Clareamento Dental; veja tudo que você precisa saber sobre o assunto

O sorriso é o nosso cartão de visitas, pensando nisso, os tratamentos estéticos voltados ao dentes se tornaram febre nos últimos anos. Praticamente todos os dias tem pacientes nos consultórios buscando alternativas para fazer o clareamento dental. Desta forma, hoje o SaudeLAB vai te explicar com funciona e o que você precisa saber sobre o assunto.

Mas, no que consiste o clareamento dental?

O clareamento dental consiste em técnicas que promovem o embranquecimento do dente.

Existem atualmente três formas de clareamento em dentes vitais:

• Clareamento em consultório.
• Clareamento supervisionado, também conhecido como caseiro.
• Técnica mista, que consiste na associação de ambas.

Os compostos mais utilizados para um eficiente clareamento dental são o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida. Sendo que este último, quando reage com água, se decompõe liberando o peróxido de hidrogênio. Com base nisso, entende-se que o peróxido de hidrogênio é o principal composto químico usado nos clareamentos dentais.

Além disso, o clareamento dental pode ser indicado em praticamente todas as situações em que haja escurecimento dos elementos dentários. Uma vez que a alteração de cor dos dentes é classificada em dois grupos: as causas por fatores extrínsecos e as causas por interferências intrínsecas, congênitas ou adquiridas.

As alterações de cor extrínsecas, são muito comuns, resultando em um manchamento superficial dos dentes, sendo ocasionadas principalmente pelo consumo abusivo de alimentos ou bebidas com presença de corantes. Já quanto as descolorações intrínsecas, estas são mais complicadas e difíceis de serem resolvidas.

Pois, são incorporadas diretamente a estrutura do dente e, geralmente, só são removidas através do clareamento dental ou até mesmo, procedimentos mais radicais que englobam desgastes ou restaurações.

Como é feito o clareamento dental?

Mas, voltando-se as técnicas de clareamento, no método de consultório, utiliza-se peróxidos em concentrações maiores, variando entre 20% a 38%.

O mesmo, possui como vantagem a obtenção de resultados mais rápidos e maior controle da aplicação do produto e das áreas expostas ao agente clareador.

Além de não necessitar da colaboração do paciente quando ao uso de moldeiras.

Entretanto, por se utilizar peróxidos em concentrações mais elevadas, pode causar uma maior sensibilidade dental.

Já no clareamento supervisionado, é essencial uma maior dedicação do paciente, bem como, disciplina e atenção.

Afinal, ele aplicará o material clareador em si mesmo.

Aliás, para esta técnica, utiliza-se baixas concentrações de peróxido de carbamida, variando entre 10% a 22%. Sendo aplicado em moldeiras de silicone durante a noite, ou durante o dia, conforme orientado pelo profissional dentista.

Qual o melhor tipo de clareamento dental?

De modo geral, pode-se dizer que não existe uma discrepância significativa entre a escolha da técnica utilizada.

Cabe ao cirurgião dentista, de maneira personalizada, identificar o melhor protocolo a ser seguido, dependendo da etiologia da alteração da cor em cada caso.

Além disso, o mesmo deve investigar sobre os hábitos alimentares do paciente, bem como, vícios.

Resumidamente, o clareamento dental é efetivo independentemente da técnica utilizada, desde que o método e o material utilizado sejam corretamente selecionados e empregados.

Os fatores que podem ser levados em consideração pelo paciente são o custo, a duração e a responsabilidade do mesmo perante o tratamento, para obtenção de um bom resultado.

Afinal, ambas as técnicas apresentam diferentes propostas, diante de distintas marcas comerciais, concentrações dos agentes clareadores e recomendações quanto ao tempo de utilização.

Por isso, compete ao cirurgião dentista compreender os princípios de mecanismo de ação dos agentes clareadores, a etiologia do escurecimento dental e principalmente as vantagens e desvantagens da terapêutica utilizadas.

Afim de apresentar as possibilidades para um melhor resultado e menor risco para o paciente.

Portanto, o tratamento mais eficaz é aquele que oportuniza como resposta um sorriso agradável e atrativo pela harmonia dos dentes.

Quanto tempo dura o clareamento dental?

A estabilidade da cor dos dentes está diretamente relacionada com a rugosidade da superfície dental, com a composição do esmalte, assim como, com a taxa de desidratação a partir das alterações que ocorrem na permeabilidade pelo uso de agentes clareadores.

Entretanto, a grande maioria dos casos apresenta uma duração média de 2 anos, quando bem conduzido o tratamento.

Mas, isso acontece de forma lenta e gradativa.

