Como conseguir dapagliflozina pela farmácia de alto custo: tudo o que você precisa saber

A dapagliflozina é um medicamento cada vez mais prescrito para pessoas com diabetes tipo 2, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.

Apesar de ser eficaz e seguro, muitos pacientes se deparam com uma grande dificuldade: o preço elevado (em torno de R$ 180,00 por 30 comprimidos). Como se trata de um remédio de uso contínuo, o custo mensal pode comprometer o orçamento familiar.

É por isso que muitos buscam saber se é possível conseguir a dapagliflozina pela chamada farmácia de alto custo, um programa do SUS que disponibiliza gratuitamente medicamentos estratégicos e essenciais.

Mas afinal, quem tem direito? E como fazer a solicitação? A seguir, você encontrará um guia completo e atualizado sobre o tema.

O que é a farmácia de alto custo

A chamada farmácia de alto custo é, na verdade, o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). Trata-se de um programa do Sistema Único de Saúde (SUS) que garante o fornecimento gratuito de medicamentos que têm alto valor comercial e são fundamentais no tratamento de doenças crônicas, raras ou complexas.

Cada estado possui unidades próprias para distribuição, e a lista de medicamentos disponíveis pode variar conforme os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

O objetivo é assegurar que pacientes que necessitam de tratamentos contínuos e caros não interrompam o cuidado por falta de recursos financeiros.

Dapagliflozina está disponível na farmácia de alto custo?

A dapagliflozina já foi incorporada em alguns protocolos do SUS, especialmente voltados para o manejo da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e diabetes tipo 2. Isso significa que, em determinadas condições de saúde e mediante critérios clínicos estabelecidos, o medicamento pode ser solicitado e obtido gratuitamente.

No entanto, a disponibilidade pode variar conforme o estado e a atualização das listas oficiais. Por isso, é essencial que o paciente ou familiar consulte a Secretaria de Saúde local ou acesse os canais oficiais do Ministério da Saúde para confirmar se o medicamento está incluso no CEAF em sua região.

Quem tem direito a receber dapagliflozina pelo SUS

O fornecimento da dapagliflozina não é automático para qualquer paciente. É necessário se enquadrar nos critérios previstos no PCDT. Entre os casos mais comuns, estão:

  • Pacientes com insuficiência cardíaca em estágios específicos, quando a dapagliflozina está indicada para reduzir hospitalizações e mortalidade.
  • Indivíduos com diabetes tipo 2 ou doença renal crônica, desde que exista respaldo clínico e a recomendação médica esteja alinhada às diretrizes do SUS.
  • Vale lembrar que, além do diagnóstico, os médicos precisam comprovar que outros tratamentos convencionais já foram utilizados, e que a dapagliflozina é a melhor opção para o caso.

Como solicitar dapagliflozina pela farmácia de alto custo

O processo para conseguir o medicamento pelo SUS envolve algumas etapas bem definidas. Veja o passo a passo:

Consulta médica: o paciente deve ser acompanhado por um médico especialista, como cardiologista, endocrinologista ou nefrologista.

Documentação necessária: é preciso apresentar:

  • Receita médica atualizada;
  • Relatório detalhado com justificativa clínica;
  • Exames laboratoriais recentes que comprovem a necessidade;
  • Documentos pessoais (RG, CPF, cartão do SUS);
  • Comprovante de residência.

Entrega da solicitação: o conjunto de documentos deve ser protocolado na Secretaria de Saúde ou unidade responsável pelo CEAF.

Avaliação do processo: a equipe técnica analisa a documentação e decide sobre a concessão do medicamento.

Retirada do medicamento: em caso de aprovação, o paciente passa a retirar a dapagliflozina na farmácia de alto custo, com renovação periódica do pedido conforme orientação médica. Vale lembrar que a aprovação pode levar até 60 dias dependendo do estado.

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O que fazer se o pedido for negado

Em alguns casos, o pedido pode ser negado, seja por ausência de documentos, falta de enquadramento nos critérios clínicos ou falhas no preenchimento do LME. Nessas situações, o paciente pode:

  • Solicitar uma revisão administrativa, corrigindo eventuais pendências;
  • Apresentar recurso formal junto à Secretaria de Saúde;

Em último caso, buscar orientação jurídica, pois há precedentes de pacientes que conseguiram o fornecimento do medicamento por via judicial, principalmente quando a dapagliflozina é considerada essencial pelo médico responsável.

Alternativas de acesso à dapagliflozina

Mesmo quando a dapagliflozina não é fornecida pela farmácia de alto custo, existem outras formas de reduzir os custos do tratamento:

  • Programas de benefícios de laboratórios: alguns fabricantes oferecem descontos significativos para pacientes cadastrados.
  • Convênios e planos de saúde: algumas operadoras cobrem parte do valor do medicamento mediante prescrição médica.
  • Farmácias com desconto: redes conveniadas e programas de fidelidade podem oferecer preços mais acessíveis.

Essas alternativas podem ser úteis, principalmente enquanto o processo de solicitação no SUS está em andamento.

A dapagliflozina é um medicamento moderno e eficaz, mas o alto custo pode ser um obstáculo para muitos pacientes que dependem dele para controlar diabetes, insuficiência cardíaca ou doença renal crônica.

Felizmente, o SUS, por meio da farmácia de alto custo, já disponibiliza o remédio em determinados protocolos, permitindo que pessoas elegíveis tenham acesso gratuito.

Para isso, é fundamental seguir corretamente o processo: obter acompanhamento médico pelo SUS, reunir a documentação necessária e protocolar o pedido junto à Secretaria de Saúde.

Mesmo diante de negativas, ainda há caminhos administrativos e jurídicos que podem garantir o acesso.

Ao buscar orientação médica adequada e conhecer os seus direitos, o paciente aumenta as chances de conseguir a dapagliflozina sem comprometer o orçamento familiar, mantendo o tratamento de forma contínua e segura.

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Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

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