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Quais são os critérios para o diagnóstico de TDAH? O que você precisa saber
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento. Isso significa que o cérebro de alguém com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade se desenvolve de forma diferente do cérebro típico.
Não é uma doença clássica, não é uma condição adquirida, não é infecciosa, nem neurodegenerativa.
O tratamento, então, busca controlar os sintomas e aumentar a capacidade, mas não há uma cura definitiva para o TDAH.
Mas, antes de falarmos sobre o tratamento, é importante entendermos como nós, neurologistas e psiquiatras, estabelecemos o diagnóstico de TDAH.
Para isso, usamos um manual chamado DSM-5. Quando uma pessoa se queixa de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, para pensarmos no diagnóstico de TDAH, esses sintomas devem ter começado antes dos 12 anos e também devem estar presentes em pelo menos dois contextos diferentes da vida (como trabalho e ambiente doméstico ou escola e ambiente doméstico) e devem persistir por pelo menos seis meses, prejudicando as atividades diárias.
O diagnóstico do TDAH é clínico, ou seja, não existe um exame de imagem ou de sangue capaz de diagnosticar essa condição.
O diagnóstico depende da avaliação dos critérios por profissionais especializados e é importante não confundir com outros diagnósticos diferenciais como ansiedade, depressão, transtornos de aprendizagem ou mesmo privação de sono, que podem causar sintomas semelhantes.
Agora, vamos aos critérios para o diagnóstico de TDAH. O DSM-5 divide os sintomas do TDAH em duas categorias principais: desatenção e hiperatividade/impulsividade, com 9 sintomas em cada uma. Para o diagnóstico é necessário que pelo menos 6 sintomas de uma das categorias estejam presentes em crianças (ou 5 sintomas em adolescente e adultos), por pelo menos 6 meses, em pelo menos 2 contextos diferentes.
Critérios para os sintomas de desatenção:
1. Frequentemente comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou em outras atividades.
2. Tem dificuldade em manter o foco em atividades, mesmo aquelas lúdicas ou prazerosas.
3. Muitas vezes parece não ouvir quando falam diretamente com ele(a).
4. Frequentemente não segue instruções e não consegue terminar tarefas.
5. Tem dificuldade em organizar tarefas e atividades, sendo desorganizado(a) no trabalho ou na rotina diária.
6. Evita ou reluta em iniciar tarefas que exigem esforço mental prolongado.
7. Frequentemente perde objetos necessários para realizar atividades, como materiais escolares ou chaves.
8. É facilmente distraído(a) por estímulos externos ou pensamentos.
9. Esquece-se com frequência de cumprir tarefas diárias.
Critérios para sintomas de hiperatividade e impulsividade:
Frequentemente mexe mãos ou pés, ou se remexe na cadeira.
Tem dificuldade em permanecer sentado(a) em situações onde isso é esperado.
Sente-se inquieto(a) ou “a mil por hora”.
Tem dificuldade em se envolver em atividades de lazer de forma tranquila.
Está frequentemente em movimento, como se fosse “movido(a) por um motor”.
Fala excessivamente.
Responde antes que as perguntas sejam completamente formuladas.
Tem dificuldade em esperar a sua vez.
Frequentemente interrompe ou se intromete nas atividades dos outros.
Além dos sintomas mencionados o DSM-5 exige que:
Os sintomas não sejam melhor explicados por outros transtornos.
Haja evidências claras de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
Como você pode ver, o TDAH é uma condição que pode se manifestar de diferentes formas.
Existem três formas principais de apresentação do TDAH:
- TDAH predominantemente desatento: quando a desatenção é mais presente do que a hiperatividade e impulsividade.
- TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo: quando a hiperatividade e impulsividade são mais evidentes.
- TDAH com apresentação combinada: quando temos uma combinação de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
É muito importante compreender que o diagnóstico do TDAH deve ser feito por profissionais especializados levando em conta os diagnósticos diferenciais.
O diagnóstico precoce é fundamental. Se o TDAH não for tratado, ele pode gerar dificuldades que se arrastam por toda a vida, especialmente na adolescência e na fase adulta.
Portanto, se você ou alguém próximo apresenta dificuldades como essas, lembre-se de que o diagnóstico do TDAH é o primeiro passo para transformar desafios em oportunidades. Buscar a orientação de um especialista é essencial para criar estratégias personalizadas de tratamento e melhorar a qualidade de vida. Não hesite em procurar ajuda e investir no seu bem-estar!
No vídeo completo, explico com mais detalhes como o diagnóstico é feito, os tratamentos disponíveis e a importância de cuidar dos hábitos de vida. Confira!
Tudo o que não te contaram sobre o TDAH
Neste vídeo, vamos explorar de forma prática e detalhada o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Abordaremos os principais sintomas que podem ajudar no reconhecimento desse transtorno, incluindo dificuldades de concentração, impulsividade e hiperatividade.
Explicarei como é feito o diagnóstico e discutiremos a importância de diferenciar o TDAH de outros distúrbios (os chamados diagnósticos diferenciais) que podem apresentar sintomas semelhantes. Você também aprenderá sobre as opções de tratamento medicamentoso e não medicamentoso.
Se você ou alguém que conhece convive com o TDAH, este vídeo pode trazer esclarecimentos valiosos. Não deixe de assistir e compartilhar!
“Você é a consciência que observa e experimenta o mundo através do seu cérebro.” Marília Graner
IMPORTANTE: A indicação e a prescrição de toda medicação só pode ser realizada pelo seu médico especialista e deve ser individualizada.
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