O que faz um Geriatra e como ele pode transformar a qualidade de vida na melhor idade?

À medida que a população mundial envelhece, cresce a demanda por profissionais da saúde especializados em lidar com as necessidades físicas, emocionais e sociais dos idosos. Entre esses profissionais, o médico geriatra desempenha um papel fundamental.

Mas afinal, o que faz esse especialista, a partir de que idade devemos procurar esse especialista e quais condições ele trata? Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos esclarecer essas e outras questões sobre essa área da medicina que se dedica ao bem-estar na terceira idade.

O que é a Geriatria?

Geriatria é a área da medicina focada na saúde do idoso, voltada para o cuidado integral de pessoas geralmente a partir dos 60 anos. Esse campo visa não apenas tratar doenças, mas também prevenir problemas de saúde e promover uma melhor qualidade de vida.

Os médicos especializados em geriatria, conhecidos como geriatras, possuem conhecimentos específicos sobre o processo de envelhecimento e suas consequências no organismo, o que inclui mudanças físicas, cognitivas e emocionais.

O geriatra avalia o paciente de forma global, considerando aspectos clínicos, funcionais, emocionais e sociais, abordando doenças crônicas como diabetes, hipertensão, osteoporose, além de questões como perda de memória, depressão e quedas.

Dessa forma, ele elabora planos de tratamento que ajudam na prevenção de complicações e na preservação da autonomia, o que é fundamental para o bem-estar do idoso e também para seus familiares.

Além disso, o especialista atua em conjunto com outros profissionais, como fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, para oferecer um cuidado multidisciplinar que atenda de forma mais completa as necessidades de cada paciente.

Qual a função do Geriatra?

O termo “geriatra” vem da palavra “geriatria”, que deriva do grego “geron”, que significa “velho”, e “iatrós”, que significa “médico”. Ou seja, o geriatra é, literalmente, o “médico do idoso”.

Esse especialista tem um profundo conhecimento sobre as mudanças que ocorrem no corpo e na mente com o passar dos anos, atuando para garantir que esse processo seja o mais saudável e controlado possível.

O objetivo principal do geriatra é promover a saúde e o bem-estar da pessoa idosa, ajudando-a a lidar com as mudanças fisiológicas e psicológicas que acompanham o processo de envelhecimento.

Esse médico trabalha para prevenir, diagnosticar e tratar doenças comuns na terceira idade, além de promover a qualidade de vida por meio de intervenções clínicas e orientações sobre estilo de vida saudável.

Geriatra e Gerontologista: Qual é a diferença?

Embora os termos geriatra e gerontologista sejam frequentemente confundidos, eles referem-se a diferentes áreas de atuação.

O geriatra é um médico que cuida diretamente da saúde do idoso, enquanto o gerontologista estuda o envelhecimento de forma mais ampla, considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

O gerontologista pode ser de várias formações (psicologia, serviço social, entre outros), mas não é necessariamente um médico.

Em resumo, o geriatra trata diretamente os pacientes idosos, enquanto o gerontologista pesquisa e aborda o envelhecimento sob uma perspectiva multidisciplinar.

Gerontologia é Médico?

Essa é uma dúvida comum. Não, a gerontologia não é uma especialidade médica, mas sim o campo de estudo dedicado ao envelhecimento em suas várias dimensões: biológicas, psicológicas e sociais.

Profissionais formados em gerontologia podem trabalhar em diversas áreas ligadas ao envelhecimento, mas não realizam tratamentos médicos.

Esse papel é desempenhado pelos geriatras, que são médicos especializados em tratar diretamente as doenças e condições de saúde que afetam a população idosa.

Quando procurar um Geriatra?

Muitas pessoas acreditam que o geriatra deve ser procurado apenas em idades muito avançadas, como após os 70 anos.

No entanto, é recomendado buscar a orientação de um geriatra já a partir dos 60 anos ou até mesmo antes, dependendo do histórico de saúde da pessoa.

