Lipedema: quais os sintomas e tratamentos? Tire sua dúvidas

Lipedema – O SaúdeLAB elaborou um guia definitivo sobre a condição que atinge em maior parte as mulheres. A doença vascular crônica causa inchaço, dor e hematomas.

O que é lipedema?

Certamente, você já deve ter ouvido falar ou até conhece alguma mulher que tenha lipedema. Porém, a doença é ainda muito negligenciada, e só vem recebendo mais atenção e tratamento nos últimos anos no Brasil.

Em linhas gerais, é uma doença vascular crônica, de causa genética. É também conhecida como síndrome da gordura dolorosa. Normalmente, atinge mulheres em idade reprodutiva, estando ligada às alterações hormonais.

Além disso, estima-se que 11% das mulheres têm a condição em algum grau – condição essa que causa o aumento desproporcional de partes do corpo, da cintura para baixo, podendo afetar braços em certos casos.

Quais são os sintomas?

Dentre os principais sintomas, estão a dor crônica, muito desconforto – incluindo desconforto estético -, aumento da gordura localizada nas pernas – especialmente coxas -, principalmente, fraqueza, pele sensível com aparecimento de hematomas de forma constante.

Isso acontece porque as partes do corpo afetadas possuem um tipo de tecido adiposo diferente. Ou seja, as células acabam acumulando gordura de maneira contínua.

Então, exercícios físicos, dieta e até mesmo uma cirurgia bariátrica podem não surtir efeito algum, dependendo do grau da doença.

Em suma, são tecidos hiper inflamados que, portanto, incham e causam dor.

Inclusive, algumas vezes, a doença é associada com a obesidade, mas nem sempre é o caso. Isto é, pode acontecer da pessoa ser magra da cintura para cima, e ter as pernas especificamente desproporcionais.

Vale mencionar, também, que em cerca de 30% dos casos de pacientes com lipedema, há um quadro de varizes associado.

Os tipos de lipedema

Em primeiro lugar, os graus de lipedema são classificados em tipos, de acordo com a área afetada.

  • Tipo 1: afeta do umbigo ao quadril;
  • Tipo 2: do umbigo aos joelhos;
  • Tipo 3: do umbigo aos tornozelos;
  • Tipo 4: afeta os braços e normalmente associa-se com os tipos 2 e 3;
  • Tipo 5: dos joelhos aos tornozelos.

Em segundo lugar, a doença classifica-se em estágios progressivos, sendo o estágio 1 o menor grau e o estágio 4 o maior grau de acometimento. Conforme o estágio vai evoluindo, a gravidade vai aumentando também.

  • Estágio 1: há o aumento de tecido subcutâneo e o aparecimento de pequenos nódulos de gordura, mas a pele permanece normal;
  • Estágio 2: a pele já começa a ficar mais flácida e aqui pode-se confundir com celulite. Os nódulos ficam maiores;
  • Estágio 3: as dobras de pele começam a ficar bem mais nítidas, com o surgimento de fibrose causada pela inflamação crônica. Além do mais, fica mais difícil de se movimentar;
  • Estágio 4: há o acometimento do sistema linfático.

Por isso, é muito importante conhecer os tipos e estágios, porque o avanço da doença pode afetar o sistema venoso dos membros inferiores, assim como ocasionar atrofia muscular.

Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce pode ajudar com a qualidade de vida. Assim, pessoas que convivem com dor crônica e desconforto podem encontrar alívio nos tratamentos.

Como é feito o diagnóstico?

De modo geral, o diagnóstico é clínico. Ou seja, o médico – geralmente especialista em áreas como endocrinologia, cirurgia vascular e clínica – faz a anamnese (entrevista detalhada com o paciente e seu histórico) e determina o diagnóstico.

Por outro lado, é comum que um ultrassom ajude na avaliação, principalmente para determinar o estágio da doença.

Qual é o tratamento para lipedema?

Primeiramente, é importante lembrar que não existe o melhor tratamento para lipedema, visto que cada caso é um caso, e deve ser acompanhado por um profissional capacitado da área da Saúde.

Mas, de fato, o tratamento natural – por assim dizer – pode surtir efeitos, como:

Em casos em que os estágios estão mais avançados e a mudança de hábito não está dando certo, cirurgia de lipoaspiração é indicada.

Ademais, acompanhamento psicológico é essencial para aliviar a sobrecarga mental e para ajudar a manter os hábitos de vida mais saudáveis com a alimentação e os exercícios físicos.

Outros caminhos podem ser recomendados, também, ao longo de cada tratamento. Por exemplo, o uso de meias de compressão pode ajudar a aliviar os sintomas.

Tratamento medicamentoso para lipedema

Não há indicação de tratamento medicamentoso exclusivamente para lipedema. Em outras palavras, o tratamento segue conforme mencionado antes, com terapias, acompanhamento médico, mudança de hábitos e cirurgia para os casos mais avançados.

Tratamento para lipedema no SUS

Em 2022, a condição foi oficialmente reconhecida como doença e possui Junho como o mês de conscientização para sintomas associados e tratamentos.

Ainda assim, o tratamento para lipedema não está disponível no SUS. Aliás, o Instituto Lipedema Brasil e a ONG Conheça Lipedema lutam há alguns anos pela inclusão das abordagens multidisciplinares no Sistema Único de Saúde.

Continue aprendendo mais sobre lipedema no Guia SaúdeLAB

Reunimos aqui mais algumas matérias que podem contribuir com o entendimento dessa condição. Além disso, o Guia SaúdeLAB explica sobre diversas outras condições e tratamentos.

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Heloisa Santos Moreira
Heloisa Santos Moreira

Redatora e roteirista, formada em Administração pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em Marketing Digital e Marketing de Conteúdo.

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