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O que é lipidograma: para que serve, como é feito e por que é importante
Muitas pessoas chegam ao laboratório sem entender exatamente o que é lipidograma, especialmente depois que o médico solicita esse exame durante um check-up. A dúvida é comum e costuma surgir quando o paciente deseja compreender melhor a própria saúde ou quando já teve algum resultado alterado no passado.
Esse interesse aumenta ainda mais entre quem tem preocupação com colesterol e risco cardiovascular. Afinal, o lipidograma é um dos exames mais importantes para avaliar o equilíbrio das gorduras no sangue e identificar precocemente possíveis alterações. Entender sua função ajuda o paciente a participar ativamente do cuidado com a saúde.
Hoje, você vai aprender o que é lipidograma, o que ele avalia, para que serve, em quais situações é solicitado e por que ele é fundamental para prevenir doenças do coração.
O que é lipidograma?
O lipidograma é um exame de sangue que avalia o perfil lipídico, ou seja, os níveis de diferentes tipos de gorduras presentes na circulação. Ele inclui a análise de colesterol total, LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos, oferecendo um panorama completo da saúde cardiovascular do paciente.
Essas substâncias são fundamentais para o funcionamento do organismo, mas quando aparecem em excesso podem aumentar o risco de entupimento das artérias e outras complicações. Por isso, o lipidograma é um exame essencial tanto para prevenção quanto para acompanhamento de tratamentos.
Ao entender o que é lipidograma, o leitor percebe que ele não serve apenas para identificar colesterol alto, mas para avaliar o conjunto de marcadores que influenciam diretamente o risco de doenças como infarto e AVC.
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Para que serve o lipidograma?
A principal função do lipidograma é auxiliar na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares. Ele permite que o médico identifique alterações lipídicas que podem passar despercebidas, já que o colesterol alto não costuma apresentar sintomas.
O exame também é utilizado para acompanhar pacientes com histórico familiar de colesterol elevado, diabetes, hipertensão, obesidade ou outras condições que aumentam o risco cardíaco. Nesses casos, o lipidograma contribui para decisões importantes sobre mudanças no estilo de vida ou necessidade de medicação.
Outra utilidade é o acompanhamento de resultados ao longo do tempo. Pessoas que iniciam dieta, tratamento com estatinas ou aumento da atividade física geralmente fazem o exame periodicamente para verificar se as medidas adotadas estão surtindo efeito.
O que o lipidograma avalia
O primeiro componente analisado no lipidograma é o colesterol total, que representa a soma de todas as frações de colesterol presentes no sangue. Embora não seja o único indicador, ele dá uma visão geral do perfil lipídico.
O exame também mede o HDL, conhecido como “colesterol bom”, pois ajuda a remover o excesso de gordura das artérias e tem efeito protetor para o coração. Níveis adequados de HDL são desejáveis e reduzem o risco de doenças cardiovasculares.
Outro marcador fundamental é o LDL, chamado de “colesterol ruim”, responsável por transportar gordura para os tecidos. Quando está elevado, pode se acumular nas paredes dos vasos e formar placas de gordura, aumentando o risco de infarto e derrame.
Além disso, o lipidograma inclui triglicerídeos e o VLDL, que também são importantes para avaliar o metabolismo das gorduras e a saúde metabólica.
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Como o exame é feito
O lipidograma é realizado por meio de uma coleta simples de sangue, geralmente feita pela manhã. Trata-se de um exame rápido, indolor e acessível, disponível na maioria dos laboratórios.
A necessidade de jejum pode variar conforme o laboratório e a recomendação do médico. Em muitos casos, o jejum não é mais obrigatório, principalmente quando o objetivo é acompanhar o paciente ao longo do tempo.
No entanto, alguns profissionais ainda solicitam 8 a 12 horas sem alimentação para garantir maior precisão nos triglicerídeos.
O ideal é seguir exatamente as orientações passadas pelo médico ou pelo laboratório. Também é importante manter a alimentação habitual nos dias anteriores, evitando mudanças bruscas que possam alterar os resultados.