Alguns especialistas sugerem que pessoas a partir dos 40 anos, que estejam enfrentando doenças crônicas ou sinais de envelhecimento precoce, também podem se beneficiar de uma consulta.

Geriatra aos 40: Por que consultar mais cedo?

Como vimos acima, embora seja mais comum que o geriatra cuide de pessoas idosas, pacientes mais jovens, a partir dos 40 anos, que apresentam sinais de envelhecimento precoce ou doenças crônicas podem se beneficiar da consulta.

A prevenção é uma das chaves para o envelhecimento saudável, e o acompanhamento de um geriatra pode ajudar a reduzir o risco de complicações futuras e promover uma qualidade de vida melhor ao longo dos anos.

Médico Geriatra: O que ele trata?

O geriatra é responsável por tratar uma ampla variedade de condições que afetam os idosos, desde doenças crônicas até distúrbios que surgem devido ao envelhecimento.

Entre as condições mais comuns estão a hipertensão, diabetes, artrite e osteoporose, todas frequentes nessa fase da vida.

Além disso, ele lida com doenças mais complexas, como as neurodegenerativas, que incluem a Doença de Alzheimer e o Parkinson, cujo tratamento requer cuidados especiais e acompanhamento contínuo.

Outro aspecto importante da atuação do geriatra é a saúde mental do idoso.

Muitos pacientes enfrentam desafios emocionais, como depressão e ansiedade, que podem ser agravados por fatores como isolamento social ou perda de autonomia.

O geriatra está preparado para identificar esses sintomas e oferecer um tratamento integrado, que pode incluir tanto intervenções médicas quanto terapias comportamentais.

Além das doenças, o geriatra trabalha de forma preventiva, focando na redução de riscos como quedas, que são uma das principais causas de perda de independência em idosos.

Ele avalia fatores que podem comprometer a mobilidade e busca soluções para garantir que o paciente mantenha sua autonomia pelo maior tempo possível.

Quais doenças o Geriatra trata?

A lista de condições tratadas por um geriatra é extensa e inclui doenças crônicas como hipertensão e diabetes, que exigem monitoramento contínuo e ajustes nas medicações ao longo do tempo.

Problemas ortopédicos, como osteoporose e artrite, são frequentes e requerem cuidados especiais para evitar complicações como fraturas.

Além disso, o geriatra também está envolvido no tratamento de doenças pulmonares crônicas, doenças cardíacas e problemas sensoriais, como perda de audição ou visão.

Ele também desempenha um papel fundamental no acompanhamento de condições cognitivas, como a demência, sendo um dos principais profissionais a lidar com o Alzheimer.

Esse profissional trabalha para garantir que o idoso tenha uma qualidade de vida adequada, tratando não só os problemas físicos, mas também o bem-estar emocional, criando um plano de cuidados que abranja todas as dimensões da saúde do idoso.

Geriatra Especialista em Alzheimer: Como esse médico atua?

A Doença de Alzheimer é uma das principais condições tratadas pelos geriatras.

Esse especialista atua no diagnóstico precoce e no acompanhamento da evolução da doença, orientando tanto o paciente quanto a família sobre as melhores formas de lidar com os desafios impostos pela perda progressiva de memória e habilidades cognitivas.

O geriatra também ajusta medicações e sugere tratamentos que possam retardar o avanço da doença, sempre focando na manutenção da qualidade de vida.

O Geriatra Também Trata Depressão?

Sim, como vimos antes, o geriatra é capacitado para diagnosticar e tratar problemas de saúde mental, como a depressão, que é comum em idosos.

A depressão pode estar associada a várias causas, como o isolamento social, o luto pela perda de entes queridos ou o impacto de doenças crônicas na qualidade de vida.

O geriatra avalia o paciente de forma abrangente, considerando tanto os fatores biológicos quanto os emocionais, e pode prescrever tratamentos que envolvem medicamentos e psicoterapia, além de incentivar a prática de atividades que promovam o bem-estar emocional.

