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Prolactina: o que é, funções, alterações e quando se preocupar
A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, uma pequena glândula localizada na base do cérebro, e está diretamente associada à produção de leite nas mulheres após o parto.
No entanto, sua atuação vai muito além da lactação, influenciando diferentes funções no corpo de homens e mulheres.
Alterações nos níveis desse hormônio podem indicar desde situações fisiológicas normais, como a gravidez, até condições que necessitam de acompanhamento médico.
Por isso, entender o que é a prolactina, qual seu papel e quando é preciso se preocupar é fundamental para manter a saúde em dia.
O que é a prolactina?
A prolactina é um hormônio proteico sintetizado e secretado pela hipófise anterior. Sua principal função é estimular e manter a produção de leite nas glândulas mamárias durante o período pós-parto.
Embora seja mais conhecida pelo papel na lactação, a prolactina participa de diversos processos no organismo, incluindo regulação hormonal, metabolismo, imunidade e funções reprodutivas tanto em mulheres quanto em homens.
Funções da prolactina no organismo
O papel da prolactina varia de acordo com o sexo e o contexto fisiológico. Entre as funções conhecidas estão:
Em mulheres:
- Estímulo à produção de leite após o parto.
- Regulação do ciclo menstrual.
- Participação na ovulação e fertilidade.
Em homens:
- Influência na produção de testosterona.
- Papel indireto na fertilidade.
- Possível modulação de respostas imunológicas.
Além disso, estudos indicam que a prolactina também pode ser influenciada por fatores como estresse, sono e níveis de outros hormônios, o que demonstra sua integração com diferentes sistemas corporais.
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Exame de prolactina
O exame de prolactina é realizado por meio de coleta de sangue, geralmente pela manhã, em jejum. Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório e devem ser interpretados pelo médico considerando o histórico clínico do paciente.
Alguns fatores podem causar alterações temporárias nos resultados, como:
- Estresse físico ou emocional antes da coleta.
- Relações sexuais nas 24 horas anteriores ao exame.
- Prática intensa de atividade física.
- Uso de determinados medicamentos, como antidepressivos, anticoncepcionais e medicamentos para pressão alta.
Por isso, um resultado fora da faixa de referência nem sempre significa doença.
Prolactina alta (hiperprolactinemia)
A elevação dos níveis de prolactina pode ser fisiológica, como na gravidez e lactação, ou estar associada a condições médicas.
Principais causas:
- Gravidez e amamentação.
- Estresse crônico.
- Tumores benignos na hipófise (prolactinomas).
- Hipotireoidismo não tratado.
- Uso de medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e anti-hipertensivos.
Sintomas comuns:
- Ausência ou irregularidade menstrual.
- Dificuldade para engravidar.
- Produção de leite fora do período de amamentação (galactorreia).
- Baixa libido.
- Disfunção erétil em homens.
Quando a hiperprolactinemia não é decorrente de causas fisiológicas, o tratamento pode incluir medicamentos para reduzir a produção de prolactina, ajuste de uso de remédios ou, em casos específicos, cirurgia para remoção de tumores benignos.
Prolactina baixa
A redução dos níveis de prolactina é menos comum e, muitas vezes, não apresenta sintomas evidentes. Pode estar relacionada a:
- Disfunções da hipófise.
- Uso de medicamentos que reduzem a produção hormonal.
- Complicações após cirurgias ou traumatismos na região hipofisária.
Embora a prolactina baixa raramente cause problemas significativos, em alguns casos pode comprometer a produção de leite no pós-parto ou indicar alterações mais amplas na função da hipófise.
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Tratamento e cuidados
O tratamento para alterações da prolactina depende da causa identificada. Em alguns casos, apenas o acompanhamento médico é necessário, especialmente quando a alteração é leve e não há sintomas.
Opções de tratamento incluem:
- Medicamentos específicos para reduzir ou aumentar a prolactina.
- Tratamento de condições associadas, como hipotireoidismo.
- Ajuste ou troca de medicamentos que estejam influenciando os níveis hormonais.
- Cirurgia, em situações raras, para tratar tumores benignos resistentes ao tratamento medicamentoso.
É importante ressaltar que a automedicação ou uso de soluções caseiras sem orientação médica não é seguro e pode agravar o quadro.
Como manter níveis de prolactina equilibrados
Embora muitas alterações da prolactina dependam de causas médicas que exigem tratamento específico, alguns hábitos de vida podem contribuir para manter o hormônio dentro de faixas adequadas e reduzir riscos de elevações temporárias:
- Controlar o estresse: o hormônio pode aumentar em situações de tensão física ou emocional. Técnicas de relaxamento, respiração profunda e atividades prazerosas ajudam no controle.
- Garantir boa qualidade de sono: noites mal dormidas podem interferir no equilíbrio hormonal, incluindo a prolactina.
- Evitar estímulo excessivo das mamas fora do período de amamentação: toques frequentes ou uso de bombas extratoras sem indicação podem elevar temporariamente os níveis.
- Praticar exercícios físicos com moderação: a atividade intensa logo antes da coleta do exame pode elevar a prolactina de forma transitória.
- Revisar o uso de medicamentos com seu médico: alguns remédios podem influenciar a produção do hormônio; nunca interrompa o uso sem orientação profissional.
Essas medidas não substituem a avaliação médica, mas podem auxiliar na manutenção do equilíbrio hormonal e contribuir para a saúde geral.
A prolactina é um hormônio essencial para a lactação e para a regulação de várias funções corporais. Alterações nos seus níveis podem ter causas simples ou indicar condições que requerem acompanhamento especializado.
Se você recebeu um exame com valores de prolactina fora da faixa de referência ou apresenta sintomas relacionados, o mais indicado é procurar um médico, preferencialmente um endocrinologista, para avaliação e tratamento adequados.
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