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Má digestão pode esconder algo grave que você ainda não percebeu
Quantas vezes você já sentiu aquela sensação de peso no estômago, arrotos constantes ou queimação depois de comer? A má digestão é comum, mas não deve ser tratada como detalhe sem importância.
Por trás dela, podem estar hábitos que precisam ser revistos ou até doenças que, se não forem investigadas, trazem consequências sérias.
O que realmente significa a má digestão
A chamada má digestão, ou dispepsia no termo médico, não é apenas um incômodo passageiro depois de uma refeição pesada.
Trata-se de um conjunto de sintomas que podem incluir dor, queimação ou desconforto na parte superior do abdômen, sensação de estufamento, náuseas, arrotos frequentes e até sonolência logo após comer.
Esses sintomas podem aparecer tanto relacionados à alimentação — como quando exageramos em frituras, bebidas alcoólicas ou alimentos gordurosos — quanto ao estresse emocional.
É por isso que muita gente associa a indigestão a momentos de ansiedade ou tensão.
Principais sintomas e causas da má digestão
Entre os sinais mais comuns, estão:
- sensação de estômago sempre cheio;
- dores abdominais;
- náuseas e vômitos;
- arrotos em excesso;
- perda de apetite em alguns casos.
As causas são variadas. Comer rápido, mastigar pouco, abusar de líquidos durante as refeições, tabagismo, excesso de álcool e dieta rica em gorduras estão entre os principais fatores.
Além disso, doenças como gastrite e refluxo gastroesofágico podem estar por trás da má digestão.
Vale destacar também que certos medicamentos, como antibióticos, suplementos de ferro, corticoides e alguns remédios para coração e ossos, podem irritar o estômago e desencadear sintomas.
O erro de ignorar a má digestão
Muita gente recorre à automedicação e acredita que um comprimido comprado na farmácia é suficiente para resolver o problema.
Mas o maior risco de não tratar a má digestão está em mascarar os sintomas sem investigar a causa real.
É como ouvir um alarme de incêndio e simplesmente desligá-lo, sem procurar onde está o fogo.
O incômodo pode até passar momentaneamente, mas o problema continua ali, crescendo.
Entre os quadros mais preocupantes que podem estar por trás da má digestão estão o esvaziamento lento do estômago, gastrite, úlceras, síndrome do intestino irritável, colite e até mesmo alguns tipos de câncer, como o colorretal ou o gástrico.
Sinais de alerta que exigem atenção médica
Alguns sintomas associados à má digestão merecem investigação imediata:
- perda inexplicada de peso;
- sangue nas fezes ou nos vômitos;
- dificuldade para engolir;
- perda de apetite persistente;
- dor abdominal constante ou progressiva.
Nesses casos, procurar um médico é indispensável para descartar condições mais graves.
Relação com o intestino e outras doenças
Nem sempre o desconforto vem apenas do estômago.
Quando a dor aparece no abdome médio, pode estar ligada à síndrome do intestino irritável, que provoca gases, distensão abdominal, diarreia ou prisão de ventre recorrente.
Já no abdome inferior, a má digestão pode estar relacionada a doenças como diverticulite, doença de Crohn, endometriose intestinal e câncer colorretal.
Nessas situações, o acompanhamento com um coloproctologista se torna fundamental.
O impacto de hábitos ruins
Se você fuma, bebe refrigerante com frequência, exagera no café ou vive à base de frituras, é bem possível que esteja aumentando suas chances de ter má digestão recorrente.
Além disso, o excesso de peso é um fator que contribui para o agravamento de problemas no trato digestivo.
O corpo dá sinais quando algo não vai bem.
Ignorar esses sinais é abrir espaço para que problemas simples se transformem em condições muito mais sérias.
O que fazer diante da má digestão
O primeiro passo é observar a frequência dos sintomas.
Uma dor ocasional após um jantar exagerado é diferente de uma que se repete várias vezes por semana.
Se os incômodos se tornarem frequentes, o ideal é procurar um médico para avaliação detalhada, que pode incluir exames como a endoscopia.
Enquanto isso, algumas mudanças de hábitos podem ajudar:
- mastigar bem os alimentos e comer devagar;
- evitar excesso de líquidos nas refeições;
- reduzir frituras, gorduras e bebidas alcoólicas;
- controlar a ansiedade e o estresse;
- manter um peso saudável.
Escutar o corpo é cuidar da saúde
A má digestão pode parecer algo simples, mas não deve ser tratada como um detalhe sem importância.
Em alguns casos, ela é apenas um sinal de que seus hábitos alimentares precisam melhorar. Em outros, pode indicar doenças que necessitam de tratamento especializado.
Por isso, se você percebe que os sintomas são frequentes ou vêm acompanhados de sinais de alerta, procure ajuda médica.
E, se a dor estiver localizada no abdome inferior ou vier junto com alterações intestinais, a consulta com um coloproctologista pode ser o caminho certo para esclarecer de vez o que está acontecendo.
Cuidar da digestão é cuidar da sua qualidade de vida.
O corpo sempre fala, e quando o assunto é má digestão, o silêncio pode custar caro.
Leitura Recomendada: Segundo cérebro: como o intestino pode influenciar na depressão e ansiedade
Dr. Alexandre Nishimura
Médico cirurgião-geral, cirurgião robótico e coloproctologista. Membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva, Robótica e Digital (SOBRACIL). Atua com foco em técnicas avançadas e tratamentos de alta precisão.
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