O que causa estrias na adolescência? Entenda por que elas aparecem e como prevenir

Descubra o que causa estrias na adolescência, se elas somem com o tempo e como prevenir. Dicas práticas e tratamentos para cuidar da pele jovem.

Você ou seu filho(a) adolescente começou a notar estrias e isso gerou preocupação? Você se perguntou o que causa estrias na adolescência?

Esse é um cenário mais comum do que se imagina. Durante a adolescência, o corpo passa por diversas transformações físicas e hormonais, e as estrias podem surgir justamente nesse período de mudanças intensas.

A preocupação estética é válida, mas também é importante compreender que as estrias estão relacionadas a fatores biológicos naturais do crescimento e desenvolvimento corporal.

Aqui, no SaúdeLAB, vamos explicar de forma clara e profissional quais são as causas das estrias na adolescência, se elas somem com o tempo e o que pode ser feito para preveni-las ou amenizá-las.

O que são estrias?

As estrias são marcas lineares que surgem na pele devido à ruptura das fibras de colágeno e elastina, responsáveis por sua elasticidade e firmeza. Essas microrrupturas ocorrem quando a pele é esticada de forma rápida ou excessiva, sem tempo suficiente para se adaptar a essa expansão.

No início, as estrias costumam ter uma coloração rosada, arroxeada ou avermelhada. Essas são as chamadas estrias recentes, e nessa fase elas ainda podem responder melhor a tratamentos.

Com o tempo, tornam-se estrias antigas, adquirindo uma coloração esbranquiçada, o que indica que a cicatrização já ocorreu e a vascularização da região diminuiu.

Embora não representem um problema de saúde grave, as estrias podem afetar significativamente a autoestima, especialmente na adolescência — uma fase em que a imagem corporal costuma ter grande importância emocional.

Leitura Recomendada: Estrias: o que são, por que aparecem e como tratar de forma eficaz

As estrias são normais na adolescência?

Sim, as estrias são extremamente comuns na adolescência. Esse é um período marcado por intensas mudanças físicas, como o crescimento acelerado e a maturação hormonal, o que torna a pele mais suscetível ao estiramento e, consequentemente, ao surgimento dessas marcas.

Tanto meninas quanto meninos podem desenvolver estrias, especialmente em regiões como quadris, coxas, seios, glúteos, costas e abdômen. O mais importante é entender que se trata de uma ocorrência natural do desenvolvimento e que existem formas de cuidar da pele para minimizar seu aparecimento.

O que causa estrias na adolescência?

Muitas pessoas se perguntam o que causa estrias na adolescência, especialmente quando elas surgem de forma repentina e sem sinais prévios. A verdade é que diversos fatores podem contribuir para o aparecimento dessas marcas. Veja os principais:

Estirão de crescimento

Durante a puberdade, o corpo do adolescente pode crescer de forma acelerada em um curto período. Esse crescimento rápido estica a pele além de sua capacidade de adaptação, levando à formação de estrias.

Alterações hormonais

Os hormônios sexuais (como o estrogênio e a testosterona) aumentam significativamente na adolescência. Eles afetam diretamente a produção de colágeno e a elasticidade da pele, tornando-a mais propensa a se romper diante de estiramentos.

Ganho de peso repentino

O aumento rápido de peso, seja por mudanças alimentares ou hormonais, também pode contribuir para o estiramento da pele, especialmente em regiões como barriga, quadris e coxas.

Prática intensa de musculação

Em alguns adolescentes, especialmente meninos, o início da academia pode provocar um crescimento muscular acelerado, o que também pode causar estiramento da pele e formação de estrias.

Fatores genéticos

A predisposição genética também influencia. Se há histórico familiar de estrias, as chances de desenvolvê-las aumentam.

Ressecamento da pele

Peles mais secas são menos elásticas, o que pode favorecer a formação de microrrupturas durante o crescimento. A hidratação inadequada, tanto interna (baixa ingestão de água) quanto externa (falta de cremes hidratantes), pode ser um fator agravante.

