O que é prolapso retal: quando o intestino “desce” e pede atenção

Quando falamos em o que é prolapso retal, estamos nos referindo a uma situação em que a parte final do intestino (o reto) perde sua sustentação e acaba saindo pelo ânus.

Em termos simples, é como se o intestino “escapasse” para fora, algo que costuma assustar quem vivencia o problema pela primeira vez.

Embora possa ocorrer em qualquer idade, o prolapso retal é mais comum em mulheres e em pessoas acima dos 60 anos.

Com o passar do tempo, os músculos que sustentam a região anal e o assoalho pélvico tendem a perder força, o que facilita esse tipo de alteração.

Ainda assim, crianças pequenas e até adultos jovens também podem apresentar o quadro, dependendo da causa.

O que é prolapso retal e quais são os tipos

Para compreender melhor o que é prolapso retal, é importante saber que ele não se manifesta sempre da mesma forma.

Existem dois tipos principais:

Prolapso retal parcial:

Nesse caso, apenas a parte mais interna do reto aparece para fora do ânus.

Por ser menos evidente, é comum que seja confundido com hemorroidas, inclusive por profissionais que não são especialistas.

Apesar da semelhança visual, trata-se de problemas diferentes, com causas e tratamentos distintos.

Prolapso retal total (ou procidência retal):

Aqui, todas as camadas do reto saem pelo ânus, formando uma estrutura avermelhada, úmida e com aspecto tubular.

Geralmente, é mais fácil de identificar e costuma causar maior desconforto.

Essa diferenciação é fundamental, pois influencia diretamente a forma de tratamento.

Por que o prolapso retal acontece

A principal explicação para o que é prolapso retal está no enfraquecimento dos músculos e ligamentos responsáveis por manter o intestino em sua posição correta.

Entre os fatores mais comuns estão o envelhecimento, o esforço excessivo para evacuar e a prisão de ventre crônica.

Além disso, o problema pode estar associado a outras condições, como:

  • infecções intestinais por vermes;
  • malformações do intestino;
  • doenças neurológicas, como a esclerose múltipla;
  • tumores retais;
  • alterações na fixação natural do reto;
  • cirurgias prévias, partos ou traumas na região anal.

Em crianças pequenas, o prolapso costuma estar ligado à imaturidade dessas estruturas de sustentação e, na maioria dos casos, melhora com o crescimento.

Sintomas que merecem atenção

Muitas pessoas passam a entender o que é prolapso retal ao notar algo diferente na região anal.

O sinal mais evidente é a visualização de um tecido que sai pelo ânus, especialmente após evacuar.

Mas outros sintomas também podem surgir, como dor abdominal, sensação de peso na pelve, ardência, sangramento anal, dificuldade para evacuar e a impressão de que “algo está saindo” pelo ânus.

Sempre que esses sinais aparecem, é fundamental procurar um coloproctologista.

O exame clínico geralmente é suficiente para o diagnóstico, mas, em alguns casos, exames como colonoscopia ou sigmoidoscopia ajudam a avaliar melhor a extensão do problema e a descartar outras doenças.

Como é feito o tratamento do prolapso retal

O tratamento do prolapso retal depende da gravidade e da frequência dos episódios.

Nos casos iniciais, pode ser possível recolocar o reto manualmente e corrigir fatores que contribuem para o problema, como a constipação intestinal.

Isso inclui aumentar o consumo de fibras, manter boa hidratação e, quando necessário, usar laxantes sempre com orientação médica.

Quando os episódios se tornam recorrentes ou passam a comprometer a qualidade de vida, a cirurgia costuma ser a melhor alternativa.

O objetivo é reposicionar e fixar o reto de forma adequada, reduzindo o risco de novas exteriorizações.

Atualmente, esse tratamento pode ser feito por diferentes vias, inclusive com técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica, que oferecem recuperação mais rápida e menor desconforto.

Em crianças, geralmente não há indicação cirúrgica, mas o acompanhamento médico é indispensável para garantir que o quadro evolua bem.

Entender o que é prolapso retal, reconhecer seus sinais e buscar ajuda especializada precocemente faz toda a diferença.

Ignorar o problema não faz com que ele desapareça, ao contrário, o diagnóstico e o tratamento corretos são essenciais para preservar a saúde e a qualidade de vida.

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Dr. Alexandre Nishimura

Médico cirurgião-geral, cirurgião robótico e coloproctologista. Membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva, Robótica e Digital (SOBRACIL). Atua com foco em técnicas avançadas e tratamentos de alta precisão.

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