Saúde mental e vício em apostas: veja as 7 ações preparadas para enfrentar o problema

O crescimento das plataformas de apostas esportivas no Brasil trouxe junto uma preocupação cada vez mais evidente: os riscos do vício em apostas e seus impactos na saúde mental.

Como medida de enfrentamento ao problema, o governo federal apresentou um pacote de sete ações voltadas à prevenção, redução de danos e apoio a quem já enfrenta dificuldades com o jogo.

As medidas foram elaboradas por um grupo de trabalho com representantes dos ministérios da Saúde, Esporte, Fazenda e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

A coordenação ficou a cargo da Secretaria de Prêmios e Apostas, do Ministério da Fazenda.

As sete ações do plano

O pacote reúne sete iniciativas principais:

  1. criação de um modelo de autoteste de saúde padronizado;
  2. plataforma nacional de autoexclusão das bets;
  3. formação de 20 mil profissionais do SUS para atendimento especializado;
  4. definição de diretrizes mínimas para acolhimento no sistema público;
  5. materiais educativos para atletas sobre integridade esportiva;
  6. campanhas de comunicação sobre prevenção e redução de danos;
  7. criação de um comitê permanente para monitorar e propor novas medidas.

Autoteste e plataforma de autoexclusão

Entre as novidades está a criação de um modelo de autoteste de saúde padronizado.

A proposta é que qualquer pessoa possa avaliar seus hábitos de jogo e identificar possíveis sinais de risco de vício em apostas ou de comportamento problemático.

Esse recurso funciona como uma ferramenta de reflexão individual e pode ser um primeiro passo para buscar ajuda.

Outra iniciativa é a criação de uma plataforma nacional de autoexclusão.

Diferente das opções já existentes em cada site, essa versão centralizada permitirá ao usuário bloquear de uma só vez o acesso a todas as casas de apostas autorizadas no Brasil.

O CPF também ficará indisponível para novos cadastros e para receber propagandas do setor.

O mecanismo é voluntário, gratuito e tem como objetivo oferecer mais proteção a quem sente dificuldade em controlar o hábito de apostar.

Qualificação de profissionais do SUS

O plano também prevê a formação de 20 mil profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), vinculada ao SUS.

Eles terão acesso a um curso online de 45 horas para aprender a identificar sinais de comportamento problemático e oferecer um atendimento adequado.

Além disso, o governo vai estabelecer diretrizes mínimas para o acolhimento de apostadores, criando um padrão de cuidado dentro do sistema público de saúde.

Essa iniciativa é considerada essencial, já que o vício em apostas pode trazer diferentes consequências, como:

  • impactos emocionais,
  • endividamento,
  • isolamento social,
  • agravamento de transtornos já existentes.

Educação e integridade esportiva

O plano de ação não foca apenas no tratamento, mas também na prevenção.

Portanto, segundo o governo, estão sendo preparados materiais educativos direcionados a atletas, com orientações sobre integridade esportiva e sobre os riscos da manipulação de resultados.

A proposta é conscientizar tanto jogadores quanto o público sobre a importância de manter a credibilidade das competições.

Campanhas de comunicação e comitê permanente

Outra frente envolve campanhas de comunicação para alertar a população sobre os perigos do vício em apostas e estimular práticas de autocuidado.

Essas campanhas serão acompanhadas por um Comitê Permanente de Prevenção e Redução de Danos, responsável por monitorar os avanços e sugerir novas medidas sempre que necessário.

O desafio agora será garantir que essas iniciativas cheguem de forma efetiva aos apostadores e ajudem a reduzir os impactos do vício em apostas e do comportamento de jogo problemático no país.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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