum
  • Evite aquecer excessivamente: o ômega-3 é sensível a altas temperaturas
  • Combine com vegetais, grãos integrais e folhas verdes para uma refeição balanceada
  • Guarde em recipiente fechado na geladeira se não consumir tudo de uma vez

A sardinha em lata pode, sim, ser uma excelente opção para quem busca praticidade, economia e saúde. Rica em proteínas, ômega-3, cálcio e vitaminas importantes, ela se destaca entre os alimentos de origem animal de fácil acesso.

No entanto, a qualidade varia de acordo com o tipo de conserva e os ingredientes utilizados. Por isso, o ideal é:

  • Escolher versões em água ou azeite
  • Evitar excesso de sódio e aditivos
  • Consumir com moderação e equilíbrio

Quando bem escolhida e bem combinada, a sardinha em lata não apenas é saudável, como pode ser um verdadeiro aliado nutricional no dia a dia.

Leitura Recomendada: Torta de sardinha simples e muito saudável: aprenda a fazer essa delícia

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: raqueldefaria68@gmail.com

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