Ginkgo biloba faz mal para o fígado? Alerta para quem usa suplementos naturais

Ginkgo biloba faz mal para o fígado? Saiba o que dizem os estudos, quem deve ter cuidado e como usar o suplemento com segurança.

Muita gente recorre à ginkgo biloba como uma alternativa natural para melhorar a memória, a concentração e a circulação sanguínea. Mas, será que ginkgo biloba faz mal para o fígado?

Com o crescente interesse por suplementos fitoterápicos, é natural que surjam dúvidas sobre os possíveis efeitos colaterais dessas substâncias, especialmente quando envolvem órgãos vitais como o fígado.

O fígado é responsável por metabolizar praticamente tudo o que ingerimos, incluindo medicamentos e suplementos. Por isso, qualquer substância que passe pelo nosso organismo pode, em maior ou menor grau, impactar sua função.

Assim, quem está pensando em iniciar o uso da ginkgo biloba — ou já está fazendo uso — tem razão em se perguntar: será que esse suplemento pode causar algum dano hepático?

Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos esclarecer essa dúvida com base em estudos científicos, informações de órgãos reguladores e evidências clínicas. O objetivo é oferecer um conteúdo confiável, que ajude você a tomar decisões informadas sobre sua saúde.

O que é a ginkgo biloba e para que serve?

A ginkgo biloba é uma planta medicinal originária da China, cujas folhas são utilizadas há séculos na medicina tradicional. Hoje, ela é amplamente conhecida no Ocidente e vendida sob a forma de cápsulas, comprimidos ou extratos líquidos.

Seu uso principal está associado à melhora da função cognitiva, especialmente em casos de perda de memória leve, dificuldade de concentração e sintomas de má circulação, como mãos e pés frios. Também é popular entre pessoas idosas como forma de suporte à saúde cerebral.

Por ser um fitoterápico, muitos o consideram uma opção segura e “natural”. No entanto, como qualquer substância ativa, a ginkgo biloba pode ter efeitos adversos e contraindicações — e é sobre isso que vamos tratar nas próximas seções, com ênfase nos possíveis impactos sobre o fígado.

Ginkgo biloba faz mal para o fígado?

Essa é a pergunta central e, para respondê-la com precisão, é necessário recorrer à literatura científica.

De maneira geral, a ginkgo biloba é considerada segura quando utilizada dentro das doses recomendadas. No entanto, há relatos raros de casos de hepatotoxicidade — ou seja, de danos ao fígado potencialmente associados ao uso da substância.

A hepatotoxicidade é um termo usado para descrever qualquer lesão ou inflamação no fígado causada por substâncias químicas, sejam elas medicamentosas, alimentares ou naturais. Os sintomas podem variar desde alterações leves em exames de sangue até quadros mais graves, como icterícia ou inflamação hepática.

Em estudos de caso e revisões clínicas, foram descritos episódios isolados de lesão hepática possivelmente ligada ao uso de ginkgo biloba. No entanto, nesses casos, outros fatores também estavam presentes, como o uso concomitante de medicamentos com potencial tóxico para o fígado ou doses elevadas do suplemento.

Portanto, embora o risco exista, ele é baixo e geralmente associado a uso inadequado ou a interações com outras substâncias. Ainda assim, é fundamental utilizar qualquer fitoterápico com orientação adequada.

Quem deve ter atenção redobrada ao usar ginkgo biloba?

Apesar do baixo risco de hepatotoxicidade na população geral, alguns grupos de pessoas devem adotar maior cautela:

Pessoas com doenças hepáticas pré-existentes, como hepatite, esteatose hepática ou cirrose, devem evitar o uso sem avaliação médica, já que o fígado pode ter sua função comprometida e estar mais sensível a novas substâncias.

Usuários de múltiplos medicamentos, principalmente aqueles metabolizados pelo fígado, pois há risco de interações medicamentosas. A ginkgo biloba pode interferir em enzimas hepáticas envolvidas na metabolização de fármacos, o que pode aumentar ou reduzir o efeito de alguns medicamentos.

Grávidas, lactantes e idosos também devem ter cautela. No caso dos idosos, há maior chance de uso concomitante de diversos medicamentos, além de possíveis alterações na função hepática associadas ao envelhecimento.

Nesses casos, o ideal é sempre consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso da ginkgo biloba, mesmo que o suplemento seja de venda livre.

