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Princesa Diana teria Transtorno de Personalidade Borderline: o que é, características e tratamento
A princesa Diana, ou Lady Di, faleceu em 1997 após ser perseguida por paparazzi e sofrer um acidente de carro. Tempos depois médicos passaram a considerar que ela tinha uma doença. Mas, qual seria? Transtorno de borderline: Irritados, excessivos, nunca em meias medidas, os limítrofes vivenciam tudo intensamente. Muitas vezes erroneamente comparados a pessoas hiperativas, mas quem são elas realmente? Entenda tudo sobre o esse Transtorno de Personalidade Borderline com as dicas do SaúdeLab.
Como é uma pessoa que tem transtorno de borderline?
Somos todos limítrofes. Esta desordem parece ter se tornado o mal do século. É prontamente associado a um excesso de raiva, um ataque de choro ou hiperatividade. Mas o que é realmente? Segundo a Organização Mundial da Saúde, 2% da população mundial tem esse transtorno de personalidade. Entre comportamentos racionais e reações infantis, os borderlines sofrem de sua extrema fragilidade e medo do abandono a ponto de se colocarem em perigo.
O termo Bordeline pode ser traduzido para o português como ‘fronteiriço’, ou seja, ele fica no meio termo de pessoas neuróticas e psicóticas. Em outras palavras, é de difícil diagnóstico.
Características
São pessoas que sofrem de um transtorno de personalidade. O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizada por uma labilidade emocional muito marcada entre raiva, angústia e intenso sentimento de vazio.
Essas pessoas muitas vezes têm comportamentos de risco (tentativas de suicídio, atividades esportivas perigosas, abuso de drogas e/ou álcool, escarificações, roubos, brigas, distúrbios alimentares, compras compulsivas, etc.) Na verdade, o que eleas mais buscam é atenção das pessoas a sua volta, fazendo qualquer coisa para isso.
O medo do abandono, real ou imaginário, torna muito difícil conviver e gerir a sua relação com os outros no dia a dia. Pais ou cônjuges muitas vezes se encontram desamparados e às vezes até com dor quando confrontados com esses estados incompreensíveis e incontroláveis de humores extremos e mutáveis. Entre os pacientes.
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Todos nós podemos nos tornar borderline ou temos que ter predisposições para isso?
O transtorno borderline pode vir da marcação epigenética (gene que acompanha um trauma antigo de forma transgeracional, mecanismos moleculares que modulam a expressão da herança genética dependendo do contexto, um pouco como se os genes tivessem um interruptor (ON/OFF). Deve-se entender que esse transtorno tem suas raízes na história do paciente, de seus contextos familiares e/ou sociais.
Traumas infantis como abuso incestuoso e estupro (até 75% dos casos), violência psicológica e/ou física, maus-tratos, rejeição, negação existencial, família desintegrada, situações de guerra, fatores sociais e suas procissões de situações aterrorizantes desenvolvem esta doença de alma e coração.
A frequência do abuso sexual na gênese desse transtorno poderia explicar por que existem mais mulheres limítrofes do que homens. As mulheres são, em sua maioria, vítimas de toques e estupros.
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Borderlines são frequentemente comparados a bipolares e hiperativos
Eles não têm nada a ver um com o outro. Enquanto uma pessoa bipolar experimentará fases maníacas alternadas com fases depressivas, tanto duradouras quanto identificáveis, em um borderline há apenas fases notavelmente curtas de grande labilidade emocional. Ele pode ir de um extremo ao outro instantaneamente. Por exemplo, a falta de uma resposta imediata a uma mensagem de texto ou o atraso para um compromisso pode ser suficiente para causar uma birra incontrolável.
Assim que tocamos uma ferida ou uma falha muitas vezes abandonada, isso gera uma emoção que ele não sabe administrar e literalmente “explode”. Inconscientemente, para não precisar mais sentir as feridas ativadas diariamente, o borderline pode se colocar em perigo com comportamentos de risco que, além disso, estão vinculados em seus modelos aos traumas originais. Ou seja, uma vítima de abuso sexual terá propensão à prostituição ou ao recurso à atividade sexual excessiva e arriscada com ou sem uso de drogas e/ou álcool.
Diagnóstico e tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline
A literatura registra que o diagnóstico é clínico. Logo, um psiquiatra é o profissional mais indicado para fazer o acompanhamento da pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline.
Quanto ao tratamento, há de ter uma visão holística de quem sofre desse transtorno. Diante do fato de que outras comorbidades possam estar atreladas a essa, seja depressão, síndrome do pânico ou transtorno de ansiedade, por exemplo, o tratamento será definido.
Dessa maneira, o uso de medicações controladas e terapias alternativas são dois pilares fundamentais para ajudar uma pessoa com Transtorno de Borderlaine.
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BORDERLAINE: o transtorno de personalidade que altera a pessoa
Você já observou pessoas que mudam seu comportamento facilmente em certas ocasiões para algo instável e mais agressivo? O transtorno de personalidade BORDERLINE tem muitas características e sintomas. Quem fala a respeito é a psiquiatra Karina Calderoni – (CRM: 112072).