Quando o médico solicita o lipidograma
O lipidograma faz parte do check-up de rotina, geralmente anual, especialmente para adultos acima de 30 anos. Mesmo pessoas sem sintomas devem realizá-lo regularmente para prevenção de doenças cardiovasculares.
O exame também é solicitado quando o paciente apresenta fatores de risco, como hipertensão, histórico familiar de colesterol alto, diabetes, obesidade, tabagismo ou estilo de vida sedentário.
Nessas situações, o acompanhamento é essencial para evitar complicações futuras.
Além disso, o lipidograma é indicado para monitorar o tratamento de colesterol alto ou triglicerídeos elevados. O médico usa os resultados para ajustar a medicação, orientar mudanças alimentares ou reforçar a prática de exercícios físicos.
O que significa um lipidograma alterado
Um lipidograma alterado sugere que as gorduras no sangue estão fora do padrão considerado saudável. Isso pode indicar risco aumentado de doenças cardiovasculares, especialmente quando o LDL está alto ou o HDL está baixo.
Triglicerídeos elevados também merecem atenção, pois podem estar relacionados ao consumo excessivo de açúcar e carboidratos, resistência à insulina, obesidade ou hábitos alimentares inadequados.
Em alguns casos, níveis altos podem indicar risco de pancreatite.
É importante reforçar que apenas o profissional de saúde pode interpretar o lipidograma corretamente. Cada paciente tem um contexto individual, e a decisão sobre tratamento depende de fatores como idade, histórico familiar, presença de outras doenças e estilo de vida.
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Por que quem usa alguns medicamentos deve acompanhar o lipidograma com frequência
Alguns medicamentos podem interferir diretamente no metabolismo das gorduras, alterando níveis de colesterol e triglicerídeos ao longo do tratamento.
Essas mudanças nem sempre causam sintomas, mas podem aumentar o risco cardiovascular, especialmente em pessoas que já possuem tendência a colesterol alto, sobrepeso, diabetes ou histórico familiar de doenças do coração.
Corticoides, anticoncepcionais hormonais combinados, certos antipsicóticos, alguns imunossupressores e determinados beta-bloqueadores estão entre os fármacos que mais podem impactar o perfil lipídico.
Eles podem elevar o LDL, reduzir o HDL ou aumentar triglicerídeos, exigindo acompanhamento mais atento para evitar complicações silenciosas.
Monitorar o lipidograma regularmente permite que o médico identifique qualquer alteração precoce e faça ajustes no tratamento quando necessário.
Em alguns casos, pequenas mudanças na alimentação, prática de exercícios ou adaptação da dose já são suficientes para normalizar os valores. Em outros, pode ser indicada a troca de medicamento por uma opção mais segura para o sistema cardiovascular.
Esse cuidado ajuda a garantir que o tratamento principal seja eficaz sem comprometer a saúde do coração.
Como manter um lipidograma saudável
Uma alimentação equilibrada é uma das principais estratégias para manter o lipidograma dentro do ideal. O consumo reduzido de gorduras saturadas, açúcar e alimentos ultraprocessados contribui para o equilíbrio das gorduras no sangue.
A prática regular de atividade física também tem impacto direto, aumentando o HDL e ajudando a controlar triglicerídeos e LDL. Caminhadas, musculação e exercícios aeróbicos são opções eficientes e acessíveis para a maioria das pessoas.
Outro ponto importante é o controle do peso e a redução de hábitos nocivos, como o tabagismo. Essas medidas, quando combinadas, proporcionam benefícios significativos para a saúde cardiovascular e ajudam a manter os resultados do lipidograma sob controle.
Compreender o que é lipidograma ajuda o leitor a perceber a importância de acompanhar o perfil lipídico mesmo quando não há sintomas.
Esse exame simples e acessível desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças cardíacas, que ainda representam uma das principais causas de morte no Brasil.
Manter valores saudáveis depende de hábitos equilibrados e acompanhamento periódico. Por isso, o lipidograma deve ser visto como uma ferramenta essencial para avaliar riscos, monitorar o tratamento e promover uma vida mais longa e saudável.
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