Veja também: Ginkgo biloba dá sono? Fique por dentro de seus principais benefícios

folhas de ginkgo biloba.
Ginkgo biloba faz mal para o fígado? Foto: Canva PRO

Sintomas que podem indicar problemas no fígado ao usar suplementos

Embora os efeitos adversos da ginkgo biloba no fígado sejam raros, é importante estar atento a sinais que podem indicar uma sobrecarga ou lesão hepática, especialmente se você faz uso regular de suplementos.

Os sintomas mais comuns que podem sugerir um problema no fígado incluem:

  • Náuseas persistentes ou perda de apetite
  • Dor ou desconforto na região superior direita do abdômen
  • Icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos)
  • Urina escura e fezes claras
  • Cansaço excessivo sem causa aparente

Caso algum desses sinais surja durante o uso de ginkgo biloba — ou de qualquer outro suplemento — é fundamental procurar avaliação médica o quanto antes. Esses sintomas não significam, necessariamente, que houve uma lesão hepática, mas podem ser indícios de que o fígado está sob estresse ou comprometimento.

Dicas para usar ginkgo biloba com segurança

Para quem deseja usufruir dos benefícios da ginkgo biloba sem comprometer a saúde do fígado, algumas orientações são essenciais:

  • Use sempre com orientação de um profissional de saúde, especialmente se você já possui alguma condição hepática, toma medicamentos de uso contínuo ou pertence a um grupo de risco (idosos, gestantes ou lactantes).
  • Evite automedicação, principalmente em doses altas ou por períodos prolongados. Mesmo substâncias naturais podem causar efeitos adversos quando mal utilizadas.
  • Escolha marcas confiáveis, com registro na Anvisa e boa reputação no mercado. A qualidade do suplemento influencia diretamente sua segurança e eficácia.
  • Informe seu médico ou farmacêutico sobre todos os suplementos que você utiliza, para evitar interações indesejadas com outros medicamentos.

Seguindo essas recomendações, é possível fazer uso da ginkgo biloba de forma mais segura e consciente, minimizando riscos à saúde hepática.

Leia também: Ginkgo biloba: 10 benefícios, composição, usos terapêuticos e segurança

Ginkgo biloba faz mal para o fígado, afinal?

De forma geral, a ginkgo biloba não faz mal para o fígado quando usada de maneira responsável por pessoas saudáveis. A maioria dos estudos e revisões científicas aponta que o suplemento é seguro nas doses recomendadas, especialmente quando utilizado por períodos moderados.

Por outro lado, há relatos isolados de efeitos adversos hepáticos, principalmente em casos onde a ginkgo foi combinada com outros medicamentos ou usada sem acompanhamento adequado.

Por isso, o uso deve ser feito com cautela, especialmente por quem já tem histórico de doenças hepáticas, faz uso de vários medicamentos ou pertence a grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes e lactantes.

A recomendação final é clara: sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar o uso da ginkgo biloba, especialmente se você apresenta alguma condição de saúde pré-existente. O uso consciente é o melhor caminho para aproveitar os benefícios sem correr riscos desnecessários.

Perguntas frequentes sobre ginkgo biloba e fígado

Ginkgo biloba pode causar lesão hepática?

Em casos raros, sim. Há relatos na literatura médica de hepatotoxicidade associada ao uso de ginkgo biloba, mas geralmente envolvem outros fatores, como uso simultâneo de medicamentos ou doses elevadas.

É seguro tomar ginkgo biloba todo dia?

Sim, desde que seja em doses recomendadas e sob orientação profissional. O uso contínuo deve ser monitorado para evitar possíveis efeitos adversos, especialmente no fígado.

Quanto tempo posso tomar ginkgo biloba sem riscos?

A maioria dos estudos considera seguro o uso por períodos de até 3 a 6 meses. Para usos prolongados, o ideal é que haja acompanhamento médico e reavaliações periódicas.

Ginkgo biloba interfere com outros medicamentos?

Sim. A ginkgo pode interagir com anticoagulantes, anticonvulsivantes e outros medicamentos metabolizados no fígado. Por isso, é fundamental informar seu médico sobre qualquer outro tratamento em andamento antes de iniciar o suplemento.

Leia mais: Alivia a TPM, faz bem para o cérebro e muito mais! Conheça o Ginkgo biloba

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Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

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