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Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe começa hoje; idosos e grupos de risco seguem vulneráveis
Começa nesta segunda-feira (7 de abril de 2025) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe), com meta de imunizar 90% dos grupos prioritários.
A iniciativa do Ministério da Saúde busca reduzir casos graves e mortes causadas pelo vírus, que ainda representa uma ameaça significativa, especialmente para idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Dados recentes mostram que, em 2024, as hospitalizações de idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionada à gripe aumentaram 189% em comparação com o ano anterior.
Além disso, estudos alertam que a infecção pelo vírus influenza eleva em até dez vezes o risco de infarto e em oito vezes o de AVC nos primeiros três dias após a contaminação. Entre os idosos, o perigo de complicações cardiovasculares persiste por até dois meses.
Quem deve se vacinar?
A campanha prioriza grupos com maior vulnerabilidade a complicações:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- Idosos (60 anos ou mais)
- Gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
- Trabalhadores da saúde e educação (ensinos básico e superior)
- Povos indígenas e pessoas em situação de rua
- Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
- Pessoas com doenças crônicas (como diabetes, cardiopatias e doenças respiratórias) ou condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e portuários
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
A vacina deste ano protege contra três cepas do vírus (H1N1, H3N2 e B) e pode ser administrada junto a outras imunizações do calendário nacional.
Por que a gripe ainda mata?
A influenza não é apenas um resfriado forte. Em indivíduos com saúde fragilizada, o vírus pode desencadear pneumonia, agravar doenças cardiovasculares e levar à insuficiência respiratória.
Um estudo apresentado no encontro Além da Gripe, organizado por especialistas em saúde pública, revelou que idosos hospitalizados por influenza tiveram aumento de 187% em internações em UTI e 157% mais óbitos em 2024.
A baixa cobertura vacinal nos últimos anos agravou o cenário. Em 2024, apenas 48,89% do público prioritário foi imunizado na Região Norte, e 55,19% nas demais regiões.
Distribuição e logística
Foram adquiridas 73,6 milhões de doses, com entrega escalonada:
- Primeiro semestre (abril): 67,6 milhões de doses para Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
- Segundo semestre (setembro): 5,9 milhões para a Região Norte, alinhando-se ao “inverno amazônico”, período de maior circulação viral.
Eficácia e segurança
A vacina reduz em 60% a 70% os casos graves e mortes. Sua segurança é comprovada, sendo contraindicada apenas para alérgicos graves a componentes da fórmula e bebês menores de 6 meses.
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é um ato de proteção individual e coletiva. Postos de saúde em todo o país estão preparados para atender a população, com doses gratuitas e de alta eficácia. Em um cenário onde a gripe ainda custa vidas, a imunização não é apenas uma recomendação — é uma necessidade urgente.
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