Além disso, de acordo com pesquisas recentes, a técnica de clareamento associada poderia apresentar maior durabilidade e estabilidade da cor.

Sendo que no uso exclusivo do clareamento de consultório há maior recidiva. Afinal, sua eficácia está relacionada ao tempo e concentração da aplicação do gel clareador.

É possível fazer  o procedimento em casa?

Sim, é possível. A técnica de clareamento caseiro consiste na confecção de uma moldeira para que o próprio paciente realize a aplicação do gel clareador, conforme as orientações do cirurgião dentista.

No entanto, apesar das vantagens que o tratamento caseiro proporciona, alguns pacientes relatam a não adaptação ao uso da moldeira e, ainda, a queixa com a demora na obtenção do resultado.

Pois, geralmente seu uso é prescrito por uma média de 20 dias.

Mesmo assim, o clareamento dental caseiro é um procedimento eficiente que vem ganhando muita popularidade por ser uma técnica simples, conservadora e apresentar um custo relativamente baixo.

Mas, atenção! O clareamento dental deve ser feito sempre sob a supervisão do cirurgião dentista.

Somente assim será feita a indicação correta e uso da concentração da dosagem adequada, não ocasionando danos ao esmalte nem à gengiva.

Portanto, seu uso sem orientação, de forma indiscriminada pode causar danos muito sérios, como por exemplo a sensibilidade exacerbada, lesão do tecido bucal, entre outros.

Faz mal fazer clareamento dental?

Não. Porém, todo tipo de tratamento clínico possui suas contraindicações.

Se referindo ao clareamento dental, suas possíveis contraindicações são:

• Gestantes e lactantes.
• Crianças menores de 10 anos de idade.
• Pacientes com túbulos dentinários muito expostos.
• Pacientes com hábitos de tabagismo.

Quem usa aparelho pode fazer o procedimento?

Esse ainda é um assunto muito controverso na Odontologia. Mas, a resposta é sim. Pacientes que usam aparelho ortodôntico podem fazer clareamento dental.

A maioria dos profissionais acredita que devido a presença dos braquetes, que poderiam comprometer a difusão do peróxido nas superfícies vestibulares dos dentes, o procedimento do clareamento não seria viável durante o tratamento ortodôntico.

Entretanto, pesquisas mais recentes concluíram que o peróxido de hidrogênio e os subprodutos resultantes da sua composição, mesmo na presença de um aparelho fixo, conseguem se difundir lateralmente através da estrutura dentária.

Além do mais, essa afirmação é algo capaz de servir como um estímulo, para pacientes ainda em tratamento ortodôntico, deixando-os mais satisfeitos e menos ansiosos pelo término do tratamento.

Porém, algumas condições devem ser levadas em consideração antes disso, como:

• Diferentes estágios de maturação ou mineralização dos dentes que existem nos jovens.
• Dentes cobertos por gengiva em regiões cervicais.
• Dentes intruídos.

Nestes casos, os elementos dentários não seriam alcançados pelo agente clareador, podendo resultar em diferentes tonalidades de coloração.

Por fim, é importante que o paciente seja conscientizado da possibilidade de executar uma complementação do clareamento dental após a conclusão do tratamento ortodôntico, caso não se consiga a homogeneidade da cor.

Quem faz clareamento dental pode tomar café?

Pode. Estudos comprovam que alimentos e bebidas com corantes não interferem no manchamento durante o clareamento dental.

Aliás, moléculas que mancham os dentes possuem tamanho macro, penetrando somente na superfície do esmalte, sendo assim, são facilmente removidas durante o clareamento, que no caso, já estaria em andamento.

Além de que, a estabilidade da cor dos dentes depende de fatores como a composição do esmalte, a porosidade da superfície dental e com o grau de desidratação que os agentes químicos irão causar.

Mesmo assim, a ingestão de corantes como: café, vinho, molhos vermelhos, chás, dentre outros, sempre foi um assunto muito controverso.

Portanto, de modo geral, a recomendação de ingestão desses alimentos pode ser feita duas horas após a realização do clareamento dental, pela ação de reposição de minerais através da saliva.

Quando o clareamento não funciona?

O sucesso no clareamento dental depende de cada caso. No entanto, pode ser que o resultado desejado realmente não seja obtido e isso depende de alguns fatores. Na maioria das vezes, isso pode ter relação com os hábitos alimentares, bem como, os hábitos de higiene bucal. Sendo o resultado obtido uma consequência dessa junção.

Além disso, cada pessoa tem uma tonalidade de cor dental. Alguns indivíduos possuem uma tonalidade mais acinzentada, outros mais amarelada e em alguns casos, mais branco.

