Xarope da Vovó proibido pela Anvisa expõe risco de medicamentos sem registro

Xarope da Vovó foi proibido pela Anvisa – Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada imediata do Xarope da Vovó, popularmente vendido como alternativa natural para problemas respiratórios.

O xarope era popular em feiras, mercadinhos e até em sites da internet, sendo divulgado como uma opção “natural” para tratar tosse, bronquite, pneumonia e inflamações na garganta.

Mas afinal, por que esse produto foi retirado do mercado? O que a Anvisa descobriu? E o que isso tem a ver com a nossa segurança? A seguir, explicamos tudo o que está acontecendo.

Por que o Xarope da Vovó foi proibido pela Anvisa?

De acordo com a Anvisa, o Xarope da Vovó estava sendo fabricado e vendido sem qualquer autorização do órgão.

Isso significa que o produto nunca passou por testes que comprovem sua segurança ou eficácia.

Além disso, a agência informou que o xarope é produzido por uma empresa desconhecida, ou seja, sem endereço, CNPJ ou responsável técnico identificável.

O xarope, vendido por cerca de R$ 15 em embalagens artesanais, afirmava ser “100% natural” e prometia limpar o pulmão.

Na lista de ingredientes, aparecem itens como cebola branca, óleo de copaíba, babosa e mel de jataí.

Apesar de parecerem inofensivos, esses componentes podem causar reações adversas ou interagir com outros medicamentos, especialmente quando não há controle de qualidade.

A propaganda do xarope também foi considerada irregular, já que ele era anunciado como um tratamento para doenças respiratórias sem ter comprovação científica.

Por isso, além de proibir o uso, a venda e a fabricação, a Anvisa também determinou a apreensão imediata de todos os frascos disponíveis no mercado.

Outros produtos também foram proibidos

Além do Xarope da Vovó proibido pela Anvisa, outros itens foram retirados do mercado por diferentes irregularidades.

Três produtos fabricados pela empresa Grupo Nutra Nutri Ltda (que não tem autorização da Anvisa para funcionar) também foram alvo da decisão:

  • Colágeno + Vitamina C;
  • L-Treonato de Magnésio;
  • Espinheira Santa.

Esses suplementos eram vendidos como alternativas naturais ou vitamínicas, mas nenhum deles possui registro, notificação ou cadastro na Anvisa.

Isso significa que não passaram por testes que garantam a segurança ou eficácia dos ingredientes, o que representa risco ao consumidor.

Já o produto Curcumyn Long (extrato de cúrcuma longa 95%), da empresa Akron Pharma Ltda, foi proibido após uma inspeção da Anvisa constatar que o suplemento não segue as especificações exigidas na legislação quanto à forma de obtenção do extrato de cúrcuma.

Mesmo se tratando de um alimento, ele precisa seguir critérios técnicos que garantam sua qualidade.

Outro caso grave foi o do lote L42158 da toxina botulínica Dysport®, cuja falsificação levou à proibição imediata da distribuição, venda e uso.

A empresa farmacêutica responsável pelo produto original informou que não reconhece esse lote como legítimo, o que comprova que se trata de uma falsificação.

O uso de toxina botulínica falsificada pode trazer riscos sérios à saúde, especialmente por ser aplicada em procedimentos médicos e estéticos.

Como saber se um produto é confiável?

Com tantas opções no mercado, muitas vezes com rótulos chamativos e promessas tentadoras, fica difícil saber em quem confiar.

Mas a dica mais importante é: sempre verifique se o produto tem registro na Anvisa.

Essa informação pode ser consultada gratuitamente no site da agência (www.gov.br/anvisa).

Produtos naturais também devem seguir regras. Só porque algo é “de planta” ou “caseiro” não significa que seja seguro.

Muitos medicamentos naturais precisam de controle rigoroso para garantir que não façam mal ou que não atrapalhem outros tratamentos.

Outro ponto de atenção é a embalagem. Produtos com aparência artesanal, sem data de validade, sem nome do fabricante ou sem número de registro, geralmente são irregulares.

Evite comprá-los, mesmo que o preço pareça atrativo.

O que fazer se você já usou ou comprou algum desses produtos?

Se você usou o Xarope da Vovó proibido pela Anvisa ou qualquer outro item listado, não precisa entrar em pânico.

No entanto, fique atento a sintomas inesperados, reações adversas ou qualquer alteração na sua saúde.

Caso note algo diferente, procure um médico o quanto antes e informe que utilizou um produto não autorizado.

Se ainda tem esses produtos em casa, a recomendação é não consumir e descartá-los de forma segura, fora do alcance de crianças e animais.

Além disso, a Anvisa orienta que denúncias de venda ou propaganda desses itens ainda em circulação sejam feitas pelos canais oficiais do órgão.

Cuidado com soluções milagrosas

Em tempos de redes sociais e vídeos virais, é comum vermos “curas naturais” ou “segredos antigos” sendo divulgados como alternativas aos tratamentos tradicionais.

Porém, confiar em produtos sem aprovação dos órgãos de saúde pode colocar sua vida em risco.

A proibição do Xarope da Vovó pela Anvisa mostra a importância de seguir critérios técnicos antes de consumir qualquer medicamento ou suplemento.

Mesmo que a proposta pareça inofensiva, a falta de controle, de estudos e de garantia sobre o que está dentro do frasco pode causar mais problemas do que ajudar.

A saúde deve estar sempre acima da curiosidade ou da promessa de um alívio rápido.

E quando há dúvida, o melhor caminho é buscar orientação de um profissional de saúde ou consultar fontes confiáveis.

📌 Leitura Recomendada: Popular, eficaz e perigoso? O que 43 dermatologistas dizem sobre o minoxidil oral

Compartilhe este conteúdo
Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

plugins premium WordPress

VIRE A CHAVE PARA EMAGRECER

INSCRIÇÕES GRATUITAS E VAGAS LIMITADAS