Como medir a pressão em casa do jeito certo? Nova diretriz orienta

A nova diretriz brasileira de hipertensão arterial 2025 chega acompanhada de uma cartilha que traduz, em linguagem simples e prática, o que realmente importa para diagnosticar, acompanhar e controlar a pressão alta.

Ela foi desenvolvida por três sociedades médicas brasileiras, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Entre os pontos que mais facilitam a rotina de quem cuida da saúde está entender, com clareza, como medir a pressão em casa do jeito certo.

Logo de início, a diretriz explica que o diagnóstico não mudou.

A hipertensão só é confirmada quando a pressão chega a 14 por 9 (140/90 mmHg) ou mais em duas ocasiões diferentes.

O que ganha destaque agora é a chamada faixa de alerta, entre 12 por 8 a 13,9 por 8,9 (120/80 e 139/89 mmHg).

Essa faixa não significa doença, mas indica que mudanças no estilo de vida devem começar imediatamente, para evitar que a pressão evolua para níveis perigosos.

Como medir a pressão em casa do jeito certo

Saber como medir a pressão em casa do jeito certo ajuda a mostrar como ela realmente se comporta no dia a dia, o que muitas vezes é diferente do que aparece no consultório.

As orientações incluem:

  • Usar aparelho automático de braço validado e com pilhas alcalinas.
  • Evitar exercícios, refeições pesadas ou café uma hora antes da medida.
  • Esvaziar a bexiga.
  • Sentar-se por 5 minutos com: costas apoiadas, pés no chão e braço na altura do coração
  • Realizar três medições com intervalo de 1 minuto, sem conversar.

Esse padrão reduz erros e fornece dados mais consistentes para o médico ajustar o tratamento.

As metas atualizadas para manter a pressão sob controle

Com o tratamento adequado, a recomendação é manter a pressão abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg) sempre que possível.

Essa meta vale tanto para as medições feitas no consultório quanto para os exames que acompanham a pressão ao longo do dia e da noite, como MAPA e MRPA.

Manter valores mais baixos protege melhor o coração, o cérebro, os rins e os vasos, reduzindo o risco de AVC, infarto e outras complicações silenciosas.

A diretriz reforça que não se trata de alarme, e sim de uma forma mais eficaz de prevenção.

Quando o tratamento envolve medicamentos

Qualquer pessoa com pressão a partir de 12 por 8 (120/80 mmHg) já deve iniciar medidas não medicamentosas, como ajustar a alimentação, praticar atividade física, dormir melhor e controlar o estresse.

Sobre o uso de remédios, a diretriz explica de forma objetiva:

  • Quem tem hipertensão confirmada — 14 por 9 (140/90 mmHg) ou mais — deve usar medicamentos, sempre junto com as mudanças de estilo de vida.
  • Pessoas com pressão entre 13/8 e 13,9/8,9 (130/80 a 139/89 mmHg) e alto risco cardiovascular podem precisar de remédios se não atingirem a meta após 3 meses de cuidados com os hábitos.
  • Trocar o sal comum por sal rosa ou marinho não reduz o sódio. O que importa é diminuir a quantidade total.

Além disso, alguns hábitos comprovadamente ajudam a baixar a pressão:

  • Reduzir o sal para menos de 2 g de sódio por dia (aproximadamente 5 g de sal de cozinha).
  • Seguir uma alimentação no estilo DASH, rica em frutas, verduras, grãos integrais e laticínios magros.
  • Praticar 150 minutos semanais de atividade física moderada (ou 75 minutos vigorosa) e incluir exercícios de força duas vezes por semana.
  • Limitar o álcool. Uma dose por dia para mulheres e duas para homens.
  • Evitar o cigarro, dormir bem e controlar o estresse.

Exames e sinais de alerta: o que você precisa saber

Quem tem hipertensão deve realizar, pelo menos uma vez por ano, exames como:

  • Creatinina, potássio e taxa de filtração glomerular;
  • Análise de urina e relação albumina/creatinina;
  • Colesterol e triglicerídeos;
  • Ácido úrico;
  • Glicemia e hemoglobina glicada (quando há risco para diabetes);
  • Eletrocardiograma.

A diretriz também destaca sinais que exigem atenção imediata, como:

  • Dor forte no peito;
  • Falta de ar repentina;
  • Sinais de AVC (fala enrolada, boca torta, fraqueza em um lado do corpo);
  • Dor de cabeça súbita e intensa;
  • Pressão muito alta acompanhada de sintomas como alterações visuais ou confusão mental.

Em situações assim, é essencial procurar uma UPA ou pronto-socorro e ligar para o SAMU (192).

A nova diretriz brasileira de hipertensão arterial tem o objetivo de facilitar o cuidado com a pressão, oferecendo orientações objetivas e aplicáveis à rotina.

Quem quiser consultar todos os detalhes ou baixar a cartilha completa, basta clicar aqui.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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