Acelere seu passo: descubra como caminhar rápido faz bem para o coração

Caminhar rápido faz bem para o coração e reduz o risco de arritmias, revela estudo da Universidade de Glasgow. Descubra os benefícios dessa prática simples para sua saúde.

Se você ainda precisava de um motivo extra para acelerar o passo durante suas caminhadas, aqui está um excelente: caminhar rápido faz bem para o coração.

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, revelou que pessoas que caminham em ritmo mais acelerado têm menos chances de desenvolver problemas no ritmo cardíaco, como arritmias, taquicardia ou bradicardia.

O estudo analisou os dados de mais de 420 mil adultos e mostrou que o ritmo da caminhada tem impacto direto na saúde do coração.

Pessoas que caminham em velocidade média ou rápida apresentaram redução significativa no risco de arritmias em comparação com quem caminha devagar.

Mas afinal, por que acelerar o passo ajuda tanto o coração? E qual a velocidade ideal para colher os benefícios?

A seguir, você entende os principais achados dessa pesquisa e descobre como um hábito simples pode ser um aliado poderoso da sua saúde.

Caminhar rápido faz bem para o coração

A pesquisa dividiu os participantes de acordo com a velocidade média de caminhada:

  • Caminhantes lentos: menos de 4,8 km/h
  • Caminhantes em ritmo médio: entre 4,8 e 6,4 km/h
  • Caminhantes rápidos: acima de 6,4 km/h

Os resultados foram: em relação aos caminhantes mais lentos, aqueles que mantinham um ritmo médio tiveram uma redução de 35% no risco de desenvolver arritmias.

Já os que caminhavam em ritmo mais acelerado apresentaram 43% menos risco.

Além disso, quem dedicava mais tempo semanal às caminhadas, especialmente em ritmo moderado ou rápido, também teve até 27% menos chance de apresentar problemas no ritmo do coração.

Caminhada rápida previne arritmia?

Entre os distúrbios avaliados pelo estudo estão:

  • Fibrilação atrial: batimento cardíaco irregular, mais comum em idosos;
  • Taquicardia: batimentos acelerados, que podem causar tontura e falta de ar;
  • Bradicardia: batimentos mais lentos que o normal, que podem causar cansaço excessivo.

Essas condições, conhecidas como anormalidades do ritmo cardíaco, afetam milhões de pessoas no mundo.

Algumas delas aumentam o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, tornando a prevenção ainda mais importante.

Ao cruzar os dados, os pesquisadores observaram uma associação consistente entre caminhar mais rápido e menor ocorrência dessas arritmias.

Por que caminhar rápido faz bem para o coração?

Segundo os cientistas, o segredo está nos efeitos metabólicos e anti-inflamatórios da caminhada acelerada.

Ou seja, quando você caminha com mais intensidade, seu corpo:

  • Queima mais calorias, ajudando a reduzir a obesidade;
  • Melhora o controle da pressão arterial;
  • Reduz os níveis de inflamação, que estão ligados a doenças cardiovasculares;
  • Ajuda a equilibrar os níveis de colesterol e glicose no sangue.

Esses fatores juntos criam um ambiente mais saudável para o coração.

A circulação melhora, o coração trabalha de forma mais eficiente e as chances de alterações no ritmo cardíaco diminuem.

Quem se beneficia mais?

De acordo com os dados analisados, os benefícios de caminhar rápido foram ainda mais evidentes em alguns grupos:

  • Mulheres;
  • Pessoas com menos de 60 anos;
  • Indivíduos com pressão alta;
  • Quem convive com duas ou mais condições crônicas;
  • Pessoas com peso dentro da faixa considerada saudável.

Ou seja, mesmo entre quem já tem algum problema de saúde, caminhar mais rápido pode oferecer uma proteção extra.

Caminhada e saúde do coração

Esse não é o primeiro estudo a apontar a relação entre caminhada e saúde cardiovascular.

Diversas pesquisas anteriores já mostraram que caminhar regularmente melhora o condicionamento físico, reduz o estresse e ajuda na prevenção de infartos e AVCs.

A novidade deste estudo, porém, está na ênfase sobre o ritmo da caminhada.

Enquanto muitos focam apenas na quantidade de passos ou no tempo de atividade, os pesquisadores de Glasgow mostram que a intensidade do esforço também importa.

Mesmo sem comprovar uma relação direta de causa e efeito (já que se trata de um estudo observacional), os dados servem de base científica para orientar novos hábitos de saúde.

Um exercício simples, acessível e poderoso

Entre tantas opções de atividade física, a caminhada continua sendo uma das mais práticas e democráticas.

Não exige equipamentos caros, pode ser feita em praticamente qualquer lugar e permite que cada pessoa respeite seus próprios limites.

E como mostrou o estudo, caminhar rápido faz bem para o coração.

Acelerar um pouco o passo durante a caminhada já pode trazer benefícios reais para a saúde cardíaca.

Quer começar hoje mesmo? Veja algumas dicas simples para colocar esse hábito em prática:

  • Use roupas e calçados confortáveis;
  • Escolha horários mais frescos do dia (manhã ou fim da tarde);
  • Comece com 15 a 20 minutos por dia e vá aumentando gradualmente;
  • Tente manter um ritmo em que você ainda consiga conversar, mas sinta o coração bater mais forte.

A saúde agradece cada passo

É importante lembrar que o estudo citado é do tipo observacional.

Isso significa que ele não prova que caminhar rápido evita arritmias, mas mostra uma ligação forte entre o ritmo da caminhada e a saúde do coração.

Em outras palavras, pessoas que caminham mais rápido tendem a ter menos problemas de ritmo cardíaco (mas isso não garante que uma coisa cause a outra diretamente).

Ainda assim, os resultados sugerem que ser mais ativo pode fazer bem para o coração e ajudar a melhorar a saúde de forma geral. E a caminhada é uma forma simples e eficaz de colocar isso em prática.

Por isso, da próxima vez que for caminhar, experimente acelerar um pouco o passo. Seu corpo vai sentir a diferença (e seu coração também).

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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