Segundo um estudo publicado na Dermatologic Therapy (2020), a prevalência de estrias na adolescência está relacionada principalmente ao crescimento acelerado e às alterações hormonais típicas dessa fase da vida.

O estudo destaca ainda que, apesar de comuns, as estrias não representam risco à saúde e tendem a se tornar menos evidentes com o tempo.

Estrias na adolescência somem com o tempo?

Essa é uma das dúvidas mais comuns: estrias somem? A resposta é que, na maioria dos casos, as estrias não desaparecem completamente sozinhas, mas podem sim ficar menos visíveis com o tempo, especialmente quando são recentes.

As estrias roxas ou avermelhadas, que são mais novas, ainda possuem irrigação sanguínea na região e tendem a responder melhor aos cuidados com a pele. Já as estrias brancas, mais antigas, indicam que a pele já passou pelo processo de cicatrização, o que torna o tratamento mais desafiador — embora ainda possível.

É importante reforçar que quanto mais cedo os cuidados forem iniciados, maiores as chances de suavizar o aspecto das estrias. Além disso, a própria evolução natural da pele durante a adolescência pode ajudar a atenuar a aparência dessas marcas com o tempo, especialmente quando há bons hábitos de hidratação e alimentação.

Como evitar estrias na adolescência

Embora nem sempre seja possível impedir totalmente o aparecimento de estrias, há medidas eficazes que ajudam a prevenir ou minimizar esse processo, especialmente durante os anos de crescimento acelerado da adolescência. Confira as principais estratégias:

Manter a pele sempre hidratada

O uso diário de hidratantes específicos pode ajudar a melhorar a elasticidade da pele. Dê preferência a cremes que contenham ureia, vitamina E, óleo de amêndoas, manteiga de karité ou ácido hialurônico.

Leitura Recomendada: Como usar óleo corporal? Benefícios, dicas e cuidados essenciais

Consumir alimentos ricos em colágeno e nutrientes que estimulam sua produção

Uma alimentação equilibrada, com foco em fontes de vitamina C, zinco, silício orgânico e proteínas, ajuda a manter a estrutura da pele mais resistente.

Evitar ganho de peso muito rápido

O aumento brusco de peso favorece o estiramento da pele. Manter um ritmo saudável de crescimento e evitar dietas desequilibradas é essencial.

Praticar exercícios físicos regularmente

A atividade física ajuda no controle do peso, melhora a circulação e contribui para a saúde da pele como um todo.

Beber bastante água ao longo do dia

A hidratação interna é tão importante quanto a externa. Uma pele bem hidratada tem mais elasticidade e está menos propensa a rupturas.

Evitar o uso abusivo de corticoides

O uso prolongado de medicamentos à base de corticoides — seja por via oral ou em cremes — pode enfraquecer as fibras de colágeno. Sempre utilize esse tipo de medicamento com orientação médica.

Essas práticas, quando adotadas de forma consistente, contribuem para a prevenção das estrias na adolescência e promovem uma pele mais saudável e resistente às mudanças típicas dessa fase da vida.

Tratamentos e cuidados para quem já tem estrias

Embora as estrias não possam ser eliminadas completamente, diversos tratamentos dermatológicos ajudam a reduzir significativamente sua aparência e melhorar a textura da pele.

Entre os procedimentos mais utilizados, destacam-se:

  • Ácido retinoico e ácido glicólico: ajudam na renovação celular, estimulando a produção de colágeno e suavizando a aparência das estrias, especialmente as recentes.
  • Laser fracionado: atua nas camadas mais profundas da pele, promovendo a regeneração e melhora da coloração e textura das estrias.
  • Microagulhamento: técnica que utiliza pequenas agulhas para estimular a produção natural de colágeno.
  • Bioestimuladores de colágeno: injetáveis que ativam a produção de colágeno, melhorando a firmeza da pele na região afetada.

É fundamental lembrar que todos esses tratamentos devem ser indicados e acompanhados por um profissional dermatologista, especialmente em adolescentes.

