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O que é Mpox e quais seus sintomas? Nova variante chega ao Brasil e é 10 vezes mais perigosa
O que é Mpox? O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b no Brasil. A paciente é uma mulher de 29 anos, moradora da região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo, país que enfrenta um surto da doença.
O caso foi identificado por meio de exames laboratoriais que sequenciaram o genoma do vírus. Segundo as autoridades, a sequência genética é similar à de casos relatados em outros países.
O Brasil já notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a ocorrência e intensificou a vigilância epidemiológica para monitorar possíveis novos casos.
Mas o que é Mpox, de fato, e o que essa nova cepa representa para a saúde pública? Como ela é transmitida e quais são seus sintomas?
Entenda os impactos da doença, as formas de prevenção e a disponibilidade de vacinas.
O que é Mpox?
Para quem se pergunta o que é Mpox, é importante mencionar que é uma doença viral que pertence à mesma família da varíola humana, erradicada em 1980.
Apesar de ser menos grave, a infecção pode causar sintomas incômodos e, em alguns casos, complicações severas.
A transmissão ocorre principalmente por contato direto com lesões na pele, fluídos corporais e materiais contaminados.
Evidências também apontam para a possibilidade de transmissão sexual, embora essa não seja a principal via de contágio.
Existem duas principais cepas do vírus:
- Clado 1: Mais perigoso, com taxa de letalidade de até 10%.
- Clado 2: Mais brando, com letalidade de cerca de 1% e responsável pelo surto mundial de 2022.
A nova variante 1b pertence ao Clado 1 e apresenta um risco maior de complicações, o que preocupa os especialistas.
Como a nova cepa afeta a saúde pública?
Diferente da versão do vírus que circulou globalmente em 2022, a cepa 1b pode ter um impacto mais grave na saúde pública.
Embora até agora nenhum óbito tenha sido relatado fora da África, a alta taxa de letalidade no Congo levanta um alerta.
Atualmente, a transmissão comunitária do Clado 1b ocorre em vários países africanos, incluindo o Congo, Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda e Zâmbia.
Fora da África, os casos registrados até o momento são importados, sem transmissão comunitária confirmada.
Reino Unido, China, Alemanha, Tailândia, Bélgica, EUA, Canadá, França, Índia, Omã, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos e agora o Brasil já notificaram casos isolados.
Especialistas alertam que o Clado 1b pode se espalhar globalmente, mas ainda não há evidências de que essa variante tenha causado surtos fora do continente africano.
Como a Mpox é transmitida?
A Mpox pode ser transmitida de diferentes formas:
- Contato direto com as lesões na pele de uma pessoa infectada;
- Exposição a secreções respiratórias durante contato próximo prolongado;
- Uso de objetos contaminados, como roupas, toalhas e roupas de cama;
- Possível transmissão sexual, observada em alguns casos recentes.
O aumento da transmissão por contato íntimo reforça a importância de medidas preventivas, como a identificação rápida de novos casos.
Sintomas da Mpox
Os sintomas da Mpox costumam aparecer entre 6 e 13 dias após a infecção, podendo levar até 3 semanas para se manifestarem.
Os principais sinais incluem:
- Febre e calafrios;
- Dores musculares e fadiga;
- Inchaço dos linfonodos;
- Erupções na pele, que começam como manchas vermelhas e evoluem para bolhas e feridas.
As lesões podem surgir no rosto, mãos, pés e, no caso de contato íntimo durante a infecção, também nas regiões genitais.
Além dos sintomas cutâneos, algumas pessoas podem desenvolver quadros mais graves, incluindo infecções secundárias.
Embora relatos de complicações neurológicas e pulmonares existam, essas manifestações ainda não foram documentadas na maioria dos casos do Clado 1b fora da África.
Existe vacina contra a Mpox?
Sim, vacinas originalmente desenvolvidas contra a varíola oferecem proteção contra a Mpox.
No Brasil, a vacinação é recomendada para grupos de maior risco, como:
- Pessoas vivendo com HIV;
- Profissionais de saúde expostos ao vírus;
- Indivíduos que tiveram contato direto com infectados.
A imunização é uma das principais estratégias para reduzir o risco de infecção e limitar a propagação da doença.
Medidas de prevenção
Para evitar a doença, especialistas recomendam:
- Evitar contato direto com pessoas infectadas;
- Não compartilhar objetos pessoais;
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
- Adotar medidas preventivas durante relações sexuais, como o uso de preservativos;
- Procurar atendimento médico ao notar qualquer sintoma suspeito.
Agora que você já sabe mais sobre o que é Mpox, vale ressaltar que o monitoramento e a prevenção são fundamentais para evitar um novo surto.
Com a confirmação da nova cepa no Brasil, especialistas reforçam a necessidade de medidas rápidas para conter a disseminação do vírus.
O acompanhamento da evolução da doença e a adoção de cuidados individuais são essenciais para minimizar riscos à saúde pública.