Batata é saudável? Entenda onde ela se destaca (e onde perde)

Será que a batata é saudável? A dúvida aparece sempre que alguém fala sobre dieta e carboidratos. Um novo estudo publicado na Frontiers in Nutrition ajuda a responder essa pergunta de forma mais precisa.

Os pesquisadores compararam a batata com diferentes tipos de grãos, integrais e também os refinados, que ainda são muito presentes no prato da maior parte da população.

Logo no começo da análise, os autores chamam atenção para algo que muita gente não percebe.

A batata é um vegetal rico em amido, sim, mas isso está longe de significar que ela seja “pobre” em nutrientes. Pelo contrário.

Ela oferece potássio, fibras e vitaminas como C e B6, justamente nutrientes que costumam faltar na dieta da maioria da população.

Por isso, ao discutir se a batata é saudável, a resposta precisa considerar mais do que a fama do carboidrato.

O que a pesquisa descobriu sobre a batata

O estudo analisou como o cardápio muda quando a batata ocupa mais espaço no prato. E um ponto chamou atenção. Ela entrega nutrientes que muita gente não consome o suficiente no dia a dia.

Cada porção fornece uma boa quantidade de potássio, além de vitaminas C e B6, que são nutrientes que aparecem em níveis menores nos grãos, principalmente nos refinados, como arroz branco e pão comum.

Os pesquisadores também observaram que, mesmo sendo um alimento conhecido e acessível, a batata é consumida menos do que se imagina.

Mesmo considerando todas as formas de preparo, a batata ainda fica atrás de outros vegetais ricos em amido (como milho, ervilha e banana-da-terra) que se aproximam mais do consumo recomendado.

No geral, os dados sugerem que a batata poderia ter um papel maior na alimentação. Isso vale sobretudo quando ela entra no prato de forma simples e equilibrada, valorizando seus nutrientes.

Batata e grãos não desempenham o mesmo papel

A pesquisa também avaliou se a batata poderia substituir os grãos no prato, e a primeira conclusão é a de que não existe troca equivalente.

Quando a batata entra no lugar dos grãos refinados (como arroz branco e pão comum, que seguem muito presentes na rotina, embora não sejam opções saudáveis) alguns nutrientes aumentam.

Nessa comparação, a batata oferece mais potássio, mais vitamina C e, em alguns cenários, um pouco mais de fibra.

A história muda quando a análise envolve os grãos integrais, que são mais nutritivos.

Nesse caso, a troca traz perdas: menos fibra, menos cálcio, menos ferro e menos folato, nutrientes que os grãos inteiros (e produtos enriquecidos) fornecem melhor.

Em resumo, a batata entrega bem aquilo que falta nos refinados, mas não substitui os grãos mais completos.

Como encaixar a batata na alimentação

O estudo reforça que a batata branca não deve ser vista como vilã. Ela pode (e deve) fazer parte de um cardápio equilibrado.

Entrega nutrientes essenciais, ajuda a preencher lacunas comuns na dieta e, quando preparada de forma simples, contribui para uma alimentação mais completa.

Os pesquisadores também lembram que o problema raramente está na batata em si, mas no modo como ela chega ao prato.

Frituras frequentes, excesso de gordura e porções muito grandes distorcem o valor real do alimento.

Já versões cozidas, assadas ou preparadas com pouco óleo se encaixam bem em padrões alimentares considerados saudáveis.

Afinal, a batata é saudável

Com base no estudo, a resposta ganha nuances importantes.

Sim, a batata é um alimento nutritivo e pode melhorar a qualidade da dieta, principalmente por fornecer nutrientes que muitas pessoas não conseguem atingir no dia a dia.

Mas ela não substitui totalmente os grãos — nem tem essa função.

O papel da batata fica mais claro quando pensamos em equilíbrio, variedade e forma de preparo.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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