Sal comum pode estar ameaçando sua vida! Descubra como substitutos podem prevenir AVC

A simples troca do sal comum por uma mistura de sódio e potássio pode ser uma mudança de alimentação crucial para reduzir os riscos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morte em pacientes com histórico de AVC.

Essa estratégia, além de ser acessível, pode trazer benefícios significativos para a saúde de milhões de pessoas que convivem com o risco de novos episódios de AVC.

O Estudo

Publicado na JAMA Cardiology, o estudo envolveu 20.995 participantes, com 15.249 pacientes com diagnóstico prévio de AVC, que foram monitorados por até cinco anos.

Os resultados apontam para benefícios significativos ao substituir o sal comum por um substituto contendo 75% de cloreto de sódio e 25% de cloreto de potássio.

Os pesquisadores observaram que esse simples ajuste na dieta levou a uma redução de 14% na taxa de recorrência do AVC e a uma diminuição de 12% na mortalidade geral. Além disso, a mortalidade relacionada ao AVC caiu 21% entre os participantes que utilizaram o substituto de sal.

A relação entre o consumo excessivo de sal e a hipertensão, um dos principais fatores de risco para o AVC, é bem documentada.

O estudo confirma que a redução da ingestão de sódio, ao mesmo tempo em que se aumenta a ingestão de potássio, tem efeitos positivos no controle da pressão arterial e, por consequência, na redução do risco de novos eventos cerebrovasculares.

Importância para os Pacientes com Histórico de AVC

De acordo com a pesquisa, a taxa de recorrência de AVC no grupo que usou o substituto de sal foi de 16%, comparada a 19% no grupo controle, que usou o sal comum.

Além disso, os efeitos benéficos foram mais pronunciados nos casos de AVC hemorrágico, em que o uso do substituto de sal teve impacto ainda maior na redução dos episódios de recorrência.

O estudo também destacou que os pacientes que utilizaram o substituto de sal apresentaram uma leve redução na pressão arterial sistólica, de 2,05 mm Hg, durante os 61 meses de acompanhamento.

Essa redução modesta pode parecer pequena, mas é suficiente para ter um efeito significativo na prevenção de novos AVCs e na redução do risco de morte precoce.

Segurança dos Substitutos de Sal

Um dos maiores receios em relação ao uso de substitutos do sal é o risco de hipercalemia, uma condição caracterizada por níveis elevados de potássio no sangue, que pode causar problemas cardíacos.

No entanto, o estudo não encontrou diferenças significativas em eventos de hipercalemia entre os grupos, indicando que os substitutos de sal são seguros para os pacientes e não aumentam o risco de complicações cardíacas.

Impacto Global e Relevância

Os resultados do estudo têm grande relevância, especialmente em países com alta prevalência de hipertensão e AVC, como a China, onde a taxa de recorrência de AVC pode ser até 41% em cinco anos.

Em países de baixa e média renda, onde o controle da hipertensão e a prevenção do AVC ainda representam grandes desafios, a implementação de substitutos de sal como intervenção dietética pode ser uma solução acessível e eficaz.

O estudo oferece uma alternativa prática e de baixo custo para a prevenção de recorrência de AVC, que pode ser adotada sem a necessidade de tratamentos complexos ou caros.

Para os pacientes que já enfrentam os efeitos devastadores de um AVC, a adição de um simples substituto de sal pode ser uma medida importante para melhorar a qualidade de vida e reduzir os riscos de novas complicações.

O que é o AVC?

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, afetando milhões de pessoas todos os anos. O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, o que impede que o oxigênio e os nutrientes cheguem a essa região, causando danos aos neurônios.

Tipos de AVC

AVC Isquêmico: É o tipo mais comum, representando cerca de 85% dos casos. Ele ocorre quando um coágulo ou um estreitamento das artérias impede o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro. O coágulo pode ser formado em uma artéria cerebral ou em outra parte do corpo, como o coração, e viajar até o cérebro (embolia).

AVC Hemorrágico: Este tipo acontece quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. O sangramento pode danificar o tecido cerebral e aumentar a pressão intracraniana. O AVC hemorrágico é menos comum, mas é frequentemente mais grave.

AVC Transitório (ou AIT – Acidente Isquêmico Transitório): Também conhecido como “mini-AVC”, o AIT ocorre quando há uma interrupção temporária no fluxo sanguíneo para o cérebro. Os sintomas são similares aos do AVC, mas desaparecem em minutos ou horas.

Embora o AIT não cause danos permanentes, ele é um alerta para um possível AVC futuro.

Sintomas Comuns do AVC

Os sintomas do AVC podem variar dependendo da área do cérebro afetada, mas geralmente incluem:

  • Fraqueza ou paralisia em um lado do corpo (braço, perna ou face).
  • Dificuldade para falar ou compreender a fala.
  • Perda de visão em um ou ambos os olhos.
  • Tontura ou perda de equilíbrio.
  • Dor de cabeça súbita e intensa, especialmente no AVC hemorrágico.

Fatores de Risco

Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver um AVC. Alguns são modificáveis, enquanto outros não:

  • Hipertensão arterial: A pressão alta é o maior fator de risco para AVC, pois pode danificar as artérias e tornar mais difícil o fluxo sanguíneo.
  • Tabagismo: Fumar aumenta a pressão arterial e reduz o oxigênio no sangue, o que pode levar à formação de coágulos.
  • Diabetes: O diabetes mal controlado pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de AVC.
  • Colesterol elevado: Altos níveis de colesterol podem levar ao estreitamento das artérias, o que favorece a formação de coágulos.
  • Obesidade e sedentarismo: Esses fatores aumentam o risco de hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, todos associados ao AVC.
  • Histórico familiar de AVC: A predisposição genética também pode influenciar o risco.

Tratamento e Prevenção

O tratamento do AVC depende do tipo e da rapidez com que o paciente recebe assistência médica. O tratamento imediato é crucial para minimizar os danos ao cérebro e melhorar as chances de recuperação.

A prevenção do AVC envolve a adoção de um estilo de vida saudável, controle da pressão arterial, não fumar, manter o peso adequado, praticar exercícios regularmente e, em alguns casos, o uso de medicamentos para controlar fatores de risco como colesterol e diabetes.

Após o AVC, muitas pessoas podem enfrentar dificuldades motoras, de fala ou cognitivas, dependendo da área afetada do cérebro. A reabilitação é essencial e envolve fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e apoio psicológico. O objetivo é ajudar os pacientes a recuperar suas funções e melhorar sua qualidade de vida.

Importância do Diagnóstico Precoce

Quanto mais rápido o AVC for diagnosticado e tratado, melhores são as chances de recuperação. O uso de tecnologias como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) pode ajudar a determinar o tipo de AVC e orientar o tratamento adequado.

O AVC é um problema de saúde pública significativo, mas com a conscientização, prevenção e tratamento adequado, muitas vidas podem ser salvas e a qualidade de vida dos sobreviventes pode ser significativamente melhorada.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

Artigos: 206
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