O que faz um médico Geriatra na primeira consulta?

Na primeira consulta com o geriatra, o médico realiza uma avaliação global do paciente, considerando aspectos físicos, cognitivos e emocionais.

Durante essa consulta, o geriatra pode fazer perguntas sobre o histórico de saúde, estilo de vida, medicações em uso, hábitos alimentares e problemas específicos que o paciente esteja enfrentando, como dificuldades de mobilidade ou memória.

O objetivo é entender o estado geral de saúde do idoso e criar um plano de cuidado personalizado.

Isso pode incluir recomendações de mudanças no estilo de vida, ajustes nas medicações e solicitação de exames.

O que perguntar ao Geriatra na primeira consulta?

Na primeira consulta com o geriatra, o paciente ou seus familiares podem levantar questões sobre os cuidados de saúde preventiva, os exames recomendados, as medicações em uso e possíveis interações entre elas.

É também importante discutir o manejo de condições crônicas, como diabetes ou hipertensão, além de questões relacionadas à mobilidade e segurança, como a prevenção de quedas.

Outro ponto relevante é perguntar sobre as opções de tratamento para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, caso haja histórico familiar.

Quais exames o Geriatra pede?

Os exames solicitados por um geriatra variam de acordo com o estado de saúde do paciente e suas necessidades específicas.

Geralmente, são pedidos exames de sangue para avaliar o controle de diabetes, colesterol e função renal.

Exames de imagem, como radiografias e ultrassonografias, também podem ser solicitados para investigar problemas ortopédicos, como artrite ou osteoporose.

Além disso, testes cognitivos são usados para avaliar a memória e outras funções mentais, especialmente em pacientes com suspeita de demência.

Como escolher um geriatra de confiança?

O primeiro passo é verificar as qualificações do médico, certificando-se de que ele possui especialização em geriatria e está registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM).

A formação em geriatria garante que o profissional compreenda melhor o processo de envelhecimento e esteja preparado para lidar com condições comuns na terceira idade, como osteoporose, demência e doenças crônicas.

Além das qualificações, buscar recomendações de pessoas de confiança é uma ótima maneira de começar. Pergunte a amigos, familiares ou até a outros profissionais de saúde, pois eles podem indicar geriatras com um histórico positivo e uma boa reputação.

Avaliações online também podem oferecer uma visão sobre a experiência de outros pacientes, o que ajuda a entender a forma de atendimento do médico.

Outro ponto importante é observar a empatia e a comunicação do geriatra. Um bom profissional precisa ser atencioso, paciente e capaz de ouvir com calma as queixas e preocupações do idoso e de sua família.

A abordagem humanizada é essencial, pois as consultas tendem a ser frequentes, e o vínculo entre médico e paciente precisa ser acolhedor e de confiança.

Por fim, considere a localização e a disponibilidade do profissional. Um consultório bem localizado facilita as visitas, e a disponibilidade para consultas domiciliares ou emergenciais, quando necessário, pode ser um diferencial importante.

Com esses cuidados, é possível encontrar um geriatra que ofereça um acompanhamento completo e respeitoso, contribuindo para uma vida mais saudável e tranquila na terceira idade.

A importância do Geriatra para um envelhecimento saudável

Em um país com uma população cada vez mais envelhecida, o papel do geriatra se torna essencial.

Ele não apenas trata doenças, mas também promove um envelhecimento saudável, ajudando seus pacientes a manterem sua autonomia e qualidade de vida pelo maior tempo possível.

Seja na prevenção de doenças ou no tratamento de condições crônicas, o geriatra é um aliado fundamental para garantir que os anos da terceira idade sejam vividos com saúde e bem-estar.

Ao buscar esse profissional, o paciente pode esperar uma abordagem personalizada, que leva em conta não apenas as condições físicas, mas também os aspectos emocionais e sociais do envelhecimento.

Com um acompanhamento adequado, é possível envelhecer de forma ativa e com qualidade, desfrutando plenamente das diversas fases da vida.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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