Incenso faz mal? Descubra os riscos e cuidados ao usar

O incenso é um dos produtos aromáticos mais antigos do mundo, usado há séculos em rituais religiosos, práticas espirituais e também como forma de deixar o ambiente mais agradável.

O aroma característico pode trazer sensação de relaxamento, bem-estar e até auxiliar em práticas como meditação e yoga.

Mas uma dúvida recorrente surge entre os usuários: afinal, o incenso faz mal à saúde? Essa é uma pergunta importante, porque embora seja visto como algo natural e inofensivo, o ato de queimar incenso libera fumaça (e é justamente aí que podem estar os riscos).

Hoje, vamos analisar o que a ciência já descobriu sobre os efeitos do incenso, quais são os riscos associados e como reduzir a exposição para usá-lo de forma mais consciente.

O que é o incenso e por que ele é usado

O incenso é geralmente produzido a partir de uma mistura de madeira em pó, carvão, óleos aromáticos, resinas e ligantes naturais. Essa combinação permite que o bastão queime de maneira lenta e contínua, liberando um perfume característico que pode durar de meia hora a mais de uma hora, dependendo do tipo.

As pessoas recorrem ao incenso por diferentes motivos. Muitos o utilizam para aromatizar o ambiente e mascarar odores, enquanto outros buscam criar uma atmosfera de relaxamento.

Em práticas como a meditação, a yoga e até em rituais religiosos, o incenso desempenha um papel simbólico e cultural, carregado de significados. O problema é que esse hábito, tão associado ao bem-estar, pode ter efeitos inesperados sobre a saúde.

Incenso faz mal? O que a ciência já descobriu

A principal questão está na fumaça liberada durante a queima. Assim como acontece com qualquer processo de combustão, ela emite partículas finas e compostos químicos que são inalados e chegam até os pulmões.

Pesquisas mostram que o incenso pode liberar partículas conhecidas como PM2,5, que penetram profundamente no sistema respiratório.

Também já foram identificados compostos orgânicos voláteis, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (os mesmos presentes na fumaça do cigarro) e pequenas concentrações de monóxido de carbono.

Esses achados não significam que usar incenso esporadicamente seja tão prejudicial quanto fumar, mas deixam claro que o produto não é tão inofensivo quanto muitas vezes se imagina.

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Quais são os riscos para a saúde

Os riscos do incenso estão principalmente ligados ao sistema respiratório. Em pessoas sensíveis, ele pode desencadear crises de rinite, asma e bronquite, além de causar irritação nas vias aéreas, olhos e garganta.

Alguns estudos sugerem ainda que a exposição prolongada às partículas da fumaça pode favorecer processos inflamatórios mais duradouros.

Crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças respiratórias pré-existentes e até animais de estimação tendem a ser mais vulneráveis. Nesses grupos, mesmo uma exposição considerada baixa pode resultar em desconforto e agravar sintomas já existentes.

É importante lembrar que os efeitos variam de pessoa para pessoa. Enquanto alguns conseguem conviver com o incenso sem maiores problemas, outros apresentam sintomas mesmo em contato ocasional.

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O incenso é sempre prejudicial?

Não é correto afirmar que o incenso faz mal em qualquer situação. A intensidade e a frequência do uso são determinantes. Acender um incenso de vez em quando, em um ambiente arejado, tende a oferecer riscos muito menores do que o uso diário em espaços pequenos e fechados.

A diferença, portanto, está no equilíbrio. Assim como acontece com outras formas de fumaça, quanto maior a exposição, maiores os impactos sobre a saúde. O consumo consciente, nesse caso, é a chave para minimizar danos.

Como reduzir os riscos no dia a dia

Quem aprecia o aroma do incenso não precisa necessariamente abrir mão desse hábito, mas pode adotar alguns cuidados.

Manter os ambientes bem ventilados é uma das medidas mais importantes, pois reduz a concentração de partículas suspensas no ar. Também é recomendável evitar o uso diário e limitar o tempo de exposição, além de não acender mais de um incenso ao mesmo tempo.

Outra precaução é manter distância de pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos com doenças respiratórias. Em casas com animais de estimação, o cuidado deve ser redobrado.

Para quem deseja uma alternativa, velas naturais, difusores elétricos e óleos essenciais podem oferecer fragrâncias agradáveis com menor produção de poluentes.

O incenso é um produto culturalmente rico, associado ao relaxamento e ao bem-estar. Porém, estudos científicos mostram que seu uso pode trazer riscos, especialmente quando frequente e em locais fechados.

A fumaça contém partículas e compostos que afetam o sistema respiratório e podem causar desconforto em pessoas mais sensíveis.

A resposta, portanto, não é um simples “sim” ou “não”. O incenso pode fazer mal, dependendo da frequência, do ambiente em que é usado e da condição de saúde de quem está exposto.

Usar com moderação, priorizar a ventilação e considerar alternativas são medidas essenciais para equilibrar prazer e segurança.

Assim, antes de incluir o incenso na sua rotina, é importante avaliar não apenas os benefícios subjetivos do aroma e da atmosfera que ele cria, mas também os impactos potenciais para a saúde.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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