Para quem busca opções mais acessíveis, alguns cuidados simples e contínuos também trazem benefícios:

  • Hidratantes com ureia, vitamina E ou óleo de amêndoas: mantêm a pele nutrida e mais elástica.
  • Cremes com ativos como pantenol e centella asiática: ajudam na regeneração da pele.
  • Massagem regular na região com cremes: pode estimular a circulação e melhorar o aspecto da pele.

Mesmo com tratamentos simples, a consistência no cuidado é essencial para obter bons resultados ao longo do tempo.

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Como lidar com a autoestima e o impacto emocional das estrias

Durante a adolescência, é natural que mudanças no corpo gerem insegurança. As estrias, por estarem visíveis em áreas como quadris, coxas, glúteos ou seios, podem impactar a autoestima de muitos jovens — especialmente quando comparações com padrões irreais de beleza se tornam frequentes.

É importante lembrar que estrias são comuns, normais e não representam falta de cuidado pessoal. Elas fazem parte do desenvolvimento corporal e atingem pessoas de diferentes idades, gêneros e biotipos.

Algumas atitudes que ajudam a lidar melhor com a aparência das estrias no dia a dia incluem:

  • Usar roupas que tragam conforto e segurança, sem pressão estética.
  • Evitar autocríticas exageradas ou comparações com imagens editadas em redes sociais.
  • Conversar com familiares ou profissionais sobre as inseguranças — a orientação de um psicólogo pode ser muito útil.
  • Procurar informações confiáveis e se cuidar com carinho e respeito ao próprio corpo.
  • Reforçar o autoconhecimento e o cuidado com a saúde emocional é tão importante quanto tratar a pele. Afinal, a autoestima vai muito além da aparência física.

As estrias na adolescência são resultado das intensas mudanças corporais e hormonais que ocorrem nessa fase da vida. Saber o que causa estrias na adolescência é o primeiro passo para entender que elas são comuns e, em muitos casos, inevitáveis.

Embora as estrias não sumam completamente, é possível suavizar sua aparência com tratamentos adequados — especialmente quando iniciados nas fases iniciais. Cuidados diários como boa hidratação, alimentação equilibrada e acompanhamento dermatológico podem fazer grande diferença.

Além disso, é essencial olhar com mais empatia para o próprio corpo e compreender que a presença de estrias não define autoestima ou valor pessoal. Procurar ajuda profissional, tanto dermatológica quanto psicológica, pode ser um apoio importante nesse processo.

Cuidar da pele é importante, mas cuidar da autoestima é essencial.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o que causa estrias na adolescência

1. Estrias na adolescência somem com o tempo?

As estrias não desaparecem completamente sozinhas, mas podem ficar menos visíveis com o tempo, principalmente quando são recentes (vermelhas ou roxas). Já as estrias brancas são mais antigas e difíceis de tratar, mas podem ter sua aparência suavizada com cuidados específicos.

2. É normal ter estrias durante a adolescência?

Sim. As estrias são muito comuns na adolescência, tanto em meninas quanto em meninos. Elas surgem devido ao estirão de crescimento e às alterações hormonais típicas dessa fase da vida.

3. Como posso evitar o surgimento de estrias na adolescência?

Alguns hábitos ajudam na prevenção:

  • Hidratação diária da pele com cremes específicos (ureia, vitamina E, óleo de amêndoas).
  • Alimentação equilibrada, rica em colágeno, zinco e vitamina C.
  • Evitar ganho de peso rápido e praticar atividades físicas regularmente.
  • Beber bastante água para manter a pele saudável e elástica.

4. Quais são os melhores tratamentos para estrias?

O tratamento ideal depende do tipo e da fase das estrias. As opções mais eficazes incluem:

  • Ácidos tópicos (como retinoico e glicólico)
  • Laser fracionado
  • Microagulhamento
  • Bioestimuladores de colágeno

Em casos mais leves, cremes hidratantes e loções com ativos regeneradores também ajudam.

5. Ter estrias afeta a saúde?

Não. As estrias não representam um risco à saúde física, mas podem afetar a autoestima, especialmente na adolescência. Por isso, cuidar da pele e da saúde emocional é igualmente importante. Procurar ajuda profissional, seja dermatológica ou psicológica, pode fazer toda a diferença.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: raqueldefaria68@gmail.com

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