Então, o clareamento, como o próprio nome já diz, irá clarear essa tonalidade. Por isso, se você tem um dente mais acinzentado, seu dente não ficará branco e sim, um tom acinzentado mais claro.

Evidentemente, é possível chegar à tonalidade mais desejada pelo paciente. Mas, afirmar que todos os dentes irão branquear, não é correto.

Por que o procedimento causa sensibilidade?

Sabe-se que a sensibilidade após o clareamento dental é uma das maiores queixas dos pacientes.

Além de a técnica de clareamento de consultório, apresentar uma chance maior de causar sensibilidade.

Por isso, questionar o paciente se o mesmo já apresenta alguma sensibilidade prévia ao tratamento clareador, é uma excelente opção, afim de observar se a sensibilidade estará ou não associada ao procedimento.

Pois, na sensibilidade causada pelo clareamento, os subprodutos dos géis clareadores penetram através do esmalte, chegando à dentina.

Desta forma, atingem a polpa, gerando o que chamamos de pulpite reversível e uma sensibilidade térmica temporária, não causando maiores danos ao tecido pulpar.

O pH das soluções clareadoras também é um dos fatores ligados a sensibilidade.

Afinal, caso o mesmo se apresente baixo, poderá causar desmineralização dentinária e exacerbação da mesma.

Além do mais, podem ser consideradas causas da sensibilidade:

• Presença de dentina exposta em áreas de recessão gengival.
• Defeitos na junção amelocementária.
• Defeitos no esmalte dental.

Ainda, é importante ressaltar que a mesma pode durar até 4 dias após o término do procedimento clareador.

Por isso, o ideal é que as concentrações do agente clareador sejam baixas nestes pacientes, com aumento gradativo, de acordo com sua resposta.

Outra forma de reduzir este efeito é o uso concomitante de agentes dessensibilizantes.

Já no clareamento caseiro, quando a sensibilidade ocorre, geralmente é de forma branda, não sendo necessário a suspensão do tratamento.

Somente em casos mais severos, o uso de agentes paliativos, como uso de fluoretos tópicos ou a suspensão do clareamento, são considerados soluções efetivas, tornando esses casos assintomáticos com o tempo, possibilitando assim a continuidade da terapêutica sem maiores intercorrências.

Por último, em situações onde a dor é muito intensa, pode-se fazer uso de analgésicos e anti-inflamatórios, conforme prescrição do cirurgião dentista.

Dá para fazer clareamento dental com bicarbonato de sódio?

O bicarbonato de sódio de fato pode estar presente em algumas formulações para clareamento dental, estando juntamente ou não com o peróxido de hidrogênio.

Entretanto, a classificação dos produtos clareadores como cosméticos traz muitos prejuízos quanto ao seu uso irracional e sem supervisão.

O bicarbonato de sódio contém um composto que o torna um abrasivo, é isso que faz com que os dentes pareçam mais brancos com o seu uso.

Mas, se o seu objetivo é remover manchas profundas ou intrínsecas, como citamos no inicio deste artigo, o bicarbonato de sódio não será eficaz.

Ele pode até mesmo trazer prejuízos futuros, se utilizado diariamente.

Por isso, se você deseja obter um sorriso mais branco e saudável, saiba que não é seguro realizar qualquer tipo de clareamento dental sem a orientação de um profissional dentista.

Dá para fazer clareamento dental com papel alumínio?

Não.  Se você está cogitando usar essa técnica para fazer clareamento dental, precisa estar consciente dos seus possíveis efeitos colaterais.

O papel alumínio tem sido recomendado na web como um potencializador de clareamento utilizado juntamente com o bicarbonato de sódio.

Porém, engana-se quem pensa que essa é uma técnica de clareamento eficaz.

Saiba que métodos caseiros que prometem clarear os dentes, dificilmente trazem resultados verdadeiramente eficazes e duradouros.

Além dos  prejuízos que podem ocasionar a sua saúde oral, como por exemplo: desgastes no esmalte dental e danos gengivais.

Eles causam uma falsa impressão de clareamento, pois contém fortíssimos agentes abrasivos em sua composição, que podem agredir a proteção dos dentes de forma irreversível.

Isto é, os dentes até podem ficar mais brancos, mas também ficam desgastados, diferentemente do que ocorre em um tratamento clareador supervisionado por um cirurgião dentista.

Portanto, antes que você pretenda lançar mão de uma destas técnicas, consulte um cirurgião dentista de sua confiança. Somente ele poderá indicar qual o melhor método clareador específico para obter verdadeiro sucesso no seu caso.