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O que seus olhos estão tentando dizer? Descubra os principais tipos de conjuntivite e como tratá-los
Durante a primavera, época em que o ar fica mais seco e o pólen se espalha com facilidade, especialmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, é comum ver um aumento nos casos de irritação e inflamação nos olhos.
Entre as queixas mais frequentes nos consultórios, está a conjuntivite. Um problema que pode parecer simples, mas exige atenção e diagnóstico correto.
Afinal, existem diferentes tipos de conjuntivite, cada um com causas, sintomas e cuidados específicos.
Saber diferenciá-los é o primeiro passo para tratar corretamente e evitar complicações, especialmente em uma estação que favorece crises alérgicas e infecções oculares.
O que é a conjuntivite e por que ela é tão comum?
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, que é uma membrana transparente que reveste a parte branca do olho e o interior das pálpebras.
Quando essa região fica irritada, o olho pode apresentar vermelhidão, coceira, lacrimejamento, leve dor e, em alguns casos, secreção.
Por ser uma área muito exposta, a conjuntiva reage facilmente a vírus, bactérias, substâncias irritantes ou alérgenos, e é por isso que os tipos de conjuntivite variam conforme a origem do problema.
Nesta época do ano, em que a polinização aumenta e o ar tende a ficar mais seco e poluído, os olhos ficam ainda mais vulneráveis, especialmente em pessoas com histórico de alergias.
Conjuntivite viral: o tipo mais contagioso
Entre os tipos de conjuntivite, a viral é a mais comum e também a mais contagiosa.
Costuma ser causada por adenovírus e se espalha facilmente pelo contato direto com secreções oculares, mãos ou objetos contaminados.
Os sintomas mais típicos incluem:
- Vermelhidão intensa nos olhos;
- Sensação de areia ou corpo estranho;
- Lacrimejamento constante;
- Inchaço das pálpebras;
- Em alguns casos, secreção transparente e sensibilidade à luz.
O tratamento envolve medidas de higiene e alívio dos sintomas, como compressas frias e colírios lubrificantes indicados por um oftalmologista.
Como é uma infecção autolimitada, o corpo normalmente se recupera em cerca de 10 a 15 dias.
É fundamental evitar o contágio:
- lave as mãos com frequência;
- não compartilhe toalhas, fronhas ou maquiagem;
- evite piscinas e ambientes coletivos durante o período de infecção e não tenha contato direto com outras pessoas.
Vale lembrar que colírios antibióticos não são indicados, a menos que o oftalmologista suspeite de sobreinfecção bacteriana.
Conjuntivite bacteriana: quando há secreção e incômodo
Outro dos principais tipos de conjuntivite é a bacteriana, provocada por micro-organismos como Staphylococcus aureus ou Streptococcus pneumoniae.
Ela se manifesta de forma mais intensa, com presença de secreção amarelada ou esverdeada, que costuma “grudar” as pálpebras ao acordar.
Além disso, há sensação de areia nos olhos, vermelhidão e leve dor.
Esse tipo requer atenção médica, pois o tratamento geralmente envolve o uso de colírios ou pomadas antibióticas.
É importante não usar colírios por conta própria, já que o uso incorreto (especialmente de medicamentos com corticoides) pode piorar a infecção e causar complicações.
Manter a higiene ocular é essencial.
Limpe as pálpebras com gaze e soro fisiológico, lave as mãos com frequência e evite coçar os olhos.
Conjuntivite alérgica: o grande vilão da primavera
A conjuntivite alérgica é uma das que mais aparecem nesta época do ano.
Isso porque a primavera, com maior concentração de pólen e aumento da poluição, é o período em que os olhos ficam mais expostos a substâncias que provocam alergias.
Entre os tipos de conjuntivite, essa é a que mais causa coceira intensa e lacrimejamento.
Os sintomas incluem vermelhidão, inchaço nas pálpebras e ardência, mas sem secreção purulenta.
Diferente das formas infecciosas, a conjuntivite alérgica não é contagiosa.
O tratamento envolve identificar e evitar os fatores desencadeantes (como pó, mofo, pelos de animais e maquiagem) e, quando necessário, usar colírios antialérgicos e lubrificantes prescritos por um oftalmologista.
Em casos persistentes, o especialista pode indicar medicamentos específicos para controlar as crises.
Uma dica importante é manter o ambiente limpo e arejado, lavar as mãos e evitar esfregar os olhos, pois isso pode piorar a inflamação.
Conjuntivite química e irritativa: o cuidado imediato faz diferença
Menos conhecida, mas igualmente importante, a conjuntivite química ou irritativa ocorre quando há contato do olho com substâncias irritantes, como produtos de limpeza, fumaça, cloro da piscina ou até maquiagem vencida.
O primeiro passo é lavar os olhos imediatamente com água corrente ou soro fisiológico em abundância e procurar atendimento médico.
Esse cuidado rápido ajuda a reduzir o risco de danos mais graves à superfície ocular.
Cuidados que valem para todos os tipos de conjuntivite
Independentemente do tipo, alguns cuidados são universais e ajudam tanto na prevenção quanto na recuperação:
- Evite coçar os olhos;
- Lave as mãos várias vezes ao dia;
- Use apenas colírios indicados pelo seu médico;
- Troque fronhas e toalhas com frequência;
- Evite o uso de lentes de contato durante o tratamento.
E, o mais importante: procure um oftalmologista se os sintomas persistirem por mais de dois dias, se houver dor forte, visão borrada ou secreção intensa.
Os tipos de conjuntivite podem até parecer semelhantes, mas cada um exige um cuidado diferente.
Entender as diferenças ajuda a buscar o tratamento certo e evitar complicações.
Na dúvida, o ideal é sempre buscar avaliação profissional.
O oftalmologista é quem vai identificar corretamente a causa, indicar o tratamento adequado e garantir que a inflamação não deixe sequelas na visão.
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Eu sou Dr. Marco Antonio Félix Filho (CRM 52313 RQE 52872), oftalmologista especialista em glaucoma – @selo_visao



